Geralmente, quando se pensa em viagens de formatura de Ensino Médio, você imagina um cruzeiro com os amigos, uma festa em que todos bebam até não aguentar mais ou até que a polícia chegue. Na maioria das situações, você imagina uma viagem de avião para a Disney — o que riquinhos costumam fazer —, mas, com certeza, você não imagina um comboio de cerca de seis carros saindo do Colorado, indo em direção ao México.
Bom, nossa turma era exótica e queria alguma coisa diferente, por isso, juntamos um dinheiro e alugamos um acampamento no México, não tão longe da fronteira, onde passaríamos uma semana e comemoraríamos feliz e tranquilamente.
Nosso maior problema, antes da viagem começar, foi em relação àqueles que não tinham atingido a maioridade ainda, ou seja, não cruzariam a fronteira sem a autorização dos pais. No entanto, após implorar excessivamente, nosso professor de Sociologia resolveu aceitar o nosso pedido e ir conosco, com uma única condição: Ele passaria a fronteira com os menores, porém, assim que chegássemos no tal acampamento, ele entraria em sua cabana e só sairia para comer. Poderíamos arranjar algo melhor? Claro que não. Esse recado do professor era, traduzindo para a linguagem adolescente, um passe-livre para fazermos o que quiséssemos.
Com esse problema solucionado, passamos para outro. Pois é, tivemos alguns empecilhos, mas acabou que tudo deu certo no final.
Eu diria que o segundo problema, foi o mais fácil! Como iríamos para o México?
Bom, as empresas de ônibus e vans simplesmente se negaram a nos levar, afinal, de acordo com eles: "Um bando de capetinhas pode destruir nossa frota". Diante disso, tivemos que juntar mais alguma grana e ver quem tinha a carteira de motorista, além dos carros que teríamos que convencer nossos pais a emprestar. Conseguimos seis, sendo que um deles era o do nosso professor.
Antes de partimos, nossa turma foi dividida entre os carros. No de nosso professor, a esposa dele e os três alunos que não atingiram a maioridade estavam lá. Eles seriam os primeiros a passar e, por isso, estavam na frente do "comboio", depois, os outros cinco carros tinham, no mínimo, uma pessoa que falava espanhol, para que nossa comunicação com o(a) policial da fronteira fosse facilitada.
Bom, agora, que tal sairmos dos problemas passados e entrarmos no problema atual?
Eu estava muito nervoso. Na verdade, muito nervoso é pouco para descrever o que eu estava sentido no momento. Eu batia minha mão incessantemente no volante, prestando atenção na estrada ao máximo e tomando conta de todos os outros, uma vez que eu era o último "da fila". Meu estômago revirava a cada ultrapassada mal feita de certos irresponsáveis que se achavam os sensacionais no volante, se contorcia por estarmos cada vez mais próximos da fronteira, mas nenhuma dessas sensações se comparava àquilo que eu sentia pelo simples fato de Manuela Griffin, mais conhecida como o amor da minha adolescência inteira, estar sentada em um dos bancos da parte de trás do meu carro. Ah, isso sim era tortura. Eu nem ligava tanto para suas outras duas amigas, mas o fato de seu perfume estar espalhado pelo carro, devido ao ar-condicionado, isso sim me dava calafrios.
Acho que não mencionei que o meu pai me deu o cartão dele para colocar a gasolina, ou seja, éramos os únicos com essa regalia. Pontos para mim.
— Yoongi! — Namjoon aumentou o tom de voz para me chamar e eu, com o susto, acabei desviando o carro para o acostamento, achando que, pelo seu grito, um caminhão teria surgido na minha frente e eu não o vi. Contudo, assim que eu percebi que não era nada demais, voltei para a faixa, lançando um olhar mortal.
— Não te ensinaram que você não grita e não faz movimentos bruscos quando alguém está dirigindo? — perguntei, sentindo meu coração pular no peito. — Você quase me matou do coração!
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Pass me by • MYG
ספרות חובבים[CONCLUÍDA/TWO-SHOT] Min Yoongi está indo, junto à sua turma, para uma viagem de formatura no México. Contudo, da mesma forma em que planeja curtir sua tão sonhada graduação, tem um plano em mente: Conquistar a menina que foi a protagonista de todos...