Capítulo 5

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MARINETTE

Meu vizinho pode até ser um homem de poucas palavras, mas não deixa de ser tão fofo. Mesmo tímido, ele tem um lado descontraído, só tem que se soltar mais. Ele é um homem tão atraente, não sabe o que está perdendo.

Mas eu não me importo, ainda sim o guardaria em um potinho.

Passo pela sala vendo minha avó assistindo novela e subo as escadas, entro no quarto e retirando os chinelos me jogo na cama, retirando alguns fios de meu cabelo do rosto me sento na cama olhando a escrivaninha e me lembro que amanhã volto a trabalhar normalmente e tenho coisas para fazer.

Puxo a cadeira e me sento nela pegando minha pasta onde tem algumas folhinhas dos meus alunos para corrigir, mas isso não é nada trabalhoso.

Enquanto termino de corrigir, penso no que vai ser minha aula amanhã com eles, já que eu não lembro se fiz alguma anotação e também como estou desejando para que chegue sexta feira. Algumas sextas são o dia de diversão deles.

Conhecido como: Dia de brincar e endoidar a professora.

Enfim, tudo pronto, então guardo tudo no devido lugar novamente. Respiro fundo passando a mão no rosto e encaro meu telefone. Acho que ainda vou continuar acordando atrasada, mas.. Tenho alguém que seria melhor que qualquer despertador que eu poderia ter.

—  Vó! Vó! —  chamo por ela bem alto.

— Fala, menina! Precisava gritar?

Ela entra no quarto com as mãos na cintura tendo um pano de prato no ombro esquerdo e eu seguro a risada.

— Preciso da senhora para me acordar nesses dias que vai ficar por aqui. Bom, nos meus dias de trabalho. — soltou uma risada baixa, me levantando da cadeira.

— Tudo bem — Ela da de ombros, ficando pensativa. — Vou te acordar às 5h30.

Só pode está de brincadeira comigo, velha!

—  Não, vó! Até 6:15, pelo menos. — Fechei a porta do guarda-roupa a encarando.

— É isso ou nada. — revirei os olhos e voltei a procurar uma roupa.

— A senhora está doida ou surda? — sinto ela me bater com o pano de prato.

— Só vai dormir, ok? Não esqueça de jantar. — olho para trás resmungando e a vejo saindo do quarto, fechando a porta em seguida.

Talvez minha avó esteja brincando, né? Pego meu pijama e vou para meu banheiro.

     ꕥ

Sinto alguém me balançando lentamente enquanto vou despertando e esse alguém só pode ser minha avó.

— Que.. Que horas são?

Perguntei sonolenta, querendo me afundar nessa cama e nunca mais levantar. Bom, pelo menos não até às 10:00.

— Cinco e quarenta.

Ela só pode está brincando, meu Deus!

— É brincadeira, né ? — me sento na cama rapidamente procurando pelo meu telefone e quando acho vejo a hora.

— Vai logo se arrumar!

— Mentirosa são 6h10! — bufei irritada, jogando meu telefone para o outro lado.

— Se tem telefone por que não usa o despertador dele? — Ela revirou os olhos. Provavelmente me achando a mais besta possível.

— Porque eu não acordo com ele.

Meu Vizinho Esquisito  - em revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora