Capítulo 2

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       Pov's Roger

       Quando cheguei em casa, fiquei pensando o que ocorreu na Globo. Ver a Ju ainda me remete lembranças, boas ou não, mas todas ficaram no passado e nunca mais voltarão acontecer.
     
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      — Amor, por que meus olhos estão vendados? — Ela perguntou com um sorriso lindo nos lábios, era nítido a sua animação. Seus suspiros estavam frenéticos. Ela estava ansiosa.

     Estávamos em frente a Torre Eiffel. Era a primeira vez dela na França, ela estava radiante e só falava da viagem o tempo todo. Mas, a surpresa era outra, eu a pediria em casamento neste exato momento.

      — Só mais um pouquinho. – Tirei as
vendas dos olhos dela. Ela ficou emocionada diante da mesa linda, cheia de comidas e flores que estavam em sua frente. — Pronto, amor. – Abri um sorriso imenso e genuíno. Eu a amo tanto que chega a doer.

     — Eu não tenho palavras, meu amor. – Ela começou a gaguejar. Era muita emoção para uma semana só. – Nem sei por onde começar. Você é um namorado incrível. É romântico, sedutor, amigo, companheiro, inteligente e mais mil adjetivos que não chegam perto do ser humano incrível que você é. Sabe me pôr na parede e me fazer toda sua. – Deu uma risadinha sem graça. – Eu te amo tanto, mais tanto, que não imagino um dia sem você. – Ela terminou o discurso com os olhos marejados, o rosto vermelho e um sorriso mais imenso e intenso que quando chegamos.

    — E, é por isso que vou te fazer uma pergunta, melhor dizendo, vou te fazer um pedido... – Agachei e peguei a caixinha de veludo de dentro do meu bolso. Seus olhos acompanharam todo o percurso. Ela sabia o que eu iria fazer e começou a chorar. – Senhorita Silveira, ou como preferir, futura Senhora Gobeth. Você quer casar comigo? – Perguntei olhando no fundo dos seus olhos verdes e esperando uma resposta.

   — Você ainda pergunta? É claro que eu quero. É o que eu mais quero, minha vida – Ela pulou em cima de mim agarrando o meu pescoço – Eu te amo tanto. Você foi a melhor coisa que me aconteceu. Espero que fiquemos para sempre juntos e com os nossos filhos.

     Começamos a nos beijar. Foi um beijo cheio de desejo e volúpia. A língua dela dançava em sintonia com a minha, era incrível a nossa química e a nossa conexão, era um sentimento único. As coisas começaram a esquentar quando a minha ereção estava começando a dar muito volume. Ela percebeu e mandou nós pararmos.

     Tiramos várias fotos daquele momento tão especial em nossas vidas. Precisava ser registrado, aquilo era somente o início de várias surpresas que eu ainda iria fazer para ela. Ela registrava tudo no blog dela e seus fãs ficavam tão doidos quanto nós mesmos.

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     Merda, merda e merda. Deveria parar de pensar tanto em coisas que jamais poderão voltar. Eu sou casado e tenho uma vida estável e estruturada, essas lembranças são uma ameaça. É fato que eu ainda amo a Ju, mas ninguém poderia saber.

     Sim, eu amo a Samanta e ela é muito especial para mim. Porém, ela nunca ocupará o lugar que a Ju ocupa na minha vida, nem ela e muito menos nenhuma outra mulher mudaria isso.

     Foi se passando tantos anos que fui esquecendo. Mas, agora que vou voltar a conviver com a Ju todos os dias, isso volta a ser um alerta imenso para uma possível recaída. Quando fazíamos Balacobaco fizemos poucas cenas juntos, então, não me preocupava muito, diferente de agora.

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