Capítulo 1

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NOAH

Levantei às dez e meia para aproveitar o meu dia de folga – que eu quis – e por ter dormido tão bem na noite passada. E hoje, pretendo ir ao mercado e dar uma voltinha com a minha princesinha ruiva. Porém antes de sair do quarto, vejo a mulher que não faz que me conquistou e ela ainda dorme como imaginei. 

Eu até pareço um maluco ou psicopata, mas quando você gosta de alguém, fica doido da cabeça.

E eu me sinto um doido assumindo isso.

Não é a primeira vez que eu sinto algo parecido, pois quando eu tinha sete anos tive a mesma reação, a mesma sensação. A menina só esbarrou em mim e eu achei que já estávamos namorando porque eu não saia de seu pé.

Só que meu medo por algumas mulheres assim que entrei na adolescência é tão grande que eu fujo delas.

  ͏ꔛ

Após meu banho, dou uma última olhadinha na janela entre as cortinas e vejo minha vizinha visualmente estressada enquanto preocupava por algo. Soltei um pequeno riso e saio da janela andando em direção as escadas e logo em seguida a porta de casa.

Para minha sorte - ou azar, por ter que conviver com Adam - Maya não mora tão longe assim de minha casa. Então pensei em levar a sério o passeio e ir andando até a residência deles.

Antes que eu pudesse bater na enorme porta a minha frente, eu me assusto com a pequena cabeleira ruiva pela forma agressiva que á abriu.

— Tio Noah! — a ruiva gritou, dando um rápido pulinho me fazendo rir.

— Ruivinha linda! — puxo a mais nova para um rápido abraço apertado e, quando eu a solto, aperto as bochechas rosadas dela a fazendo rir alto — Que tal irmos no supermercado e depois onde você quiser, hein?

Os pequenos olhos esverdeados que, até então eram pequenos, ficaram maiores e mais brilhantes quando a frase "onde você quiser" saiu de minha boca.

As vezes eu não penso muito o falo para uma garota de dez anos.

—  Onde eu quiser?! Eu quero ir para França! — acho que isso não foi uma boa ideia mesmo. Respiro fundo e encaro ela novamente.

— Olha.. A França não está no meu orçamento. Mas, que tal mais para frente? —  ela franziu a testa e me encarou.

E eu tenho que admitir que senti medo.

— Ok.. Pode ser no meu aniversário. — suspiro aliviado.

—  Cadê o besta do seu pai? — Perguntei assim que me lembrei dele, dando uns passos para frente olhando dentro da casa.

— Quem é o besta? — diz Adam chegando com uma pequena bolsa rosa na mão.

— Existe outro além de você?

— Essa doeu.. — revirei os olhos com o drama dele.

— Deixa de palhaçada, Adam!  Agora tchau. Tenho que sair com uma princesa hoje.

Maya tampou a boca segurando o riso, porém logo em seguida pegou a bolsa que estava na mão de seu pai, Adam se agachou na altura dela e a mesma beijou na bochecha do pai.

—  Opa! E quem é a sortuda? — Pergunta animado até demais, se levantando novamente cruzando os braços.

Pego na mão da Maya saindo de perto da casa deles antes de responder.

—  Sua filha! - digo e vejo seu olhar mortal, antes de andar mais rápido com Maya rindo o trajeto todo.

   ͏ꔛ

Meu Vizinho Esquisito  - em revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora