Luxúria em sangue

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Tenho sangue em minhas mãos,
Pois as sinto assim.
Elas se mostram para mim,
Pois, há sangue em minhas mãos.

Este, o qual não é estrangeiro,
Escorre por meus braços
Nos rios feitos ao aço,
Quer meu corpo por inteiro.

A volúpia com que o percorre
Pintando perte de meu dorso,
O uivante da morte ao longe, ouso

Aos montes seu tamanho suspiro
Ofegante, trazendo grande luxúria
Em ter me refém de minha própria fúria.

L.P

Doces rosas do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora