El Extranjero

Capítulo 15 - Greves Impossíveis

— E aí, gostou da comida? — Dean perguntou para o namorado, que estava à sua frente, ignorando os olhares que Sam lhe lançava.

Sam riu.

— Até eu fazia algo melhor, Dean. E olha que o máximo que preparei foi um ovo frito.

— Queimado, né?

— Isso, queimado... pra você ver o quão ruim ficou sua comida. Mesmo assim eu faria algo melhor... não tem mistério em numa receita de macarrão.

— Para de ser idiota, Sammy. Só por isso, a louça é sua hoje.

— Não mesmo!

Dean ignorou o irmão; só estava brincando. Não se importava em ter de lavar a louça, afinal, fazia bastante isso no bar.

— E então, Cas... estou aprovado?

Castiel observava a implicância dos irmãos entre si com certo saudosismo. Sentia falta de Balthazar e Gabriel; não eram os irmãos mais perfeitos do mundo, mas era bom passar o tempo com eles.

— Cas? — chamou novamente. — Tá tão ruim a ponto de você não querer me responder?

— Disculpe, pensé en mi familia. Siento muy falta, ahora que estoy solo...

— Você não tá sozinho. — Dean entrelaçou seus dedos com os do namorado. — Eu e Sammy somos sua família agora.

Sam assentiu.

— Gracias. — Castiel deu um sorriso tímido.

— Você não fala muito da sua família. Aconteceu algo? — Dean perguntou.

— No está mal, Dean. Pero prefiero te como la camarero.

Aquela era uma verdade: Dean era melhor como garçom do que como cozinheiro. No entanto, Castiel respondera aquilo somente para desviar o foco do assunto "família".

— Eu falei. — Sam riu e brincou: — Castiel só pegou leve porque não quer que você fique bravo e faça greve de beijo ou de sexo.

— Nem se eu quisesse eu conseguiria fazer alguma dessas greves. — Dean deu um beijo na mão do namorado, que ainda estava entrelaçada à sua. — Eu não vivo mais sem esse homem de olhos brilhantes e bunda perfeita.

— Ugh... acho que lavar a louça não é uma má idéia. — Sam praticamente correu até a cozinha. Não queria ficar com seu irmão e seu cunhado, correndo o risco de ouvir mais coisas do gênero.