Black Swan; ABO [taekook]

[11] Fenn Barba-Ruiva

No momento em que chegaram no acampamento, Hoseok, Jimin e Yoongi juntaram-se aos demais bucaneiros na organização para o encontro com o Fenn. Eles entregariam dois baus cheios de moedas de prata, na intenção de distrair o ex-pirata, a fim de roubar o fragmento do Imperium que desconfiam estar em seu poder

É certo que a tripulação do Black Swan poderia simplesmente invadir a fortaleza e tomar o pergaminho na base da brutalidade. Eles poderiam pelo menos tentar. Mas não seria uma boa ideia. Havia muito em jogo no caso de atacar abertamente, o homem que gerencia todo o comércio ilegal e que favorece centenas de piratas. Barba-Ruiva tinha a força de seus alfas o protegendo, e outras tripulações que lhe serviam. Por medo, não por lealdade.

E querendo ou não, Barba-Ruiva fez deste lugar ser o que é hoje.

Taehyung seguiu sozinho até a tenda que estava dividindo com o Capitão. Jeon se preparava em particular, verificando se as suas duas pistolas possuíam pólvora e chumbo o suficiente. Além de uma faca e o punhal que Taehyung havia encontrado no navio.

– Encontrou o que estava procurando? – Jungkook perguntou, terminando de abotoar sua camisa.

– Sim. – Taehyung colocou à cestinha em cima da mesa à vista do alfa e sentou-se cama, sentindo-se ansioso.

– Flores? – Jeon olhou para o ômega que balançou a cabeça positivamente, à respeito da sua pergunta. Ele notou seu comportamento estranho, mas não comentou. – Deixarei Yuri, Jongsuk, Dakho e Bill de guarda.

Taehyung suspirou irritado.

– Eu vi oficiais da Marinha Real no centro da cidade. – Afirmou com a cabeça erguida. Se o alfa ainda não confiava nele, então Taehyung o faria ver o quanto estava sendo ridículo.

– E por que voltou? – O alfa estava estranhamente calmo.

– Porque ao contrário do que você pensa, eu tenho palavra. – Taehyung se levantou e ficou próximo ao maior. – Eu te fiz uma promessa. Prometi que não tentaria fugir, e não o fiz. – Ele suspirou decepcionado voltando a sentar na cama. – Talvez devesse ter fugido, assim você ficaria satisfeito por estar certo.

Jungkook possuía seu semblante despreocupado. Ele se aproximou do ômega que mantinha a cabeça baixa, colocou os dedos em seu queixo e ergueu seu rosto.

– São corsários. – Taehyung franziu o cenho. – Eles saqueiam, matam, sequestram, estupram... São como piratas, Taehyung. Mas diferente de nós, eles estão protegidos sob a lei, porque fazem isso à mando de alguém muito maior.

– Está dizendo que eles podem fazer o que querem e não serão julgados?

– Se estiverem à mando de alguém, sim. – Fez uma pausa observando as feições do outro. Taehyung parecia estar realmente por fora de como funcionava as leis de seu próprio mundo. – Como reis e governadores. – Ele curvou as sobrancelhas, com uma expressão irritada pela ofensa dirigida diretamente ao seu pai.

– Por acaso está insinuando que meu pai pode ter participação nisso?

– Não estou insinuando nada. Estou afirmando.

Taehyung se levantou repentinamente, fazendo o outro dar um passo para trás. O choque desenhava sua expressão quando apontou um dedo no rosto do mais alto.

– O meu pai é um homem honrado! Nunca mais repita esse tipo de coisa.

Jungkook ficou pasmo com a reação dele. Nenhum de seus alfas teria coragem de falar com ele desta maneira. Se fosse qualquer outra pessoa ele quebraria seu dedo por tamanha insolência. Novamente, ele sentiu-se confuso e girou dando as costas para ele.