Um apocalipse se alastrou pelo mundo todo. Os mortos andavam e devoravam os vivos. As pessoas perderam sua humanidade. Você estava sem esperanças, até que seu grupo encontra um garoto sorridente e positivo, chamado Zeyu. Será que o mundo terá chance?
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Fiquei meio curiosa por escutar Zeyu pronunciar aquele nome. Parecia que já conhecia aquele garoto, o que deu para perceber claramente em seu olhar. Olho meio desconfiada para Zeyu, que abriu um sorriso enorme para o garoto, que retribuiu o sorriso. Eles se abraçaram e começaram a chorar, me deixando sem reação.
- Eita, caramba... o que eu perdi? - Emy fala
- Eu também quero saber, Emilly... - Missy fala - Ô (S/N), o Zeyu é teu namorado. Não sabe de nada?
- Eu tô mais perdida que cego em tiroteio, Melissa. Mas, se me lembro bem, Zeyu disse que tinha amigos antes de encontrarmos ele naquela loja de departamento. - Penso um pouquinho e volto minha atenção para os garotos.
- Miga, isso não é possível, é? Alguém que supostamente se perdeu no meio do apocalipse estar vivo? - Lotte fala.
- Charlie, você não estava na missão quando encontramos o Zeyu. Ele era um garotinho de 14 anos que parecia inocente demais, mas ele estava usando um lençol com entranhas de zumbi para se camuflar, tinha uma sacola cheia de armas e quando a (S/N) quase foi atacada por um zumbi no carro, o Zeyu estraçalhou a cabeça do mordedor sem nenhum pingo de dó nem piedade. Encontramos um adolescente sozinho, sem nenhuma possibilidade de sobrevivência, mas que sobreviveu por um bom tempo usando excelentes técnicas de manter-se vivo e bem. Se eles se conhecem, devem ter aprendido no mesmo lugar. - Cameron fala.
- Shh, vocês. Quero prestar atenção na cena. - Falo me referindo a Zeyu e o tal XinLong.
- Como...? Como você está vivo?! E-eu vi quando você... - Zeyu engole seco e dá um abraço no garoto.
- Se acalme, XiaoYu. Eu estou bem. E esse seu olho aí? O que houve. Ah, me conta depois - O garoto sorri e retribui o abraço - Logo depois daquilo tudo, uns cientistas foram até o local. Eles fizeram três testes, com três pessoas diferentes. Sua irmãzinha, eu e o GouGou.
- Fizeram testes com a minha irmã?! Mas ela é só um bebê!!
- Calma, caramba. Deixa eu falar! Então, os testes foram feitos e deram um nome para a sua irmã, também. Ela se chama Xinli, a Caso Alfa.
- Caso Alfa?! - Zeyu, eu, Missy, Emy, Lotte e Cameron falamos juntos.
- DEIXEM EU FALAR! É DIFÍCIL PARAR DE INTERROMPER?! - Ele fala, meio bravo, já.
- Tá, foi mal. Todo mundo fica quieto, agora. - Lotte faz um sinal de zíper na boca.
- Obrigado. Voltando. Os três casos são chamados de Caso Alfa, Caso Beta e Caso Ômega. A Xinli é a Caso Alfa e é 100% imune ao vírus zumbi. Eu sou o Caso Beta e também sou imune, mas de um jeito diferente. Pois, se algum zumbi me morder, ele volta a ser humano. O GouGou é o Caso Ômega, o único caso que ainda não deu em nada. Só sabemos que ele ainda está vivo e estável, mas os testes não se concretizaram ainda.
- Então... Minha irmã está viva? E meus pais?? Estão bem? - Zeyu fala, agoniado
- Não... Não conseguiram fazer nada quanto a eles, pois os dois já tinham sido infectados muito antes. Os outros garotos foram encontrados e estão colhendo amostras do sangue deles para ver se tem alguma anomalia ou algo assim.
- Meu Deus... - Olho para Zeyu e vou até ele, beijando seu rosto. - Zeyu, você está bem com isso? Sabe que pode chorar, eu estou aqui.
Ele me dá uma abraço bem forte em mim e sussurra em meu ouvido. Logo, ele desfaz o abraço, me dá um selinho e sai, indo dar aula de tiro para as crianças como se nada tivesse acontecido. Eu cruzo os braços e encaro o garoto.
- Conhece o Zeyu de anos, então. Ficou sumido esse tempo todo? - Falo olhando para ele de forma ameaçadora
- Eu expliquei sobre os testes, não é? Tinha motivos para eu sumir. Agora, eu preciso falar com o seu líder. - XinLong fala
- Está falando com ela. Eu sou a líder do grupo. - Cruzo os braços novamente.
- Bem que você parece ser bem corajosa e destemida. Como uma líder. Preciso te falar algo.
- Vai, desembucha. Tenho uma ronda noturna pra fazer.
- Fiquei sabendo por Rachel Carmichael que você levou um tiro na perna, anos atrás. Quero saber o que houve.
- Rachel... Mas ela deixou o grupo há três meses para encontrar a irmã mais velha. Não me diga que você a encontrou?
- Responda a minha pergunta primeiro.
- Responda você, a minha primeiro. Vamos logo! Encontraram a Rachel? Ela está bem?
- Sim, encontramos ela no caminho para o nosso Terminus. Agora responda a minha pergunta.
- Foi uma invasão zumbi e tentaram me usar de isca e alimento.
- Dito e feito! Agora preciso que você e Zeyu venham comigo. Eu acho que você vai querer a companhia dele. O que você é dele?
- Namorada. Desde nossos 14 anos.
- Nossa, faz muito tempo... Então você sabe o que aconteceu com o olho dele?
- Foi um acidente. Atirei no olho dele enquanto livrava nosso último lar e ele perdeu o olho.
- Uma namorada controversa, não é? Bem, preciso levar ele para análise, também. Sabendo da ocasião.
Eu e ele conversamos com o Zeyu sobre o assunto e deixamos a Fazenda no comando de Cameron, Emy e Missy. Eles estavam em boas mãos. Muitas pessoas ficaram com medo do que iria acontecer com a gente, mas não tanto quanto nós mesmos estávamos. No dia que partimos, demoramos pouco para chegar no que deveria ser um Centro de Controle de Doenças. Adentramos e eu e Zeyu fomos deixados sozinhos até à noite.
- XiaoYu... Eu tô com medo. Eu tô morrendo de medo. - Abraço seu tronco, tremendo e ameaçando chorar.
- Fique tranquila, Florzinha. Fazia tanto tempo que eu não te via tão vulnerável... Você não precisa esconder que está com medo para ninguém. Pode deixar que eu serei sua proteção, sua escudo ou até mesmo seu cobertor quando tem pesadelos. - Ele me abraça de volta e beija meu rosto. Minha vontade era de ficar ali para sempre.
Ficamos trocando beijinhos e carícias até a madrugada, onde fomos chamados para um exame de sangue. É um medo secreto, mas sim, eu tenho muito pavor de agulhas. Enquanto eu era furada por aquele objeto de tortura, uma garotinha de 2 anos entra lá. Ela era muito parecida com o Zeyu, talvez seja a irmã dele, Xinli. Ele sai de perto de mim e vai até a menininha, que abraça ele e começa a falar palavras que eu não entendia. Parece que era mandarim. Era feliz ver uma família reunida. Depois a garotinha vem até mim e fala:
- Você está infectada pelo vírus e tem só mais doze horas sã, até se transformar em zumbi e usarmos a cura em você.
