Annabeth

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Meu nome é Annabeth.
Minha mãe me deu esse nome momentos antes dela morrer, o som do meu nome eu até acho bonito mas o significado...eu com certeza detestava.
Adira significa 'graça', mas desde pequena eu venho mostrando que não sou tão graciosa quanto esperam que eu seja.

Quando minha mãe morreu ela me deixou com meu pai o famoso empresário Frederick Chase e junto dele meu irmão Malcolm, que se esforçava para seguir todos os caminhos de nosso pai, os quais não eram nenhum pouco positivo. Para o meu pai tudo era resumido em dinheiro "Se você não está lucrando, certamente você não está fazendo certo."
Talvez fosse verdade mas ele era outro tipo de profissional, daqueles que não se importa de passar por cima de alguém pra chegar a algum lugar e era de se esperar que seus filhos fossem sua personificação, Malcolm se esforça em ter um caráter mais duvidoso que o meu pai e ser um empresário tão bem sucedido quanto...mas agora eu? Eu venho a anos tentando me distanciar da família Chase.

Quando eu tinha 15 anos vim morar com minha tia Louise irmã da minha mãe, ela não era casada mas tinha seus rolos. Louise desde os meus quinze anos fazia a função de tia, amiga e mãe ao mesmo tempo.
Meu pai não queria que eu me mudasse de jeito nenhum, ele dizia que faria mal à reputação da família "A filha mais nova de Frederick Chase está morando no Queens", a anos meu pai tentava fazer com que minha tia se mudasse para Manhattan para que o escândalo não fosse tão grande mas com a tremenda sabedoria que ela tinha ela educadamente rejeitou o pedido.
" - Eu não saio daqui pelo seu dinheiro nem morta!"

Terminei meu ensino médio em uma escola pública, meu pai só me colocaria em uma escola particular caso eu voltasse para casa, mas como uma adolescente que cresceu vendo o que o irmão havia se tornado e teve metade da sua vida estudando em uma escola de rede privada, fiquei muito feliz com todas as mudanças que passei e o que essas mudanças me transformaram.

- Pronta para o primeiro dia de faculdade? - perguntou minha tia, vindo com uma xícara cheia de café.
- Estou ansiosa pra falar a verdade. - disse enquanto dava uma olhada na correspondência, uma caixa para a senhorita Chase. Quem imaginaria?
- Estou muito orgulhosa, conseguiu uma bolsa na universidade de Nova York, qual o nome do curso que você quer fazer mesmo?
- Arquitetura.
- Lembro do dia que você contou ao seu pai - ela riu - ele ficou louco.
- Falar no senhor Frederick - disse mostrando a encomenda - devo me preocupar?
Ela analisou bem a caixa, como se estivesse tentando desarmar uma bomba.
- Eu abriria com luvas - ela brincou e me passou a tesoura. Fazia meses que não recebia nada de meu pai, a última vez que ele me mandou mensagem era me convidando para o casamento com a nova mulher real, casamento este que eu fiz questão de não comparecer.
Abrir e lá dentro tinha um ipad, eu me arrependeria depois mas acabei abrindo o 'presente' que meu pai me mandara, assim que eu liguei tinha um vídeo dele.

" - Annabeth, fico muito...satisfeito (tossiu) por você ter conseguido uma bolsa na universidade de Nova York, embora não tenha sido meus planos pra você mas como seu pai e sei que você escolheu um curso que é totalmente fora da realidade de sua família, te dou a oportunidade de reavaliar suas decisões e de te ter de volta em minha..."

Desliguei.
Não era possível que ele fosse assim, respirei fundo, não deixaria que isto me abalasse. Terminaria minhas malas e pegaria o ônibus para o campus que vai ser meu lar nos próximos anos.
Tia Louise vendo o tanto aquilo conseguiu me desestabilizar veio ao meu encontro e me abraçou.
- Saiba que eu estou muito orgulhosa da mulher que você se tornou...e tenho certeza que Atena estaria também.
- Eu nunca vou conseguir entender como que minha mãe se casou com esse homem. - desabafei.
- Chase não era um homem ruim, ele fez as escolhas certas mas com pessoas erradas. - suspirou - uma pena meu sobrinho me rejeitar tanto.
- Malcolm me irrita - ela riu.
- Então vamos nos arrumar, logo Benjamim vai chegar pra nos levar até a estação. - ela alertou secando os olhos.

Benjamin era o namorado de minha tia, ele sempre foi um príncipe com ela e comigo, ele me levaria até a estação e de lá eu pediria um táxi pra me ajudar.
Minutos depois ele chegou, me deu um abraço e colocou minhas coisas dentro do porta mala do carro.
No caminho minha tia começou a listar todos os cuidados que eu deveria ter, e sobre como eu deveria me divertir nas festas.
- Anna - chamou Benjamin.
- Sim?
- Ta vendo essa caixinha que ta embaixo do assento.
Eu comecei a olhar pra baixo e havia uma caixinha embalado em um papel de presente.
-Esse aqui? - mostrei e ele olhou pelo espelho do carro.
-Abre. - ele pediu. Encarei minha tia, ela parecia mais surpresa do que eu. Rasguei a embalagem, sempre me disseram que rasgar a embalagem trazia sorte então foi o que eu fiz, tirei a tampa da caixinha e la estava.
-Eu não acredito! - coloquei a mão na boca - tio Ben não precisava...
- Me deixa ver menina. - falou minha tia ansiosa.
Tirei a chave do carro pra minha tia, ela arregalou os olhos.
- Olha o carro não é luxuoso, e não é muito caro mas eu me preocupo com você e a gente não vai ta la o tempo todo então...
Tirei o cinto e o abracei.
- Eu amei Ben! Muito obrigada, você é como um pai pra mim. - Dei um sorriso pra minha tia.
- É Ben, nós vamos ter que nos casar. - ela disse com um sorriso lindo no rosto.
Ben deu um sorriso e um beijo na minha tia.
-Bem vamos olhar essa belezinha.

Ben, ajudou eu e minha tia a colocarmos minhas coisas dentro. Era um Spark vermelho da chevrolet, ele era perfeito.
- Dessa forma não precisará pegar o trem ou depender de ônibus ou caronas - avisou tio Ben com uma preocupação paterna.
- Eu adorei Ben! Ele é lindo.
- Boa viagem até Greenwich Village, pequena - falou minha tia com lágrimas nos olhos.
Demos um último abraço e fui para a universidade e ao meu curso dos sonhos.

Storm - uma história percabeth Where stories live. Discover now