06. COMPANHIA

1.1K 123 37
                                    


" Você nunca estará só...
Quando sentir minha falta, feche os olhos, posso estar longe, mas nunca fui embora.
Quando você cair no sono hoje à noite, só se lembre que nos deitamos sob as mesmas estrelas."

Never Be Alone | Shawn Mendes

* Hope|Alisson

Quero alguém que me faça perder a noção do tempo, alguém que me faça ficar sem ar e as minhas mãos soarem com a sua simples presença, fazendo-me sentir aquela coisa de ter a sensação de borboletas voando no estômago.
Ele tem que ser forte, decidido e corajoso, e estar disposto a lutar por mim e estar ao meu lado, mesmo quando ninguém mais estiver.
Sonho com um homem que não aceite injustiças, nem tenha medo de enfrentar tudo pelo que acredita, ele tem que ter uma personalidade forte, mas também tem que saber ser sensível, porque por mais que eu seja dura as vezes, na maioria delas eu não passo de uma mulher frágil que só quer se sentir amada.
Se existe a pessoa que eu idealizo? Eu não sei, só sei que eu nunca vou parar de procurar.
HPAlisson| Jornal Square Desejamos um feliz dia do namorados para todos vocês e mais, desejamos que todos os seus desejos sejam realizados.

Aquele maldito texto, mesmo depois de anos eu ainda sentia vergonha, onde eu estava com a cabeça quando escrevi aquilo? Porque raios o destino tinha que ter me pregado uma peça e justamente Rick Grimes tenha lido aquilo? A sua pergunta ainda estava martelando na minha cabeça:
" Achou o homem que procurava?"
Será que o xerife estava rindo da minha cara, porque aquela pergunta havia sido ridícula!
Já era madrugada e enquanto todos estavam dormindo eu não conseguia tirar aquela porcaria de conversa da minha cabeça. Oque aquele homem tinha que me fazia ficar assim, ele era irritante, e mesmo tendo me ajudado eu estava com uma certa raiva da cara dele! Maldito Rick Grimes!

Me revirei no chão quente e finalmente me dei por vencida, eu não conseguiria mesmo dormir, então me levantar e dar uma respirada de ar puro era a melhor opção. Encontrar pessoas novas depois de tanto tempo acabou não me fazendo bem, sem contar com os insetos me comendo viva. Levantei devagar e então caminhei pela mata, eu não iria longe, só precisava de um tempo para colocar meus pensamentos em ordem já que atualmente eles andavam tão desorganizados.
Me sentei perto de uma das árvores, tudo estava escuro, oque não era diferente do que eu sentia dentro de mim, era como se uma luz negra tivesse me invadido e derrepente eu não soubesse mais oque eu queria fazer daqui em diante. Antes eu vivia para proteger o Eugene, éramos só nos quatro e sinceramente, eu nunca pensei que a gente se juntaria a outras pessoas, mas agora eu estava emocionalmente envolvida com todas aquelas pessoas novas, não era como se fossemos viver todos juntos para sempre, mas pensar em se despedir, era dolorido de certa forma!

Uma nostalgia me invadiu derrepente quando me lembrei de quando o mundo ainda era normal, eu sentia saudades daquilo mesmo que a minha vida fosse tão superficial e sem graça. Eu gostava da Hope que eu havia me tornado, corajosa e alto suficiente, mas eu também sentia falta de me sentar na frente do meu computador e deixar a minha mente me levar para
o mundo da imaginação, escrever sempre foi tudo para mim, não é atoa que eu tenha estacionado todo o meu tempo nisso não deixando espaço para mais nada, mas agora eu não tinha mais oque fazer, escrever já não fazia mais sentido, não era útil para nada e isso me deixava frustrada porque era a coisa que eu sabia fazer de melhor.
Encontrar pessoas novas me fez ter ideias para muitas histórias, a de Maggie e Gleen por exemplo, eu nem precisaria mudar nada, nem inventar coisas, os dois tinham uma conexão muito bonita, dava pra ver que havia muito sentimento envolvido, e confesso que olha-los me dava uma certa ponta de inveja, porque eu nunca havia amado nem sido amada por ninguém daquela maneira, por mais que tenha idealizado isso a vida inteira. Eu estava tão distraída que acabei baixando a guarda, nem percebi quanto um errante se aproximou, só percebi quando o corpo podre agarrou meus dois braços me impedindo de pegar a faca que eu possuía no bolso. Empurrei o morto enquanto encarava sua arcada dentária bater sedenta por minha pele, aquilo ainda era assustador para mim, sempre seria não importava o tempo que passasse, eu nunca me acostumaria! Aquilo havia sido uma mulher um dia, com família, pais, irmãos e quem sabe até filhos, e agora era isso, não passava de pedaços podres de carne, definitivamente eu não queria virar aquilo.
Empurrei a errante com toda a minha força, fazendo um dos braços dela desmoronar.

THE HOPE • Rick GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora