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- Eu não sei, eu simplesmente acordei, olhei para o lado e vi que Plapodd estava ali, junto com Mike e Tap – diz ele enquanto andamos pela praia. – Foi muito estranho, porque eu não lembro de nada depois que meus olhos fecharam. Eu estava ali, só não conseguia me mexer.
- É estranho demais isso... – digo, olhando para nossos pés andarem lado a lado.
Estamos somente nós dois andando juntos. Pedi um tempo sozinho com ele, preciso deste tempo com ele, para saber se fui eu mesmo. Tem de ter sido eu. Ele não demonstra cansaço, nem mesmo demonstra um pouco de dor como se tivesse sido furado ao meio por uma lança de um metro e meio.
- E por que Luke ainda está vivo? – ele pergunta e subo o olhar para o seu.
- É uma história muito longa.
- Temos tempo – diz ele rindo.
- Então vamos do início. Uma antiga amiga minha, Gregaia nome dela, uma deusa poderosa, praticante de feitiçaria. Sua imagem era uma tartaruga, e conseguia controlar toda a natureza, até mesmo a velocidade do tempo. Ela se casou com um dos deuses mais poderosos também, Ren, o deus dos ventos do norte e sul, raios e chamas. Seus poderes eram imensos, com seus sopros ele trazia o julgamento para almas, até mesmo sorte para marinheiros, as chamas em quaisquer lugar era sua maior fonte de força e comunicação. Mas então eles tiveram um filho, tão poderoso que foi temido por toda a cidade dos deuses, menos eu e Lelaya, que agora é Luke. Fomos banidos séculos antes.
- Calma, isso aconteceu realmente? – ele pergunta, parando-me. Faço que sim com a cabeça e o vejo respirar fundo, como se fosse difícil digerir tudo isso. E realmente é.
- Voltando, eles conseguiram esconder a criança por apenas dez anos, quando já estava ficando impossível de proibir que praticasse seus poderes. Nenhuma outra criança queria brincar porque tinham medo. Antes de morrer, Gregaia me passou todas as lembranças que são ligadas a esse momento, pois estávamos na minha mente. Houveram até ameaças para seu filho, ameaças de morte. Até que um dia, depois de tanto tempo sem revidar, ele revidou e matou – digo, respirando fundo. – E foi assim que encontram os três tentando fugir da cidade dos deuses. Levaram o filho deles para o exílio, a fim de mata-lo. Utilizaram a lâmina ceifadora de almas, que somente com um corte, sua alma ficaria presa nela eternamente, até que quem a colocou lá pudesse retirar.
- Não acredito nisso...
- Também utilizaram a lâmina em seu marido, Ren, mesmo com ela implorando para que os deixassem vivos e a levassem no lugar. Ninguém se quer ouviu suas lágrimas, ninguém entendia sua dor. Camerani, a cidade dos deuses, nunca mais foi a mesma. Gregaia prometeu nunca mais ter outro filho, nem ao menos se casar, tudo fazia parte do plano dela para que ela pudesse matar todos os deuses com a lâmina, e depois ela. E foi assim que ela controlou a mente de Lelaya durante séculos, tentou controlar a minha e a de Bright, mas não conseguiu – digo, segurando uma lágrima no olho ao lembrar de Kegaya. Fora morta injustamente.
Continuamos a andar por alguns minutos sem dizer nada. Ele está processando e é normal que demore. Admiro que não tenha surtado novamente. Eu no lugar dele estaria rindo achando que é uma piada ou até mesmo sairia correndo com medo do que poderia acontecer e achando que eu seria o próximo a morrer.
- Mas então... quando Luke fez aquilo com você...
- Não era o Luke de verdade – digo.
- Por que ela faria isso? – ele pergunta e balanço a cabeça negativamente.
- Queria atingir meu emocional já que não podia controlar minha mente – respiro fundo e paro de andar, olhando para o mar. O som das ondas me traz arrepios. Tudo bem que isso deveria ser um calmante, porém só me deixa mais ansioso.
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BETWEEN GODS - BRIGHTWIN
أدب المراهقين"- Bright - balanço seu corpo, mas mesmo assim, ainda não há respostas. - P'Bright, acorda - tento mais uma vez, e nem se quer um músculo de seu corpo se mexe. - Anda, por favor, acorda! - agora, como última tentativa, começo a dar alguns tapinhas e...