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Beatriz narrando

Eu e a Virginia subimos pro meu quarto, e ficamos conversando sobre coisas aleatórias.

- pelo menos ela não surtou .- Vivi fala.

- ela pegou meu celular, Virginia. Tudo bem que eu sou desligada de ter esquecido, mas é o meu celular.- falo.

- será que ela vai te deixar sair hoje?- pergunta.

- duvido nada.- falo girando na cadeira da escrivaninha.

- bom, eu vou la pra casa antes que a minha mãe surte também.- fala.

- pelo menos cê tem a Luana pra te acobertar.- falo.

- é, e depois me faz de escrava.- fala e eu dou risada.- tchau gata, até mais tarde.- fala levantando da minha cama.

- até.- falo e ela sai.

Levanto da cadeira e vou até o banheiro, tomo meu banho, visto a roupa abaixo e prendo meu cabelo em um coque frouxo.

Levanto da cadeira e vou até o banheiro, tomo meu banho, visto a roupa abaixo e prendo meu cabelo em um coque frouxo

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Calço uma melissa branca e desço pra sala.

- ô pirralha.- tio Pietro fala quando eu estava abrindo a porta de casa.

- fala Pietro.- falo.

- tua mãe falou pra você almoçar, só tô dando o recado.- fala.

- eu almocei no Mac com a Virginia.- falo.

- eu não vou falar de novo.- fala e eu reviro os olhos.

- tá.- falo e saio.

Odeio que peguem no meu pé, meu tio é o mais de boa, mas minha mãe e meu avô,  só Deus na causa.

Desço até o bar do meu vô, entro e vou até o balcão.

- o que tu quer?- meu avô pergunta.

- eu? Nada.- falo.

- aham, e eu nasci ontem. Vai, fala logo.- fala.

- pede pra minha mãe devolver meu celular.- falo.

- te vira parceira.- fala.

- por favor vôzinho, homem mais lindo do mundo.- falo.

- nem vem Bia, e não me chama de avô não, eu sou muito jovem pra isso.- fala e sai.

- chato.- falo e ele me manda o dedo do meio.

- eai Biazinha.- Cabeça fala colocando o braço em volta do meu pescoço.

- Biazinha é muita intimidade, e eu não lembro de ter te dado.- falo tirando o braço dele do meu pescoço.

- ala, tá bravinha?- pergunta.

- dá pra dar licença Yan?- pergunto.

- toda.- fala se afastando.

Se arrependimento matasse, eu estava morta nesse exato momento.

Porque a bonita aqui, teve a belíssima ideia de ficar com o Yan, o que durou uma semana e irritou bastante minha mãe.

Agora o tal acha que tem abertura pra ficar de gracinha pro meu lado.

Vontade de me enterrar, só digo isso.

- ô don juan, perímetro seguro pra você é de no mínimo 2 metros. Afasta.- minha mãe fala brotando de Nárnia.

- fé aí, gata.- Cabeça fala dando um beijo em meu pescoço.

3...2...1...

- GATA UM PAU NO SEU CU, FILHO DA PUTA.- minha mãe grita e eu abaixo minha cabeça.

- mãe.- falo e ela me olha com desdém.

- o que é Beatriz?- pergunta.

- posso...- falo mas sou interrompida.

- não.- fala.

- mas mãe...- falo mas sou novamente interrompida.

- eu disse não, e não é não.- fala.

- tá assim por eu não ter avisado pra onde ia depois do colégio?- pergunto.

- eu tô assim por causa do que você andou fazendo todo essa mês, que ainda está no meio.- fala.

- eu já pediu desculpas.- falo.

- e eu já desculpei, mas você precisa de limites.- fala.

- se eu conhecesse e morasse com meu pai, nada disso aconteceria.- falo quase num sussurro.

- nunca mais fale isso, nunca mais Beatriz.- fala quase gritando.

- porquê tá gritando maluca?- meu avô pergunta.

- vai pra casa Beatriz.- minha mãe fala sem nem olhar na minha cara.

- eu já estava de saída.- falo levantando da cadeira e saio do bar.

Eu não entendo o porquê de tanto estresse, eu acho que tenho o direito de conhecer meu pai, aliás ele é meu pai.

- ô pirralha, sabe onde o Poeira tá?- Ysabelle pergunta segurando meu braço.

- eu vou te explicar o local.- falo soltando meu braço da mão dela.- você vira a esquerda, chegando na esquina, você pega o beco que dá na casa do caralho.- completo e ela segura meus dois braços apertando os mesmos.

- olha aqui sua pirralha...- Ysabelle fala mas é interrompida pelo Terror.

- solta a garota, caralho.- Terror fala assustando a mesma.

- a gente só estava conversando.- Ysabelle fala me soltando.

- cê tava conversando sozinha, né amor?- pergunto debochada.

- rala Ysabelle.- Terror fala e ela sai furiosa.

- obrigada.- falo.

- cuidado com aquela mercenária, vale nada.- fala e sai.

Dou de ombros e saio indo em direção a minha casa, que fica um pouco distante do bar, que fica na praça.

- ai garoto.- falo assim que sou puxada por alguém.

- saudades morena.- Yan fala colocando uma mecha do meu cabelo pra trás da minha orelha.

- cara, não é hora pra isso. Agora me dá licença, e vai procurar alguém pra ocupar seu tempo.- falo.

- te levou na tua casa pô, sem crise.- fala.

- o que aconteceu entre eu e você , foi uma tolice minha, eu só tava querendo chamar atenção, entende? Nós nunca vai existir, até porque olha a diferença de idade, isso é muito errado.- falo.

Na hora de ir lá e fazer o que quis, não pensou assim, mas ok né.

- de boa pô, só queria te dá uma carona. Mas se não quer, relaxa.- fala.

- tá bom, eu aceito. Mas se cê vier de gracinha, você perde o que tem entre as pernas.- falo.

***

Complexo Da PenhaOnde histórias criam vida. Descubra agora