Terror narrando
A festa aqui na praça tava até legalzinha, sabe como é né? Festa com paredão é boa e tal, mas nada supera meu bailão.
- oi Terror.- Leila fala se aproximando.
- fala o que cê quer logo. Anda filha.- falo.
- porque me trata assim? Sabe que eu anos você.- fala.
- tu ama meu pau.- falo e dou um goke na minha cerveja.
- você sabe que eu sempre te amei, desde...- fala mas interrompo segurando seu cabelo com força.
- abre a boca pra falar alguma coisa, que tu vai ver o teu. Essa boquinha vai ficar calada, mas pro resto da vida.- falo e solto o cabelo dela.
- ninguém nunca vai te amar como eu, eu me submeto a satisfazer seus desejos sem receber um real porque eu te amo, não sou como essas mercenárias daqui.- fala.
- se submete porque quer e porque gosta, não te obrigo.- falo e ela sai frustrada.- ala, a puta frustrada.- completo e Poeira se aproxima gargalhando.
- maldade pôr.- fala rindo.
- meu pau pra ela, eu lá sou de assumir puta.- falo.
- olha lá hein, depois paga com a língua que nem percebe.- fala.
- nada.- falo e vejo a irmã e a sobrinha do Poeira se aproximando da Leila.- sabe que a Leila é mó falsa né?- pergunto pro Poeira.
- tu acha que alguém enxerga alguma porra aqui? Não né.- fala e Beatriz vem até o mesmo.
- Pietro, me empresta teu celular aí.- Beatriz fala.
- é Pietro, Beatriz?- ele pergunta e ela revirando os olhos.
- tio Pietro.- ela fala.
- cuidado hein.- falo apontando sutilmente pra mãe dela.
- tá.- fala e Poeira entrega o celular a ela.
- se tua mãe se aproximar, tu esconder esconder não sobra pra mim.- Poeira fala, ela assente e sai.
- fica passando por cima da ordem da mãe não porra.- falo.
- é a Bia cara, minha menininha ali, nem dá pra negar as coisas a ela.- fala e eu nego com a cabeça.
- ah mas dá sim, dá muito.- falo.
Beatriz narrando
- amém né.- falo vendo a Virginia chegando.
- enche o saco não.- fala.
- que foi agora?- pergunto.
- Fábio com os ciúmes sem nexo dele.- fala.
- mas já? Tem nem tempo pra isso, nem se você desse motivos, mas nem isso tu dá.- falo.
- o negócio é que a gente brigou, e eu não suporto surtinho sem necessidade.- fala.
- relaxa e esquece.- falo.
- eu vou esquecer bebendo nessa porra.- fala e sai indo até o bar.
- SOMOS MENOR DE IDADE, BURRONA.- grito indo atrás dela.
- opa, cuidado Bia.- Guilherme fala.
- enche não, e faz um favor pra mim, pega uma bebida lá que eu vou atrás da Virginia.- falo.
- o que ela tem?- pergunta.
- pergunta pro teu amiguinho.- falo e saio.
Vou até a frente do bar onde a Virginia foi, e segurei ela pelos braços.
- ô maluca, cê tem problema? Usou drogas?- pergunto chacoalhando ela.
- ai Bia, eu tô na merda.- fala.
- meu Deus.- falo revirando os olhos.- vamos lá pra perto do som.- completo.
- e a bebida?- pergunta.
- Guilherme.- falo.
- desde quando Guilherme é...ah tá, me liguei.- fala rindo.
- vambora.- falo.
Fomos até onde tinha umas pessoas aglomeradas, e ficamos dançando até que lembrei do celular do Pietro, mas depois eu iria entregar.
- bebidas para vocês.- Guilherme fala aparecendo com duas garrafas, uma de vodka e outra de catuaba, e copos.
- opa, aí sim.- falo.
- agora um beijinho de agradecimento.- fala.
- tchau Guilherme.- falo.
- já é o terceiro fora, só hoje. É jogador, hoje não tem gol certo.- Vivi fala.
- tô acostumado, ser maltratado por essa coisinha é até um elogio.- Guilherme fala.
- esse aí gosta de ser pisado.- Vivi fala.
- tchau Guilherme.- falo e ele sai dando um piscadinha.
- bora beber.- Vivi fala bebendo todo o conteúdo do copo de uma só vez.
[...]
- A MÃE, QUIS PRENDER DE MAIS SUA FILHA, QUE VIROU UM CONTROLE SEM PILHA, PRA QUE FOI MALTRATAR A MENINA E HOJE DE MAIOR O KEVIN CRIA.- cantarolei.
- VAI REBOLAR PRO PAI, VAI NOVINHA VAI, DESCENDO, DESCENDO.- Vivi canta.
Acho que já era madrugada, e nem sinal da minha mãe no meu pé, o que é até um milagre de Deus.
Entretanto, eu e a Virginia estamos bêbadas, só um pouquinho. O Fábio até veio falar com a Virginia, mas ela nem deu bola pra ele é agora ele tá lá com cara de tacho.
Bem feito, fica com ciuminho bobo sem motivo.
***
VOCÊ ESTÁ LENDO
Complexo Da Penha
General Fiction[Ficção geral/Crime +14] Num mundo onde o crime comanda, nasce um amor. Diferente de outros, eles sabem até onde podem chegar, até onde o limite vai e mesmo tendo vidas diferentes, vivem e defendem as mesmas coisas. De gênio forte e talvez um pouco...