Black Swan; ABO [taekook]

[60] Despedida

– Eu odeio atrapalhar a comemoração particular – Seokjin disse se aproximando de Jungkook e Taehyung. –, mas precisamos retirar esse ouro daqui. – O alfa lúpus olhou para o irmão e assentiu.

– Levem o ouro para o Black Swan. – ele ordenou a tripulação.

– Não vai dar. – Junbuu disse. Ele já estava acostumado a transitar entre o porão de carga e a cozinha. Conhecia cada centímetro daquele porão. – Mesmo que joguemos as cargas fora. É muito ouro.

– Podemos colocar na coberta em que dormimos! – Christopher supôs, desesperado com a possibilidade de deixar uma única moeda para trás.

– E nós vamos dormir em cima do ouro? – Sven questionou.

– Poxa, que coisa difícil. Dormir em cima de toneladas de moedas de ouro. — Christopher disse sarcástico. – Pobre Sven, como vai conseguir sobreviver a isso... – Sven revirou os olhos.

Billy estava deitado com os braços e pernas esticados, movendo-os na intenção de criar o formato de anjo em cima das moedas.

– O que está fazendo, Billy? – Mingyu questionou.

– Um anjo mas moedas. – Ele se levantou e apontou para o lugar em que estava. – Veja.

Yoongi se aproximou e espiou o formato deixado pelo bucaneiro.

– Tá parecendo um demônio.

– Ah – Christopher afirmou. – Continuou com seu formato Billy.

– Vocês me amam. – Billy resmungou, agarrou um dos baús com Christopher e seguiu os
outros piratas através do túnel.

O Capitão Jeon os guiou pelo caminho, colocando as tochas nas paredes, para que os piratas soubessem por onde seguir, enquanto davam voltas e mais voltas para transportar todo o tesouro.

Mingyu encontrou uma arca pequena e a encheu com algumas moedas de ouros e também jóias com pedras preciosas. O caçador passou pelas moedas, cavando com as mãos e retirando baús do lugar. Ele procurou em cada canto do enorme recinto, mas não encontrou nenhuma mensagem do seu pai, diário de bordo ou coisa parecida.

– Vamos embora. – Mingyu se assustou ao ouvir a voz do alfa tão perto dele.

– Mas e o tesouro?

– Não quero uma única moeda desse maldito tesouro. – Mingyu suspirou entristecido pela frustração do alfa.

– Não encontrou o que estava procurando, né? – o lúpus negou com a cabeça. – Já parou pra pensar que o que você está procurando, está bem diante dos seus olhos?

– O que? – Jackson cruzando os braços.

– O enigma gira em torno de um ômega e um alfa lúpus. Seu pai era um ômega lúpus. Você é um alfa lúpus. Não percebe? – Mingyu indagou achando tudo muito óbvio, mas o caçador permaneceu calado. – Eu acho que ele arquitetou tudo isso pensando em você.

– Não seja ridículo.

– Você que está sendo. Criou uma imagem do seu pai a sua maneira, e acredita ser a verdade universal sobre ele. Agora se recusa a enxergá-lo de outra forma. Seu pai era um gênio.

– Um gênio que abandonou a família pra sair pelo mundo saqueando e juntando um tesouro que nem ao menos utilizou. Uau, que gênio. – Mingyu negou com a cabeça. Ele estava segurando um objeto feito de madeira, que encontrou dentro da pequena arca. O alfa viu e ficou curioso. – O que é isso?

– Um brinquedo. Mas está sem um braço. – Jackson franziu a testa e puxou o objeto das mãos do menor. Ele o examinou por um tempo, parecia chocado. – Era seu?