2.

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Rafaella sentou no sofá do camarim e ficou concentrada lendo o roteiro do programa, escutou batidas na porta e olhou, sorrindo em seguida.
-Posso?


-Nem precisa pedir - Ivy se aproximou e a beijou lentamente.
-Estava com saudades.


-Eu também - Disse abraçando a mulher de cabelos pretos - Pensei que apenas nos veríamos a noite.


-Não aguentei, estava louca de saudade de você, como foi tudo em Nova York?


-Bem, o difícil é ter que deixar Matteo lá, mas era a semana de ficar com Gizelly .


-Ele ainda não se acostumou comigo.


-Teremos uma festa de final de ano para que vocês possam conviver.


-Amor, sobre isso, eu não vou poder ir com você.


-E por que não?


-Vou precisar viajar - Rafaella a olhou desanimada.


-Poxa Ivy, pensei que fossemos passar esse natal juntas.


-Eu sei amor, eu também, mas realmente preciso ir, é o nosso trabalho sabe disso, além de tudo seus pais ainda não aceitaram bem nossa relação, sua ex vai está lá, mas eu prometo tentar chegar antes do final do ano.


-Tudo bem.


-Não faça esse biquinho Rafa - Ivy a beijou lentamente e a abraçou - Tudo o que eu mais queria era ficar de com você, te assumir de uma vez por todas, mas ainda não podemos - Rafaella respirou fundo.
-Ainda não conversamos.


-Pensei que você fosse conversar com ela nos dias que esteve lá.


-Eu não pude, ela estava cheia de trabalho, nem nos vimos assim como nos últimos três anos, eu estava ocupada com as meninas e com o Matteo, mas tentarei resolver isso quando estivermos na casa dos meus pais.


-Tudo bem.


-Não está chateada, não é?


-Claro que não amor, que tal jantarmos no meu apartamento hoje para matarmos a saudade? Podemos jantar e depois ir para a sobremesa, ou ir para a sobremesa, jantar e voltar para a sobremesa - Rafaella riu.


-Adorei a última opção.


-Eu também, mas você sabe que precisava colocar a primeira para não pegar fama de pervertida.


-Boba... Você é a melhor namorada do mundo Ivy - Disse a olhando nos olhos.


-Mas mesmo assim você não conseguiu esquece-la, não é? - Rafaella respirou fundo abaixando o olhar e se mexendo desconfortável - Não estou chateada com isso Rafa, eu te entendo e sei como é difícil, não te julgo, sei a história de vocês, sempre foi tudo intenso demais.


-Ivy, por favor.


-Tudo bem, vamos almoçar?


-Sim - Sussurrou, as duas se afastaram e saíram do camarim, ao chegarem no restaurante sentaram e fizeram os pedidos.


-Quando voltará para Nova York?


-No final de semana, estou louca de saudade do meu pequeno.
-Eu imagino, você nunca fica mais do que dois dias sem ele, por que o deixou com a Gizelly?
-Não teria como ficar com ele, minha agenda está um caos até o fim de semana, pois estou finalizando trabalhos e como eu não vou passar mais de uma semana, resolvi deixa-lo com Gizelly , ela irá com ele e com as meninas na sexta a noite para a casa dos meus pais, seria cansativo pra ele que estava um pouquinho gripado também e o ar de Chicago está ficando frio pra sair com ele durante a madrugada e esperar horas um vôo.


-Você é uma mãe incrível, sabia? - Rafaella sorriu de canto e olhou para a mesa, Gizelly sempre lhe dizia isso, mas naquele momento Rafaella não queria pensar na editora, apenas seguir em frente.


A que eu sempre amarei (GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora