Hotel Califórnia ✧ l.s halloween

The Pink Champagne on Ice

[N/A]: Esse capítulo contém descrição de cena de sexo (eu não sei escrever smut por favor não desistam de mim!!!!)

✟

Mirrors on the ceiling
The pink champagne on ice
And she said
We are all just prisoners here
Of our own device
And in the master's chambers
They gathered for the feast
They stab it with their steely knives
But they just can't kill the beast

Já fazia mais de meia hora que eu estava ali fitando a mesma foto preta e branca. A imagem refletida foi tirada anos atrás, quando tudo parecia mais glamoroso e fácil. Eu, Zayn, Liam e Niall estávamos com sorrisos realizados enquanto segurávamos instrumentos musicais no estúdio onde gravamos o nosso primeiro álbum. O que foi um imenso sucesso e nos lançou para a fama mundial.

Naquele momento, perdido em pensamentos dentro do meu carro, fiquei me questionando se eles estavam preocupados comigo. E provavelmente estariam. Meu empresário com certeza está de cabelos em pé, gritando e causando tumultos enquanto os garotos ponderam se chamar o FBI para me procurar é uma opção válida.

Me questionei se talvez eu devesse ligar para eles. E então, rapidamente percebi que eu não queria. Estava tudo tão tranquilo por aqui, a última coisa que eu queria, pelo menos por enquanto, era voltar a minha vida bagunçada e corrida. Amava muito o que eu fazia, amava muitos os meus fãs e era grato por todas as conquistas, mas às vezes a nossa cabeça nos demonstra que estamos no limite.

E eu estava no meu.

De qualquer forma, eu estava conseguindo relaxar. Só precisava de mais alguns dias ali para ter ânimo de ir para casa. E, talvez, disso eles precisavam saber. Pelo menos Zayn.

Saí de meu carro e voltei ao hotel. Durante os meus minutos ali não havia passado um carro sequer ou qualquer tipo de movimentação. Não sei como fui parar ali noites atrás.

Cheguei até o recepcionista que lia um livro qualquer em completo estado de concentração. Um guarda alto e careca estava ao lado da porta e me fitou durante todo o meu trajeto até a grande mesa de madeira. Tilintei o sininho, chamando a atenção do homem.

— Olá. — Sorri. — Qual é o seu nome? — Perguntei com simpatia. O recepcionista continuou me fitando com as sobrancelhas franzidas.

— Michael. — Respondeu simplesmente e voltou a ler. Pigarreei, me sentindo um pouco desconfortável.

— Não vai perguntar o meu nome?

— Eu sei quem é você, Louis Tomlinson. — Fitou-me, sério. Eu abri um sorriso de orelha a orelha quando percebi que finalmente alguém me reconheceu. As pessoas daquele hotel não possuem televisão?

— Oh, ótimo. Quando eu cheguei aqui você não me pediu documentos, nem ao menos me informou nada.

— Hm. — Michael me analisou por longos segundos, até abrir um sorrisinho divertido. — Acredite em mim, isso não é necessário.

— Não?

— Não. Fique o tempo que for necessário, Tomlinson. — Rebateu. 

Ser famoso tem suas vantagens.

— Certo. — Sorri. — Eu gostaria de saber se posso usar o telefone. Tenho que avisar a um amigo onde estou.

— Que amigo? — Ele perguntou. Fiquei um pouco surpreso pela sua curiosidade sobre aquilo, não era uma informação que ele precisava saber. Contudo, apenas dei de ombros.