Sempre foi você! (Borusara)

3 - Realmente a amo

BORUTO

Enquanto jantavamos eu ficava prestando atenção no meu pai e minha mãe, o jeito que meu pai sorria pra ela, e o jeito que minha mãe ficava feliz só de estar conversando coisas não tão importantes com meu pai, era algo lindo.

- Bom, já terminamos o jantar, me entreguem os pratos, vou colocar na pia - minha mãe pegou tudo e colocou lá
- Bom, eu vou deixar vocês dois a sós para conversarem a vontade - minha mãe chamou a Himawari pra ir pro quarto, ela estava dormindo no sofá.

- Então Boruto, o queria conversar? - meu pai perguntou se sentando no sofá
- Bom papai, eu queria saber uma coisa - falei me sentando ao lado dele
- O que é o amor? - meu pai ficou surpreso com a minha pergunta, ele esperava tudo, menos isso.

- Porque o interesse repentino? - ele parecia confuso
- Bom, é que eu preciso saber mais sobre isso, eu estou bem confuso sobre esse assunto - meu pai colocou a mão atrás da cabeça, igual as pessoas fazem quando estão envergonhadas.

- Eu não sou muito bom nesse assunto, mas eu vou tentar te dizer de uma forma que dê pra você entender. Bom, o amor é quando duas pessoas permanecem juntas, independente da situação, o amor também pode te fazer perdoar, porque nenhuma falha pode se comparar ao que você sente, quando seu sentimento por uma pessoa é verdadeiro, você faz de tudo para protege-la, mesmo que isso arrisque sua vida, o amor também pode te fazer tomar decisões extremamente dificeis, mas o mais importante, se você ama alguém, você deve permanecer ao lado dessa pessoa, e é claro, quando você ama alguém, você se preocupa com essa pessoa, e sente medo de perde-la.

Depois que o meu pai disse a frase "e é claro, quando você ama alguém, você se preocupa com essa pessoa e sente medo de perde-la" ficou claro que os meus sentimentos pela Sarada eram verdadeiros, eu estava feliz por saber que eu realmente a amava, mas sentia medo da Sarada não sentir o mesmo.

- Foi uma explicação bem curta, mas acho que ficou bem claro, não é? - eu olhei pro meu pai, ele parecia envergonhado, esse assunto sempre mexe com ele
- Sim papai, obrigado - depois que eu disse isso meu pai me olhou e perguntou.

- Você ama a Sarada, não é? - eu fiquei vermelho como um tomate, mas afirmei com a cabeça
- Sim, foi por isso que eu perguntei o que era o amor pra você, eu estava em duvida sobre o que eu sentia por ela, e agora ficou bem claro o que eu sinto, mas eu tenho medo - meu pai ficou surpreso

- Medo? Medo de que? - ele parecia confuso
- Eu tenho medo de que a Sarada não sinta o mesmo - meu pai sorriu, como sempre

- Bom, eu fico feliz se vocês dois ficarem juntos, e não sinta medo disso, talvez a Sarada ame você, mas não obrigue ela a te amar, okay? - meu pai deu aquele mesmo sorriso de sempre
- Ta bom, obrigado!

Eu fui pro meu quarto, me deitei na cama, e fiquei pensando em uma maneira de dizer a ela o que eu sinto, mas acabei pegando no sono

No outro dia

Sarada

Eu acordei com o som do meu despertador.

- Bom dia mamãe - minha mãe respondeu com um sorriso no rosto, ela parece feliz
- Porque esta tão sorridente? - ela parecia envergonhada com a minha pergunta
- N-não é nada querida, vou colocar o café na mesa - ela parecia nervosa
- Entendi, deixa que eu coloco, você deve estar cansada pelo "trabalho duro" que você e o papai tiveram a noite, né? - minha mãe estava mais vermelha que uma pimenta

- S-sarada, quando aprendeu sobre essas coisas? - eu estava rindo da cara dela, ela estava muito envergonhada
- Eu não sou mais criança mamãe - eu e ela rimos
- Mas agora, mudando de assunto, já descobriu o que o Boruto tinha? - quando minha mãe falou do Boruto, meu coração bateu mais forte, eu estava me apaixonando por ele

- Não, ele não me falou, isso esta me deixando preocupada, não consigo prestar atenção na missões vendo ele com aquela cara - minha mãe levantou a sobrancelha
- Você gosta dele não é? - foi a minha vez de ficar vermelha
- C-como assim? Porque chegou a essa conclusão? - minha mãe se sentou na mesa

- Você se preocupa muito com ele, não vou achar ruim se você o amar - eu não sabia o que dizer, eu tinha medo de um relacionamento atrapalhar meu caminho para ser Hokage
- Eu não tenho certeza - eu precisava falar sobre isso com a minha mãe
- Bom, se você ama ele, não cometa os mesmos erros que eu!

Eu fiquei surpresa com aquela frase do meu pai
- Papai? - ele se sentou na mesa também

- No passado eu não era uma pessoa muito gentil, eu ficava apenas pensando na minha vingança, eu não tratava as pessoas muito bem, e sua mãe era uma dessas pessoas, eu tratava ela com frieza, e mesmo assim ela não deixava de me amar, e isso me fez amar ela, mas eu tentava ignorar isso, eu não queria que ela atrapalhasse minha vingança, e no dia que eu fui embora da vila, eu me encontrei com ela no caminho, ela chorou e implorou para ir comigo, naquele momento eu a amei tanto que não pude deixar ela vir comigo, mas eu não queria ver ela sofrer na escuridão, antes de eu ir eu apenas falei "Sakura, obrigado" e a apaguei, eu sei que você deve estar pensando que se você iniciar um relacionamento isso ira atrapalhar seu caminho para ser Hokage, mas na verdade isso não vai acontecer, eu, o Boruto, sua mãe e até mesmo o Naruto estamos na torcida para você se tornar uma boa Hokage, se no passado eu tivesse aceitado o amor da sua mãe, talvez eu não tivesse sofrido tanto.

As palavras do meu pai aqueceram ainda mais meu coração, eu tinha certeza que eu amava o Boruto
- Eu não sabia disso papai, obrigado por ter me contado - meu pai deu um leve sorriso
- E então, o que você vai fazer agora? - eu estava tão feliz por dentro, que já sabia o que fazer
- Eu já sei o que fazer, conto pra vocês depois, eu combinei de dar um passeio com o Boruto e o Mitsuki, até mais - falei me levantando da cadeira e indo em direção a a porta
- Até mais querida.

Eu quero contar ao Boruto o que eu sinto, espero que ele sinta o mesmo.