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Sim foi um choque, um choque que apenas seis copos de champanhe não me fariam esquecer. Não estava acreditando que aquilo era real, até que os pais de Hoseok me avistaram.

Baekhyun, Jimin e Kyungsoo se mantiveram firmes ao meu lado, visto que eu já estava ficando bebada e com vontade de chorar. Okay, talvez eu não tenha superado meu término com o Hoseok, mas mesmo assim, você se sentiria mal, vendo o garoto pelo qual você foi apaixonada durante tantos anos sendo entregue a outra pessoa. Era uma dor real.

Eles caminharam lentamente até a nossa mesa, tenho certeza que para me relembrar que Hoseok pertence a outra pessoa. Por que eles me odeiam? Nem eu sei.

- Olha quem está aqui.-A voz da senhora Jung ecoou meus ouvidos e eu tive um embrulho estomacal.

Num curto surto no sistema dos meus neurônios, eu me curvei para eles e lhes mostrei um sorriso falso. Sim era mais falso que a história de que Lee Jong Suk me pediu em casamento.

- Como estão seus pais?.- O Senhor Jung com um sorriso que eu não sabia distinguir se era falso ou forçado perguntou.- Temos que marcar um jantar, já que voltamos dos Estados Unidos.-Terminou e eu sorri novamente.

- Eles irão adorar a notícia de que vocês voltaram.- Comentei.- Vou avisa-los e quem sabe não marcamos um jantar.- Sorri e ambos me acompanharam.

A Senhora Jung me olhava com desdém, como fazia quando Hoseok e eu éramos mais novos, era exatamente com esse olhar baixo e sorriso mórbido no rosto que me fazia ter um ataque de desespero e calafrio na espinha, não importa quanto tempo se passe, eu continuo desejando que ela simplesmente pare de me olhar.

- Agora que Hoseok está comprometido, adoraria que viesse me acompanhar num chá.- Comentou e sorriu.- Isso fez com que eu tivesse um refluxo.

- Claro, assim que eu tiver tempo, nós marcamos.- Respondi com a ajuda de Baekhyun.

Baekhyun disfarçadamente conseguiu me tirar da mesa, e me encaminhar até o banheiro mais próximo para que eu pudesse vomitar. Óbvio que no ódio, e tristeza profunda eu me acabei naquele pequena caixa que separava um banheiro do outro.

Assim que eu me recuperei, eu lavei meu rosto e boca, isso me faria ter um mal estar. Sai do banheiro e me deparei com Baekhyun conversando com Jung Hoseok e Im Naeyon, o que me fez ficar ainda mais sem saber como reagir.

Naeyon me viu e me chamou para se ajuntar a pequena roda que se formava entre os três.

- Parabéns pelo noivado, vice diretora Im.- Eu disse, tentando me manter de pé no salto alto que eu estava usando. Um sorriso se formou em meus lábios.

- Obrigada Seul, ah, e aqui pode me chamar de Nayeon.- Sorriu.- A culpa não era dela, nem de Hoseok e muito menos minha, é apenas o destino, que ao meu ver esta sendo muito injusto comigo.

- Você está bem?.- Jung Hoseok se pronunciou quando eu quase cai, me apoiando em Baekhyun.-Eu estou ótima, senhor noivo.- Sorri e ele me olhou com o olhar que fazia quando estava triste por algo que sua mãe fez e que ele não podia concertar.

Depois de alguns minutos conversando, Baekhyun e Kyungsoo me impediram de beber mais alguns copos de vinho branco, e o licor de limão que os frações estavam servindo, visto que eu já estava falando asneiras. Era mais forte que eu, ver Hoseok passar as mãos pela cintura de Nayeon e não poder surtar de ciúmes era quase fatal para mim.

Por sorte, Baekhyun entendeu que era uma tortura continuar assistindo aquilo, e decidiu por si próprio que me levaria embora. O que para mim era horrivelmente bom.

**

No carro de Baekhyun, a única coisa que me fez entender que aquilo não era sonho e que eu tinha perdido o amor da minha vida, foi o tapa que eu acertei em Baekhyun sem querer. O que fez com que ele me abraçasse enquanto me derretia em lágrimas. Era injusto o que estava acontecendo.

Ficamos longos minutos assim, abraçados dentro do carro, no estacionamento da casa dos Im. Eu estava levando Baekhyun para o abismo ainda mais. Mas superar Hoseok era a luta que me corroía ardentemente e rasgava o peito.

Não sei em qual momento exato Baekhyun deu ignição no carro nos encaminhando para seu apartamento.
Ele me permitiu tomar um banho e até me emprestou uma roupa sua, que ficaram um pouco grande, mas eram confortaveis.

Baekhyun fez um chá, mesmo eu pedindo para que ele me desse uma lata de cerveja que tinha em sua geladeira. Ele se sentou ao meu lado e me permitiu apoiar minha cabeça em seus ombros, estava muito pesada, cheias de pensamentos e angústia, em pensar que com toda a certeza do mundo, a Nayeon me convidaria para o casamento e eu teria que aceitar, uma vez que ela é minha chefe.

- Você quer conversar?.- Baek finalmente abriu a boca, depois de longas horas calado.- Eu apenas neguei com a cabeça em seus ombros.

Estava muito triste e desolada com tamanha crueldade do destino. Provavelmente não falaria com Hoseok nunca mais. A não ser que o destino me pregue outra peça.

Se eu te disser que eu me lembro em qual momento eu estava deitada sobre o peito de Baekhyun, eu estaria mentindo. Dormimos assim, no sofa da sala, enquanto Baek passava carinhosamente as mãos macias sobre meus cabelos.

Continua.



The light of my darkness ( Baekhyun )Onde histórias criam vida. Descubra agora