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- Vai me ver no jogo? - Sammy disse me abraçando por trás.

- Não sei - coloquei a minha mão por cima da sua - preciso ver na minha agenda, eu sou uma pessoa muito ocupada sabe - ele deu risada.

- Uma verdadeira vadia, Gilinsky despachou ela e foi correndo pro Samuel - Madison disse quando passou pelo nosso lado - Quem vai ser o próximo? Nate?

- O nome disso é solteira e não tem como o Gilinsky despachar ela se eles nunca tiveram nada, e se depender de mim nunca vai ter - ele falou baixo essa última parte  - não liga pra ela princesa Cindy - beijou minha bochecha.

- Ta tudo bem - me separei do abraço e fomos de mãos dadas até chegarmos na sala.

{•••}

- Querida! - tia Molly disse me abraçando - nunca mais foi lá em casa, não me diga que brigou com o Jack de novo? - falou preocupada.

- Ta tudo bem tia, como a senhora ta?

- Eu to bem - respirou fundo - talvez... talvez o Michael ganhe a guarda dele, já é a terceira audiência nesse mês e cada vez mais isso tudo vai se complicando - olhou pra baixo - não deixei o Jack ir na de hoje, acredita que o Michael teve coragem de falar que eu deixava o Jack na casa da vizinha por que eu não queria cuidar dele?

- Meu Deus - eu abracei ela - vai tudo ficar bem Molly.

- Eu vou ficar sem ver meu filho até ele fazer dezoito anos - sua voz começou a falhar.

- Cindy já pegou o brócolis? - minha mãe chegou empurrando o carrinho do mercado - querida vai pagando as coisas e me espere dentro do carro.

Eu fiz o que ela mandou e quando estava chegando no estacionamento vi Nate, Jack e Sammy saírem do carro.

Tentei me esconder mas o Sammy me viu e me chamou.

Droga.

Vou fingir que não escutei.

- Hey - disse do meu lado e eu sorri amarelo - não te vi depois do intervalo - me deu um selinho.

- Eu sai cedo - destravei o carro e fui abrir o porta-malas - e depois minha mãe disse que era pra eu encontrar com ela aqui.

- Finalmente vou conhecer a sogra - disse sorrindo enquanto me ajudava a colocar as coisas dentro do carro.

- O que? - disse me engasgando com a saliva.

- Eu tava brincando, pena que você não torna meu sonho realidade - sorriu e se sentou.

- Você é sonhador né - dei uma risada sem graça e ele me puxou pela cintura me fazendo sentar no seu colo.

- Não custava tentar - beijou meu pescoço e passou os braços pela minha cintura.

- Que horas é o seu jogo? - olhei para trás e vi o Gilinsky saindo do mercado e logo acendeu um cigarro.

- As dezoito e depois vai ter uma festa na minha casa.

Entramos em uma conversa super aleatória de como os peixes na verdade voam mas eles foram amaldiçoados, perderam as asas e a água se tornou sua prisão. Ele me convenceu que isso poderia ser mais de uma teoria, ele parece meio chapado.

- E quem seria você? - minha mãe chegou junto com Molly e Gilinsky.

Ele deu um aperto na minha cintura como sinal que era pra eu sair de cima dele.

- Sammy Wilk - disse sorrindo e estendeu a mão para minha mãe que apertou desconfiada - sou amigo da sua filha e do Jack, olá senhora Gilinsky.

- Por favor só Molly, Sammy - Jack revirou os olhos.

- Certo vamos indo e você - apontou pro Samuel - quero conversar com você mocinho - entrou no carro.

- Mãe! - disse quando entrei no banco de trás junto com Gilinsky - não vai conversar com ele.

- Vocês namoram?

- Não - disse rápido.

- E tava fazendo o que no colo dele? Ele tava tirando piolhos do seu cabelo? - olhou pra mim pelo retrovisor.

- Não queria estragar seu conto de fadas mas isso tudo é uma aposta - disse me olhando.

- Cala boca Gilinsky, eu e ele somos só amigos.

- Depois não venha chorar pra cima de mim.

- De você eu quero distância.

- Eu pensei que já tava tudo bem entre vocês -  minha mãe disse e a Molly concordou.

- Ela estragou tudo.

- Eu estraguei?

- Você beijou o meu melhor amigo.

E assim começamos a falar/gritar um com outro durante um bom tempo.

- SERÁ QUE TEM COMO OS DOIS CALAREM A BOCA POR UM SEGUNDO? - minha mãe gritou e eu cruzei os braços e olhei pra janela.

- Isso tudo é culpa sua  - murmurei e logo começamos o nosso falatório de novo até a minha mãe da uma freada brusca fazendo eu e o Gilinsky bater os nossos rostos nos bancos da frente.

- Agora vocês calam a boca? - minha mãe falou olhando pra gente.

Ela fez isso de propósito? Assassina!

- Eles parecem duas crianças de novo.

- Ai amiga, lembra de quando eles brigaram por causa da casa na árvore.

- E tem como esquecer? Cindy quase jogou ele de lá de cima.

- E jogou, lembra que ele ficou com a perna enfaixada por uma semana?

Sorry  • Jack GilinskyOnde histórias criam vida. Descubra agora