Capítulo 14

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- Yan!? - JingYi arregalou os olhos ao ver a irmã naquele estado. Os olhos quase vidrados como se já fosse doloroso deixá-los abertos para a jovem Wei- Jin Ling, chame meus pais e o mestre Lan. Rápido! - JingYi berrou ao ver que o Jin ainda estava parado ao seu lado, que saiu correndo assim que saiu de seu estado e transe.

Saindo para o pavilhão principal, Jin Ling parou, ofegante e deixou suas implicâncias de lado e apressou-se em direção ao primo - SiZhui! SiZhui!

Cambaleando um pouco, Jin Ling apoiou-se nele, exausto, e SiZhui fitou-o preocupado - Está tudo bem com você?

Jin Ling assentiu - Não é o meu sangue - e olhou à sua volta para certificar-se de que não havia ninguém perto antes de continuar - Eu e JingYi encontramos a Chun-Yan

- Meus Deuses... - ele murmurou chocado, olhando para as mãos trêmulas e as vestes com respingos de sangue do primo e percebendo que aquilo era sério mesmo - Onde!?

- Na frente dos portões

SiZhui assentiu - Jin Ling, faz o seguinte: vai até a ala médica peça para prepararem a enfermaria para um paciente em estado grave.

- Muito grave - Jin Ling corrigiu, e SiZhui fitou-o preocupado, já saindo para os portões da seita apressado.

Alcançando finalmente onde JingYi e Chun-Yan, SiZhui viu o estado da irmã que sangrava cada vez mais e mais nos braços do irmão mais novo. Que até então, estava se segurando fortemente para não chorar.

- Eu tentei aquecer o corpo dela com meu robe mas não deu certo - Disse JingYi

- Não iria funcionar. A seda de nossa roupa é muito leve, não esquenta nem nossos corpos direito - SiZhui disse, começando a checar a coluna da irmã, passando seus dedos cuidadosamente por cada uma das vértebras para certificar-se de que não havia nada quebrado, prosseguindo então para o exame da caixa torácica, que expandia e se retraía com dificuldade - O braço esquerdo dela está quebrado. Por sorte, só foi isso

- Só isso!? O osso do ombro dela tá pra fora SiZhui! Ela tá desaparecida há meses, sabe-se lá a quanto tempo ela está assim

- Essa ferida não é antiga, foi da queda de agora, senão não estaria sangrando. Já estaria infeccionado e o braço dela já teria apodrecido se fosse de meses atrás. Você deveria prestar mais atenção nas aulas de medicina

JingYi logo se calou, não era o melhor momento para brigar com seu irmão. Tocando gentilmente os cabelos da irmã, que sorriu ao sentir o toque e o olhou em silêncio. Que logo foi socorrida por outros discípulos.

Δ

E os três permaneceram ali por mais um longo tempo, acampados do lado de fora da ala médica junto a Wangji, Wei WuXian e XiChen e os poucos outros discípulos que iam chegando á medida que que a notícia se espalhava. Até o espaço estava se tornando pequeno para tanta gente, todos fazendo vigília, sentados de cabeça baixa, esperando por qualquer notícia sobre o estado da garota, pouco se importando se estavam perdendo aula.

Até o médico abrir a porta, sério e dizer - Só os parentes.

Ninguém ousou reclamar da ordem. Nem mesmo Mo XuanYu. Vendo Jin Ling e os outros cinco se levantarem para acompanhá-lo até o leito.

Com o coração apertado, Wangji se aproximou de Chun-Yan; ainda desacordada, na cama. E os outros fizeram o mesmo, Wei WuXian pegando sua mão enquanto o médico fechava a porta, indo buscar alguma coisa lá fora, só para deixá-los mais à vontade.

Chun-Yan havia sido deitada de lado; um lençol branco cobrindo-a da cintura para baixo e, só agora, com uma roupa mais leve e um pouco transparente, era possível ver seu braço imobilizado com estacas de madeira. E apenas alguns arranhões em seu peito.

Da água para o vinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora