3 | τнιиκιиg ουτ ℓου∂

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Sɪɴᴀ Mᴀʀɪᴀ Dᴇɪɴᴇʀᴛ
3/6 dias

Estava lendo um livro, quando recebo uma ligação de Noah.

— Alô?

— Oi. Então, o que você acha de um jantar a luz de velas, no terraço?

— Assim, do nada? — pergunto, e rimos.

— Eu estou com uma idéia aqui. Você vai gostar, eu tenho certeza!

— E o que seria? — indago, sabendo a resposta que iria receber.

— Surpresa, baby.

— Não pode dar nem uma dica? — questiono, fazendo bico.

— Lembrança. Só posso dizer isso. Se eu falar mais alguma coisa, estraga a surpresa.

— Tudo bem então. Vai ser algo formal?

Ãnh... Mais ou menos.

— Acho que compreendi — ri de leve — tenho que voltar a estudar. Beijos e te amo!

— Tudo bem então. Beijos e amo mais.

Encerramos a chamada de voz.

Logo, recebo uma mensagem de Heyoon.

Contou pra ele?

Não tenho coragem
Não quero que ele sofra mais
do que já está sofrendo agora

Uma hora ou outra ele vai ter que saber

Eu sei
Acho que vou contar pra ele
De uma forma menos
...
Dolorosa

Quando ele vai saber?

No dia da minha partida

Você deve estar completamente confusa(o), mas descobrirá mais para frente também.

Para o jantar, havia colocado um vestido curto e rodado na cor bordô, e um salto alto preto simples.
Fiz uma trança no cabelo e de maquiagem, apenas um batom da cor do vestido.

Noah me vendou, para não ver a surpresa.

— Eu estou de salto alto! Se eu cair, a culpa vai ser sua — digo, agarrando minha mão no corrimão, enquanto Noah me guia.

— Eu sei que está de salto alto, e está linda, e você não vai cair, Sininho. Se cair, do chão você não passa — ele fala, segurando na minha outra mão e me ajudando a subir as escadas.

Depois de tanto subirmos degraus — e quase caindo em alguns — nós chegamos até o terraço.

— Pode tirar a venda — ele profere. Retiro a minha venda dos olhos, e dou de cara com uma mesa e duas cadeiras. O pano da mesa era preto, e encima dela, haviam duas velas iluminando-a, duas taças, dois pratos e quatro talheres. O terraço estava decorado com luzes.

Urrea puxou a cadeira para eu me sentar, enquanto colocava minha bolsa pendurada sobre a minha cadeira.

— A janta é... Massa com carne moída e queijo! Eu que fiz, sei que é a sua comida favorita — ele abre a tampa de cima da mesa, revelando uma boa quantidade de tal comida.

Me servi, e logo em seguida Noah se serviu também.

Ele abriu a garrafa com vinho tinto suave, e serviu na minha taça, e na sua também.

— A comida está uma delícia! — digo, antes de beber um gole do vinho que estava na minha taça.

— Então se prepare para a sobremesa — ele diz, se levantando. Quando volta, estava com um prato e uma tampa por cima. Ele abre, revelando um Petit Gateau em um prato decorado, com uma bola de sorvete de creme acompanhando. Minha sobremesa favorita.

Comemos, conversamos e nos divertimos.

— Ainda não acabou — ele sorri, e eu o olho.

Ele dá play no rádio que estava alí. A música que tocara é Thinking Out Loud.

Jacob se levanta, e estende sua mão para mim, que a pego, me levantando também.

Noah coloca sua mão direita na minha cintura, e entrelaça a outra na minha mão esquerda, afastada de nossos corpos.

Começamos a dançar no ritmo da música. Uma valsa misturada com tango começou a surgir.

— Obrigada — digo.

— Por quê? — ele indaga, confuso.

Eu tinha várias coisas para agradecer a ele, mas, naquele dia, era por algo em específico.

— Por fazer os meus últimos dias de vida, os melhores — falo, sorrindo.

— Obrigado por me fazer o cara mais feliz do mundo, só por simplesmente estar ao meu lado, sempre — ele agradece também, e beija minha mão, que estava entrelaçada com a minha.

[...]

𝐒𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐖𝐎𝐍'𝐓 𝐋𝐄𝐓 𝐆𝐎 • ɴᴏᴀʀᴛ sʜᴏʀᴛ ғɪᴄOnde histórias criam vida. Descubra agora