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Eu mal podia esperar para poder conhecer o pai de Hyu Jin e pedir perdão por não ter salvo sua esposa e nem ao menos ter sido capaz de proteger Jin como me foi pedido.

Usava uma calça jeans preta, uma blusa de manga cumprida social branca e um sobretudo, uma bota cano curto preta também. Era sexta feira, e Baekhyun ainda não havia voltado, Jinyoung não me atendeu naquela tarde e Bambam ainda não tinha voltado da Tailândia. Isso quer dizer que só meus pais sabem do meu jantar.

As oito horas em ponto um carro preto parou em frente a minha casa, o que me fez despedir-me de meus pais e caminhar até ele. No início eu me assustei, pois Hyu Jin ou seu primo não estavam juntos, mas o motorista abriu a porta para mim, da mesma forma que fez quando Hyu e eu nos encontramos.

Depois de longos minutos rodando Seoul, finalmente entramos num bairro nobre, mas um pouco assustador demais.

O meu celular estava quieto, nenhuma mensagem dos meus amigos, ou das meninas. A última mensagem que recebi de Baekhyun, foi um aviso de que ele não iria demorar muito em Daegu.

A casa dos Baek era extremamente gigante, eu me assustei com os cinco cachorros da raça Doberman presos no canteiro perto da fileiras de roseiras, eles tinham um latido muito alto. O carro parou em frente a uma escada de uns cinco degraus, já me deu preguiça só de ver. Antes mesmo que eu pudesse chegar na porta, ela se abriu, e uma mulher de aparência idosa, vestindo uma saia preta até o joelho e uma blusa da mesma cor, e o penteado alto, lhe dava um ar de sabedoria. Ela não me mostrou um sorriso e logo me pediu para a acompanhar.

Dentro era tão deslumbrante quanto o lado de fora. O piso laminado e muito iluminado fez com que eu tivesse um pouco de dor na vista, a governanta me pediu meu sobretudo para que pudesse o pendurar no cabide que havia bem na entrada, seguido de me fazer tirar minha bota e calçar uma pantufa super confortáveis, eu me assustei por não ver nenhum quadro em família ou fotos da mãe de Hyu Jin, também não havia encontrado o mesmo em lugar algum.

O teto espelhado, e as partes pintada de ouro, dava um ar materialista, eu cresci bem, mas nunca teria uma mansão como essa. A governanta me encaminhou até uma sala, que não era a sala de visitas, uma vez que os sofás de lá eram de couro branco, e os daqui da cor marfim e era mais claro que o de lá.

- O senhor Baek, chega em alguns minutos.- Ela disse fazendo uma pequena reverência.- Aceita um copo de chá?.- Terminou e eu neguei com um sorriso no rosto a acompanhando na reverência.

Logo ela se retirou do lugar me deixando completamente sozinha. Eu tenho que parar de ser tão curiosa, percebi quando estava procurando alguma foto que me provava que Hyu Jin era feliz morando nessa casa. Mas logo me assustei quando ouvi a voz na porta do outro lado da sala.

- Você deve ser a senhorita Park.- A voz ecoou tocando meus ouvidos e eu assenti num susto.

- Eu estava..- Abri minha boca mas fui interrompida.

- Imagino que esteja se perguntando o porquê de não ter uma foto de Hyu Jin ou de sua mãe por minha casa.- Comentou se sentando no sofá de frente para mim.

Eu não tive coragem de abrir a boca.

- Bom, eu te convidei por que eu queria saber o que realmente aconteceu naquele dia. A polícia não sabe me contar, e o motorista morreu.- Foi reto e direto naquilo que lhe convinha.

- Isso não é algo que eu goste de falar, mas já que vai fazer alguma diferença para o senhor.- Respondi mais para mim do que para ele.- Irei contar.

- Estou ouvindo.- Cruzou as pernas pondo as mãos por sobre elas.

- Um cachorro atravessou a rua, mas infelizmente o motorista não viu e acabou o atropelando, ele acabou perdendo o controle do ônibus e acabou colidindo com um carro em seguida um outro carro bateu no ônibus e depois um caminhão.- Eu dizia pausadamente, por que era tão difícil contar o que aconteceu naquele dia?.- Salvar Hyu Jin foi o último pedido da mãe dele.- Continuei.- Eu senti tanto medo, mas me senti horrível quando o ônibus explodiu.- Terminei limpando as maçãs do rosto, com as lágrimas que insistiam em cair.

- Não, não foi assim.- Ele alterou a voz brevemente e eu me assustei.- Não foi isso que os policiais me contaram.- Terminou arrumando a gravata.

Fomos interrompidos segundos depois disso, Hyu Jin finalmente apareceu, ele vestia um suéter azul e uma calça branca, seu cabelo estava caídos e quase cobriam seus olhos. Respirei aliviada, agradecendo a Deus e aos céus por me lembrar que eu tenho um diafragma. Ele nos chamou para irmos jantar e disse que depois iríamos continuar o que estávamos fazendo.

Sai na frente segurando as mãos de Hyu Jin o deixando me guiar para onde ele quisesse. Tudo para me livrar do pai assustador que ele tem.

Nos sentamos numa mesa maior que meu canto em frente a sala de Baekhyun, Hyu Jin sentou-se ao meu lado e seu pai na maior cadeira na outra ponta da mesa.

Comemos em silêncio, e eu percebi que o mais novo tinha uma alimentação diferenciada. Eu estava me sentindo sufocada, bebericando o vinho que me serviram, estava com medo dele pensar que eu não estava satisfeita em sua casa, comi tudo o que me foi servido, e bebi tudo o que foi posto a mesa. Só não sabia que misturar tanto álcool me deixaria tão mal.

Logo após o jantar, Hyu Jin fora obrigado a subir de novo para o seu quarto e eu que pensei que já estava indo embora, fui encaminhada para a mesma sala de antes.

- Fomos interrompido por Hyu Jin.- Falou primeiro.- Deixe-me continuar.- Ele disse e eu assenti.- Não foi isso que a polícia me disse, eles me disseram que.- Ele começou a falar, mas eu não estava ouvindo nada do que ele falava, sua boca apenas abria e fechava, mesmo sendo um homem assustador o Sr.Baek me deixou confortável, e não encostou as mãos em mim.

continua.

The light of my darkness ( Baekhyun )Onde histórias criam vida. Descubra agora