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5/6 dias

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5/6 dias

Era um dia chuvoso.
Eu amava dias chuvosos no inverno, mais do que dias ensolarados no verão.
Chuva me trazia paz, calma... Tudo que dias nublados não traziam.

O plano de Noah para aquele dia, era passar o dia inteiro em casa, assistindo filmes e comendo besteiras.
Perfeito para o clima frio e chuvoso daquele dia.
Se não fosse pelo detalhe de que era o meu penúltimo dia aqui, e no dia seguinte...

Noah não sabia disso, e iria descobrir no dia seguinte.

— Quer assistir o que? — ele pergunta, indo até o sofá com uma bacia de pipoca de chocolate em uma mão, e refrigerante na outra.

— Qualquer coisa — digo, pegando meu copo de refrigerante.

— Um dorama? — ele pergunta, e assinto.

— Primeira vez amor. Já assistimos a primeira temporada, vamos para a segunda — digo, e ele dá play.

Assistimos o Dorama, rimos, choramos, comemos e tudo mais. A chuva caia lá fora.

Eu sentia que Jacob estava triste, e ainda mais preocupado com o meu estado físico, depois da minha ida ao hospital, e o susto não-proposital que dei nele ontem de madrugada, e confesso que não foi agradável o ver chorando, em um estado emocional quase que inconsolável.

Queria o preparar para a minha partida no dia seguinte, de alguma maneira, sem contar o literal.

— Sabe, eu estava pensando em como vai ser minha vida, quando você partir, daqui a dois dias — ele inicia, e meu estômago embrulha na parte do dois dias — infelizmente, você terá que partir. Eu acho que nunca vou conseguir amar alguém como eu te amo novamente. Você é a pessoa que eu mais amo no mundo, é quem me levantou quando eu caí, é quem sempre me faz rir quando estou para baixo, e faz de tudo para arrancar um sorriso do meu rosto, e só de pensar que não terei mais você aqui em menos de setenta e duas horas, meu coração dói e minha mente não me permite sorrir, de maneira alguma. Sina, de onde você estiver quando partir, quero que se lembre de mim, como alguém que você amou, e como alguém que te amou muito.

Ele não consegue segurar as lágrimas, e acaba desabando.
Eu entendia como ele se sentia.
Entendia que ele iria perder o amor da vida dele, que eu não estaria ao lado dele todos os dias, e que eu deixaria um enorme vazio no coração dele, que nunca poderia ser preenchido.
De qualquer forma, eu queria que depois que a dor amenizasse, ele fosse feliz. Não iria querer que ele ficasse se lamentando a vida inteira, e preso na dor da saudade. Isso não é algo que as pessoas devem fazer quando perdem algum ente querido ou pessoa próxima.

— Noah, escute. Quando eu morrer, eu não desejo que você fique se lamentando pela minha partida, e pense que foi melhor assim, que era algo inevitável. Pense que você estava fazendo de tudo para eu aproveitar meus últimos dias de vida ao seu lado. Por favor, não fique se culpando pela minha ida, eu não quero esse sentimento ruim pra você. Eu sei que vai doer, mas com o tempo, a ferida vai cicatrizar e a dor vai sarar, mas é claro que a saudade vai ficar, mas cultive as boas lembranças que você teve comigo, reveja as Polaroids, escute as nossas músicas favoritas, mas não como uma forma de torturar-se, e sim, como uma forma de cultivo das nossas boas lembranças, tudo bem? Eu só quero que você fique bem, e que não se culpe com tudo isso. Eu te amo muito para deixar isso acontecer, e eu estarei sempre cuidando de você, mesmo de longe — digo, e beijo sua testa. Ele me abraça, e faço carinho em seus cabelos castanhos, enquanto ele chorava silenciosamente. Era bom ele colocar todos aqueles sentimentos ruins para fora, e que não guardasse pra si.

— Eu te amo demais, Sininho. Vou sentir sua falta — ele fala.

— Eu te amo muito mais, acredite. Eu vou sentir sua falta também!

Eu o amo tanto, e amaria para sempre.

[...]

𝐒𝐀𝐘 𝐘𝐎𝐔 𝐖𝐎𝐍'𝐓 𝐋𝐄𝐓 𝐆𝐎 • ɴᴏᴀʀᴛ sʜᴏʀᴛ ғɪᴄOnde histórias criam vida. Descubra agora