1 - Começo

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Era assustador para aquela época, melhor assim dizendo... Mas você deve estar pensando: “O que essa maluca está dizendo?” Então, vou logo ao inicio das coisas, eu me chamo Jane (Dane-se o sobrenome) Nasci junto com meu irmão Alec, da qual somos uma coisa chata chamada “gêmeos” nossa mãe nos abandonou quando tínhamos 7 anos, então fomos morar com o nosso pai em uma pequena e maldita cidade chamada “Lippenstty” ficamos lá até os nossos 15 anos, até que um dia resolvemos fugir...

       Embaixo de chuva, conseguimos colocar tudo que nos pertencia em uma mala, as coisas de Alec ficavam embaixo e as minhas em cima, “Vai logo sua idiota” ele berrava em meu ouvido, ele estava mais preocupado de papai acordar do que eu mesma, pegamos tudo e saímos dali o mais de pressa possível.

      Tínhamos andado bastante em plena chuva, até que uma esperança nos surgiu.

--- Veja Jane, é um carro. Disse Alec colocando uma mão sobre a testa para poder cobrir os seus olhos da chuva.

Eu podia sentir o alivio em meu rosto, rapidamente joguei a mala no chão e corri para o meio da pista, foda-se, se ele me atropelasse era uma vida miserável à menos no mundo. – PARE POR FAVOR! – gritei com as mãos para frente do carro. -- Ele parou a centímetros de mim e suspirei sem folego.

-- Se queria morrer por quê me fez andar isso tudo com você? O quê que é hein? Perdeu a noção das coisas?

Alec me olhava como se eu tivesse acabado de matar alguém, o que era um absurdo, porque eu só quase...fui atropelada. -- Acho que temos uma carona. Foi tudo que consegui dizer entre os dentes.

Tudo aconteceu rápido demais para os meus olhos capitarem, eu lembro do Alec ter gritado “JANEEEE, NÃAAO!” em seguida mãos pegaram os meus dois braços e fizeram o mesmo com o meu irmão. Nos colocaram amarrados dentro do porta-malas do carro, porém não consegui ver seus rostos. “É tudo culpa sua” Alec gritava no canto do maldito espaço escuro, preferi não citar que ele foi o primeiro a me avisar sobre o carro.

-- Se eles nos matar, saiba que eu queria fazer isso primeiro com você.

Alec cuspiu as palavras parecendo quase desesperado, mas se acalmou em segundos.

-- Ok, eu digo o mesmo. Eu disse em lagrimas de alguma coisa (talvez de raiva, espero)

-- Jane?

Permaneci calada, mas suspirei.

--Você tem medo da morte?

-- Não. Falei com um pé atrás, porém não deixou de ser verdade, eu tenho medo da vida, porque se não estivesse viva, nunca teria medo da morte. – E você?

-- Também não!

Ele falou de uma forma tão firme que queria luz naquele momento para olhar em seus olhos, se bem que os olhos mentem, o que é verdadeiro é invisível.

Eu não queria mais falar sobre nada, eu queria apenas esperar o desconhecido, pensei várias maneiras de dizer minhas ultimas palavras antes de ser morta, e a que eu preferi por fim foi: Que se dane.

Três batidas no carro e um enorme clarão nos atingiu quando fomos puxados para fora...

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⏰ Última atualização: Jan 17, 2015 ⏰

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The Life of JaneOnde histórias criam vida. Descubra agora