Capítulo 1 - Chapter One

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January,2018

Vulnerável. Essa é uma das palavras que descreve Jeon Jungkook. Desde pequeno se machucou, fisicamente e psicologicamente; agressões contra ele eram todos os dias, principalmente quando estava naquele almoço de domingo.  As ofensas eram, como:

Ômega inútil, não presta pra nada.Você não vale nada

Eu deveria abortado quando tive oportunidade

Nenhum alfa ou beta vai querer um ômega defeituoso como você, jamais poderá prazer ao seu alfa. Ele com certeza vai procurar outro ômega pra fazer isso, já que você será insuficiente.

Mas eram tantas ofensas que Jeon perdeu as contas, ele queria saber o porque dos seus pais o odiar tanto assim. Já pensou em várias vezes em tirar sua vida, mas o seu único amigo sempre o salvou de todas as vezes. Se ele não tivesse aparecido pra salvar Jeon, hoje faria 2 anos da morte do ômega. 

Os pais de Jungkook, Chul e Sunhee, tomaram a "melhor" decisão. Simplesmente venderam Jungkook. 

Não queriam saber se fosse pra um alfa velho, ou pra um predador sexual. Apenas o venderam, e com isso ganharam em torno de 100 000 milhões de Wons. Para eles, seria uma benção ter o filho longe dali; já pra o alfa desconhecido, que eles nem quiseram saber o nome, seria um ótimo parceiro sexual. 

As manhas de domingos nunca foram boas, por sempre estar frio, as temperatura nos 10ºC chegava a nevar¹. Quem saísse agora provavelmente estaria usando aqueles casacos de polo norte, touca, meias e luvas, fora as calças!

Fora isso, tudo era 'normal', mas especificamente hoje não.  

Jungkook, com sempre, acordou primeiro que os pais e foi fazer tudo oque tinha pra fazer. Vestiu um moletom quentinho e pôs mais uma meia; as vezes odiava ser um ômega, principalmente lúpus, por ser tão frágil a qualquer mudança do clima. Chegou a cozinha e viu o mesmo cenário de todos os dias, garrafas de bebidas alcoólicas na mesa e  alguns cigarros apagados, vícios horríveis que os pais têm. 

Deixou tudo ali e foi preparar seu achocolatado, mas sabia que de um jeito ou de outro teria que fazer café pros pais. E por falar neles, sentaram nas cadeiras e ficaram olhando o filho  todo concentrado em fazer o achocolatado enquanto cantarolava. 

Apesar de nunca darem afeto ou amor a Jungkook, Sunhee tinha orgulho dele. Ele nunca deixou de ser quem ele é pra agradar as pessoa e  mesmo recebendo tantas críticas e xingamentos, nunca abaixou a cabeça pra ninguém. Ela tem orgulho do ômega que ele se tornou, coisa que ela nunca foi e nunca será.

Quando o ômega virou, só faltou deixar o copo cair no chão.  

— B-bom  dia. - desejou incerto. Seus pais nunca foram de acordar essa hora, ou eles caíram da cama ou apenas quiseram jogar mais ofensas contra o ômega.

Sun: Bom dia. Se arrume pois teremos visita. 

 Jungkook apenas assentiu e foi pro quarto, agora teria que pensar em várias formas de fingir que tá tudo bem pra tal visita.

( ... ) 

12:00 que uma Genesis GV80 parou em frente a casa dos Jeon's, o que causou vários pontos de interrogações na cabeça, não só do Jungkook, como dos vizinhos alheios.  E dele saiu um alfa, que tem o aroma de café e canela, o deu inicios de vários suspiros de ômegas e betas que estavam em seu jardim ou porta conversando. Logo a porta da casa deles foi aberta e o alfa apenas entrou. 

Chul: Você deve ser o alfa, certo?  

— Sim. - A voz rouca do alfa, que aparentemente tinha entre 20 e 29 anos, causou um certo arrepio em Sunhee e em Chul. 

Sun: Vou chamar ele. 

Em passos rápidos chegou no quarto de Jungkook, este que estava em sua cadeira fazendo um esboço de um rosto alheio. 

Sun: Jungkook, meu filho, venha. A visita chegou. 

O ômega se assustou em ser chamado pela primeira vez de filho, mas logo fez o que a mãe pediu. Ela o caminho até a sala pediu pra ele manter a calma e que não era pra fazer nada.

Sun: Aqui está ele! - diz após chegar na sala. - Esse aqui é o Jungkook. - apontou pro ômega, que apenas abaixou a cabeça. 

—  Ele realmente é bonito, igual nas fotos. - a voz foi o suficiente pro interior do ômega se remexer, talvez animado?  —  Aqui está o dinheiro. - entregou uma maleta pra Chul, que ficou confuso por não ter visto ele segurando.

Quando Chul ia abrir pra conferir o dinheiro, o alfa foi mais rápido em falar:

— Não precisa conferir, o dinheiro está todo certinho ai dentro. 

Chul: Oh, tá bom então. Sunhee, entrega o garoto pra ele.

Sun: Claro, claro. Filho, - virou Jungkook e levantou a cabeça dele. - , mamãe te ama demais. Mas isso é pro seu bem, tá!? Não fique com raiva, você terá uma vida bem melhor do que eu e seu pai possamos dar. Eu sei que nunca falei isso, mas eu te amo muito. Nunca se esqueça disso.- deu um abraço rápido nele e sorriu. 

Claro que ele não entendeu o que ela tinha falado, então apenas assentiu; se ela disse que era pro bem dele, ele acredita. 

Chul e Sunhee acompanharam eles até a porta, então entraram no carro e seguiram pra saída do condomínio.

Chu/Sun: Te amo, Jungkook. - ambos falaram e deixaram algumas lágrimas cair. 



Só que isso jamais será pro bem de Jeon. Se os pais dele acham que com aquele alfa,  ele irá voltar a ser aquele menino sem nenhuma ferida, estão bem enganados. Ele só irá se despedaçar mais ainda, e só restará memorias dele.  

Meu Submisso (TAEKOOK)Onde histórias criam vida. Descubra agora