Nothing between us • Michael B. Jordan

||E I G H T||

Point of view • Zuri P. Thuli

— Você está espetacularmente linda! — levei um leve susto ao escutar a sua voz atrás de mim.

Sorriu satisfeita e olho para o meu reflexo no espelho.

Meu Deus, eu sou muito... Maravilhosa!

— Você está muito atraente, daddy! — digo o analisando dentro de uma camiseta social preta que desenha perfeitamente os seus braços largos e o seu peito, suas calças jeans pretas, seus sapatos de veludo da mesma cor, e para completar, o seu perfume forte e marcante que inclusive pertence à mais um dos seus trabalhos.

— Podemos ir? — sinto seus lábios tocarem o meu ombro e assinto.

— Mas antes preciso ver como estão às crianças. — Mike sorri, como se já soubesse.

O homem forte segura na minha mão e seguimos até o quarto da Amy.
Ela dorme profundamente, abraça à Dyami.

Sorriu.

Seguimos em seguida até o quarto do Ron, onde vemos dona Núbia parada em frente ao berço, observando o pequeno dormir.

— Nós já estámos indo! — Michael diz e ela sorri ao perceber a nossa presença.

— Mamãe, não se deite muito tarde, e não precisa esperar por nós. — ela assente.

Nos despedimos mais uma vez dela e finalmente saímos.

[...]

— Já posso tirar a venda? — pergunto, enquanto Michael tem a sua mão sob a minha cintura e me guia para algum lugar.

— Não, amor! Eu já disse que falta pouco, espere. — resmungo.

Eu já disse que não gosto de surpresas?

— Mas você vai me deixar cair, Michael.

— Ah, obrigado pela confiança. — eu estou perdendo levemente a paciência. — Pronto, chegámos! — diz e o cinto desmanchar a fita preta que tenho vendada.

Pisco três vezes consecutivas por antes estarem fechados durante muito tempo.

Sorriu ao ver o local.

— Aqui, — paro de falar e olho para o homem da minha vida. Este restaurante foi feito dentro de um trem, a entrada é bastante chamativa e interessante... E foi exatamente aqui onde o Michael me pediu em casamento.

— Feliz quinze anos juntos, amor! — coloca suas mãos em cada lado do meu rosto.

— Feliz quinze anos, amor! — beijo os seus lábios com calma.

Brigamos, chorámos, nos odiamos por alguns instantes, desejámos não ver a cara do outro por algum tempo, enfrentamos nossos medos, nossas crises de ciúmes e enfins... Para no final de tudo nos amarmos mais do quê nunca.

Decidimos entrar e vejo o lugar totalmente diferente, decorado e com música ambiente. Percebo que não tem mais pessoas além de nós dois, a banda musical, dois serventes e o recepcionista.

Não pode ser. Será que ele...

— Esta noite reservei o restaurante somente para nós. — sorriu mais encantada.

Michael não existe.

— Senhores, sejam bem-vindos! — o recepcionista diz e agradecemos, nos dirigindo até a mesa reservada. — Traremos a entrada.