Hoje eu me sinto oco.
Tal como uma sala
Vazia, eu não tenho uso.
Os ventos de solidão
Passam por sobre mim
Na calada das noites frias.
O gelo toma conta do ar
E morro aos poucos.
Mas sem reclamar, afinal
De nada mais me vale.
Não importa se vivo ou se morro,
Se bem fico ou se sofro, pois,
Já não tenho os motivos de antes
Os quais me prendiam a este pequeno,
E breve momento de existência.
Os pássaros que mais prezava
Deixei voar em curvas de tormentas.
As poesias que tanto amava,
Hoje aparentam cores nojentas
Mal pigmentadas e sem vigor...
Elas... Já não tem o mesmo fulgor.
Hoje me sinto como oco.
Hoje me sinto como um bloco.
Ontem levei um grande soco,
E hoje sou como um toco.
L.P
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Doces rosas do destino
PoesíaMeu segundo livro poético. O qual queria me focar mais em sonetos mas não foi bem assim. Mesmo com isso, acho que ficou ótimo.