No caminho até em casa, a gente conversou sobre coisas aleatórias, quer dizer, eu conversei mas que ele.
Às vezes eu sou bem tagarela, e falo mais que a própria boca.
- obrigada.- falo descendo da moto dele.
- sobre o piercing, ficou bonito. Tanto que sua mãe nem te obrigou a tirar.- Yan fala.
- ela ficou com raiva por eu não ter avisado que ia colocar, se eu tivesse falado...- falo mas sou interrompida.
- eu gosto de você, real mesmo tá ligada?- pergunta.
- aham, de mim e de umas 300 outras.- falo.
- se liga aí pô, tu acha que eu perderia meu tempo falando mentira?- pergunta.- Mas de boa, se quiser acreditar, acredite. Se não, vida que segue.- completa e sai com sua moto.
Ok, nunca vi o Yan ficar tão bolado assim, mas não sei se acredito, ele é o típico cara babaca que fala algo num dia, e esquece no outro.
Afasto os meus pensamentos e vou até a porta de casa, abrindo a mesma.
Ligo a TV e deito no sofá.
Nicole narrando
- Nikki, a Bia é adolescente, claro que vai fazer merdas constantes.- Lua fala.
- concordo, na idade eu nem em casa ficava.- Lê fala.
- ok, mas ela dá abertura pro Cabeça é foda. Quantos anos esse cara tem que não sabe se controlar perto de menores? É muita escrotisse.- falo.
- ah, cê sabe que o Cabeça é mais rodado do que roda de caminhão, e ainda é bem gatinho.- Lê fala.
- não era você que gostava do Terror?- pergunto.
- mas ele nem me dá bola, só olha pra mim quando quer transar e olha lá.- fala.
- eu não me rebaixaria a isso não, muito sem noção você Leila.- Lua fala.
- o mínimo de atenção que ele me dá já é um começo.- Lê fala.
- não sei se sinto vergonha ou pena.- falo.
- ah Nicole, você também parece não ter coração, nunca te vi com alguém sério.- Lê fala.
- Nicole é tipo esses caras daqui, pega e não se apega.- Lua fala.
- eu prefiro não me relacionar sério com ninguém, quero minha liberdade e não viver tendo que suportar estresse de homem.- falo.
- ô Fabinho, trás um refri aí.- Lua fala.
- aliás, sua mãe ficou como quando a Virginia disse que estava namorando com o Fábio?- Lê pergunta.
- fez um discurso, e depois deixou.- Lua fala.
- bom, eu tô indo pra casa, vê se aquela garota tá lá.- falo levantando da cadeira.
- fala pro tio Joca que amanhã eu vou lá no bar, ajudar ele.- Lua fala e eu assinto.
Saí da lanchonete e seguir até em casa, chegando em casa, entro na mesma vendo a Bia com a cara no sofá e batendo o pé no mesmo.
- pirou garota?- pergunto.
- tá fazendo birra, isso sim.- meu pai fala aparecendo na porta da cozinha.
- porque?- pergunto.
- pediu pra sair e eu não deixei.- fala.
- ô Beatriz, levanta.- falo dando um tapa na perna dela.
- ai cacete, isso dói.- Bia fala.
- tu me respeita garota.- falo sentando no sofá.
- mãe, por favor cara, só é uma festa e é aqui na praça mesmo.- fala deitando a cabeça nas minhas pernas.
- Bia...- falo mas sou interrompida.
- eu arrumei todo seu quarto, organizei suas roupas e calçados, fiz até seu bolo favorito.- fala.
- só faz as coisas quando quer alguma coisa, Deus me livre.- meu pai fala.
- pera aí, cê fez bolo de brigadeiro?- pergunto.
- é.- fala e eu levanto do sofá.
- a gente vai, e ai de você que faça alguma merda lá.- falo indo pra cozinha.
Vou na cozinha, abro a geladeira e pego o bolo dentro da mesma, coloco em cima da mesa e pego um prato, garfo e faca.
[...]
Termino de tomar meu banho, visto a roupa abaixo, permeio meu cabelo e deixou o mesmo solto.
Coloco um dinheiro e meu celular no bolso e desço.
- te digo nem nada.- Pietro fala enquanto eu desço as escadas.
- que foi?- pergunto.
- olha a roupa da Beatriz.- meu pai fala e eu olho pra ela.
- e daí?- Bia pergunta.
- deixa ela, e vamos logo. Se for esperar ela se trocar, vamos ficar aqui a noite toda.- falo.
Roupa da Bia
***
VOCÊ ESTÁ LENDO
Complexo Da Penha
Tiểu Thuyết Chung[Ficção geral/Crime +14] Num mundo onde o crime comanda, nasce um amor. Diferente de outros, eles sabem até onde podem chegar, até onde o limite vai e mesmo tendo vidas diferentes, vivem e defendem as mesmas coisas. De gênio forte e talvez um pouco...