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Noah Urrea:

— ANY, ATRÁS DE VOCÊ! - Josh grita e a Any vira pra trás e atira, atingindo o ombro de um cara

    Pelas minhas contas, já se foram 9 pessoas, faltam 6 e não sei onde estão...
    Estava andando encostado na parede, tentando me "proteger" e Sina veio atrás segurando minhas mãos.

— até que é meio legal né - ela diz com um mini sorriso no rosto

— sim, é legal - retribuo o sorriso e escuto um tiro, vi a bala passando de raspão perto do meu ombro - foi por pouco - digo e viro a esquina de uma parede e atiro, atingindo uma mulher, ela aparenta ter mais de 40 anos. Agora faltam 5 pessoas.

     Vocês devem se perguntar, você não fica com dó? Olha, no início, quando entrei pra gangue eu ficava, mas já me acostumei. A gente sempre invadi gangues e algumas nos invadem. Quem participa de gangue sempre corre o risco de morrer, a gente que escolhe essa vida.

— vem por aqui - falo pra Sina e vejo Hina, Diarra e Joalin encostadas em paredes e umas pilastras

— DO SEU LADO ESQUERDO JOALIN - Diarra grita, Joalin se vira rapidamente e atira, atingindo o peito de um cara, mas no mesmo segundo o cara atira e a bala atinge a... Sina. Pera, a SINA, SINA, SINA!

— SINA, CALMA, CALMA. AONDE A BALA FOI? - falo e a Sina cai, se sentando no chão, com o rosto cheio de lágrimas

— tá doendo, Noah - ela passa a mão na cocha

— calma, calma... - tiro minha camiseta e enrolo em sua perna, pra estancar um pouco do sangue - antes da Hina vir pra cá, ela entrou em uma faculdade de medicina, mas trancou a faculdade, creio que ela sabe resolver esse seu problema ok? - falo e Sina assente - ela que é a "médica" daqui

— tá, tá. Só chama ela, tá doendo - ela diz chorando

— HINA, VEM AQUI! - grito e a mesma vem correndo e coloca sua pistola no bolso da calça

— o que houve? - ela pergunta

— a Joalin atirou em um cara, mas no mesmo instante ele apertou o gatilho da arma e a bala veio na coxa da Sina - falo e Hina arregala os olhos

— tá, vem eu cuido disso - ela diz, ajudo a Sina a se levantar e a Hina a leva para um quarto mais próximo

[•••]

    Depois que Hina levou a Sina pra cuidar onde foi o ferimento, eu me juntei com o pessoal que estava na entrada. O tiroteio acabou, e só duas pessoas da outra gangue escaparam.

     Passou uma bala raspando na pele do Krys, e o mesmo foi onde Hina estava pra ela também cuidar do seu ferimento. Além disso não ocorreu mais nada, estamos todos bem.

— bom trabalho pessoal - falo e todos se jogam no chão. Isso é uma adrenalina danada

(n/a: gente, eu não sei o que ocorre em gangue, e o que eles fazem. Eu tô criando/inventando algumas coisas, se estiverem errada ou seila, relevem kkk)

    Lembrei que tenho que ver a Sina, ela deve estar assustada.
    Saí de perto do pessoal e fui em direção ao quarto onde a Hina a levou, adentro no mesmo e vejo a Hina acabando de fazer o curativo no Krys e Sina deitada na cama com os olhos cheios de lágrimas

— eai, tá tudo bem? - falo me aproximando de Sina

— sim, a bala não entrou dentro da coxa de Sina, foi fácil de resolver, Krys também está bem - ela fala se levantando da cadeira

— vem, vamos deixar o Noah e a Sina a sós - Krys fala e Hina e o mesmo se retiram do quarto

— tá tudo bem, já acabou ok? - falo e Sina me olha com os olhos cheios de lágrimas. Meu coração partiu, não sei porque.

— pode me contar o que tá acontecendo? - ela fala limpando as lágrimas que estavam em suas bochechas

— claro... - me sento na cama - a gente mentiu pra você todo esse tempo

— aaaaa jura? Nem desconfiei - ela fala em um tom de sarcasmo

— nós somos uma gangue - falo e ela se levanta rapidamente, ela geme de dor - ei, fica deitada, não pode fazer esforço

— explica direito - ela fala com uma feição assustada

— o seu pai, é chefe da gangue - ela arregala os olhos - a gangue se chama Gargoyles

— aaaah, agora tudo faz sentindo. Porque meu pai nunca me contou? - ainda diz assustada e enxuga uma última lágrima

— porque era um segredo dele, ele te mandou pra cá pra você fazer parte da gangue dele, e também porque você gastava todo o dinheiro dele - falo e ela ri

— entendi...mas o que vocês fazem? - ela se senta ao meu lado da cama

— várias coisas, mas o que a gente mais gosta de fazer é roubar - falo e ela arregala os olhos

— q-que?

— Sina, agora você é uma de nós, terá que fazer isso também - falo e a mesma engole em seco

— porque entrou pra essa vida? - ela fala e desvia seu olhar do meu

— porque é... Eu tinha acabado a escola, e logo em seguida meus pais morreram - abaixo a cabeça

— sinto muito - ela diz e deita a cabeça em meu ombro

— tá tudo bem. Eu não consegui cuidar da casa sozinho e então eu comecei a morar na rua. Seu pai na época estava aqui nos EUA, me achou na rua e me fez essa proposta, de entrar pra gangue, logo eu aceitei. Eu passava muita dificuldade

— hum, porque meu pai seguiu essa vida, porque ele quis criar uma gangue?

— eu também não sei - falo e ela desencosta a sua cabeça do meu ombro e me encara

    Aproximo meu rosto do dela, coloco meu polegar em sua bochecha e começo a acaricia-lo, aproximo ainda mais meu rosto do seu e colo nossos lábios, e derrepente aqueles efeitos passam por todo o meu corpo. Ela coloca sua mão em volta da minha nuca e aprofunda mais o beijo. Ela pede passagem com a língua e eu cedo, esse beijo me causou arrepios, parecia que eu precisava desse beijo a tempos. Logo nos afastamos por conta da falta de ar

— me desculpa, me desculpa - falo e me levanto da cama e vou em direção a porta do quarto

— ei, tá tudo b.. - ela fala e eu fecho a porta, escuto ela resmungar um "droga", e eu sorrio, talvez eu dê um gelo nela.

   Como um beijo pode causar tantas coisas assim em mim? Como o beijo dela faz isso comigo? Nunca aconteceu isso antes... Vou em direção ao meu quarto, já está de noite e eu estou exausto.

~~~~

Quem ainda está vivo? - eu não!🖐🏻🥴

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Gangster - Noart [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora