Black Swan; ABO [taekook]

[45] O Sexto Fragmento

Diversas jabuticabeiras carregadas de frutos fizeram a alegria dos ômegas e do beta. Além desta, eles descobriram uma incrível variedade de árvores frutíferas, e seguiram provando de cada uma delas.

– E se algum desses frutos for na verdade um grande perigo?

– Eu acho que se fossem, não deixariam elas tão acessíveis. – Taehyung articulou, e eles continuaram com a exploração.

– Não devemos nos afastar muito da cidade, não conhecemos esse lugar. Podemos nos perder.

– Eu concordo. – afirmou Taehyung. – Não se afaste muito, Mingyu.

– Tá bem. – ele concordou tentando alcançar algumas frutas mais altas. – Minie, me ajuda aqui?

O beta sorriu com a cena fofa e engraçada do ômega na pontinha dos pés, sem conseguir tocar na goiaba.

– Ela tá muito madura, deve tá cheia de bichinhos dentro.

– Eu acho que não. – Mingyu deu pouca importância ao que o mais velho disse. Mas quando ele espremeu a fruta e a partiu em duas, pôde ver várias larvinhas se mexendo. – Eca!

Taehyung por sua vez, havia se distraído com uma colônia de formigas que passava carregando
alimento para dentro do formigueiro. Pelo cantos dos olhos ele viu uma figura oculta passar entre as árvores, ergueu o rosto mas só o que viu foi uma silhueta atrás de ramos baixos. Ele olhou para trás e viu que Jimin e Mingyu mantinham-se ocupados com as goiabas, alheios a quem ou o que os espreitava. A coisa se afastou e Taehyung se levantou indo atrás. Se fosse um perigo para seus amigos, seria ele mesmo a abater esse mal, sem interferir na diversão deles.

Ele mantinha os olhos fixos nos movimentos da figura desconhecida, mas pôde jurar que ela
desapareceu diante dos seus olhos. Taehyung parou, procurando em todos os lados, mas ele havia sumido feito fumaça. Estava curioso a respeito de sua identidade, mas era um alívio de certa forma, vai que ele representasse uma ameaça real... No momento em que girou para voltar aos seus, viu um alfa alto e forte parado diante de si. Ele estava seminu e todo pintado de vermelho e preto.

Taehyung levou a mão as suas armas mas em um piscar de olhos, o homem posicionou a ponta de uma lança no queixo do menor. Ele balançou a cabeça e indicou para que erguesse as mãos.

– Você não é daqui. – o alfa constatou, recolhendo as armas dele e as guardando em uma espécie de bolsa lateral. – Quem é você e de onde veio? – Taehyung hesitou, ele empurrou a ponta da lança contra o queixo dele, fazendo-o inclinar a cabeça para trás. – Responda.

– Meu nome é Taehyung. Sou de muito longe.

– Onde fica sua aldeia?

– Aldeia ? Uhm... Coréia... ? Eu não quero problemas. Só estava colhendo algumas frutas, se me der licença... – ele deu um passo para trás, mas o nativo avançou também um.

– Vou levar você até minha tribo.

– Pra quê?

– Ande. – O alfa ignorou a pergunta e guardou a lança, indicando para que ele seguisse na frente.

Sem escolha, Taehyung apenas seguiu fazendo como indicado.

– Você é um... – ele tentou lembrar do nome que o oficial havia dito quando falou sobre os povos
primitivos daquele lugar. –... um índio ?

O alfa ficou muito irritado. No mesmo instante ele rugiu alto e respondeu:

– Desconsidere esse nome. Sou Tupi, da tribo Una. Somos os aborígines de Pindorama.

– Desculpa, Pindo o quê? Pensei que o nome desse lugar fosse Brasil.

– E é. Pindorama foi o nome que meus ancestrais deram a este lugar. Mas o branco que veio de fora mudou muitas coisas. Agora cale a boca e continue andando.