Um apocalipse se alastrou pelo mundo todo. Os mortos andavam e devoravam os vivos. As pessoas perderam sua humanidade. Você estava sem esperanças, até que seu grupo encontra um garoto sorridente e positivo, chamado Zeyu. Será que o mundo terá chance?
Gente, a ideia desse capítulo veio da diane765432. Muito obrigada pela ideia, eu amei 😍
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Era para ser só um dia comum... se é que a minha vida poderia ser comum. Eu estava me alongando, para ir em outra missão de campo. Descobri que eu era bastante ágil e com uma ótima pontaria, então ia muito para as missões de campo, o que era ótimo. Passei muito tempo trancada na minha cela, não que eu a tranque quando vou dormir. Há vezes que é melhor prevenir do que remediar, não é mesmo? Mas essa missão era diferente, pois todo o grupo iria. Nossa prisão não era mais um lugar tão Seguro, pois os zumbis começaram a rondar por lá, mas eram hordas, que poderiam derrubar os portões. Todos nós juntamos nossas coisas e colocamos nos carros, para partir no dia seguinte, bem cedo. Nós tínhamos descoberto uma espécie de comunidade, que estava limpa e com lugares suficientes para todos. Eu estava bem feliz com a ideia, então resolvi treinar minha direção com os cavalos, porque eu ia precisar. Selo um dos cavalos, monto e começo a dar voltas, tentando ao máximo não cair, quando eu tomo um susto! O Zeyu apareceu bem na minha frente e ficou parado. Fiz o cavalo parar e desci dele, preocupada e com um pouquinho de raiva, tipo sua mãe, quando você cai no chão. Fiquei olhando incrédula pra ele e coloco as mãos na cintura.
- Ficou louco, criatura?! E se eu não tivesse freado à tempo?! Eu ia te perder! O que te deu na cabeça?- Analiso seu rosto segurando seu rosto, o mexendo de um lado para o outro.
- Eu tava seguro que não ia me machucar, já que era você quem estava no cavalo.- Ele fala com o seu sorriso brilhante.
- Eu podia não ter freado, seu idiota! Você ia morrer pisoteado!- Digo ainda meio brava
- Calma, princesa. Eu tô bem. Fica tranquila- Ele segura minha mão
- Aiai, viu?- Encosto em uma parede perto das grades do muro, onde vários zumbis grunhiam e colocavam as mãos acinzentadas para esse lado. Eu já estava tão acostumada que nem me importava mais com eles ali.
- Vamos sair? Sabe, a gente não têm nada pra fazer aqui, por enquanto.- Ele fala olhando pra cima
- Ficou lelé? Caiu de cabeça na escada? Quem é você e o que fez com Yu Zeyu? Não é a mesma pessoa que me pediu em namoro.- Falo com a sobrancelha arqueada
- Oxi, estou normal. Não posso nem sugerir um passeio com a minha namorada?- Ele fala fazendo uma pose dramática. Era a cara dele.
- Olha, até poderia... se o mundo não tivesse sido dominado por essas coisas- Falo apontando para os zumbis atrás do muro, até pegar uma haste de metal e perfurar na cabeça de uma que já tava me irritando- Cala a boca, você aí- Falo me referindo à zumbi que matei. Zeyu dá risada
- Nem parece que há algum tempo atrás, você tinha medo do barulho dos zumbis- Ele cruza os braços, sorrindo
- Quem lhe disse que eu não tenho medo, ainda? Dormir com esses barulhos todos os dias claramente me dá arrepios- Falo colocando a haste de metal de volta no chão
- Ah, claro- Ele ri- Vamos sair, por favor?
- Só porque você foi educado e pediu por favor- Sorrio e seguro na mão dele
- Ah, obrigado- Ele ri e sai segurando minha mão até uma das casas que estava sempre vazia
Aquela casa era meio que um local de encontro para os casais da comunidade. Era bem grande e alta, cheia de escadas. Fomos até a laje, a fim de conversar e olhar pra nossa comunidade. Zeyu acaricia meu rosto com os dedos e tira o chapéu que eu sempre usava.
- Por que tirou meu chapéu...?- Perguntei confusa.
- Porque eu quero admirar seu cabelo direito- Ele sorri.
Sorrio ao ver seu sorriso contagiante. Ficamos conversando sobre coisas aleatórias, quando percebo que ele evitava muito falar sobre sua vida antes do apocalipse. Claro que ele não queria falar dos amigos e da família que foram perdidos... só de pensar no que ele falou naquele dia, depois de eu ser uma completa babaca, eu fico muito triste. Olho pra ele e ameaço falar alguma coisa.
- Ze...
Sou interrompida por barulhos de tiro e olho pra baixo junto com Zeyu, muito assustada, vendo uma horda enorme de zumbis, passando. Começo a tremer muito, com os olhos arregalados. Eu estava medindo a minha força com a daquela horda e meu cérebro apaga na hora, me impedindo de pensar e ficar em pé, então eu caio sentada no chão, em estado catatônico. Zeyu vai até mim, bastante preocupado
- (S- S/N)... e agora...?
- E-eles são muitos... s-são muitos...
- Eu sei! Pode ficar aqui, se quiser... eu vou ajudar o pessoal do grupo
- Mas... e se eu te perder?! Eu não quero perder mais alguém importante para os zumbis!
- Eu vou tomar todo o cuidado do mundo, fica tranquila!
- Eu não tô gostando dessa ideia...- Penso- Vai de uma vez antes que eu me arrependa!
- Me deseje sorte!- Ele fala, se levantando e indo até a porta da laje, saindo e a trancando novamente.
- Boa sorte, meu amor...- Falo vendo ele sair.
Olho pra baixo novamente, vendo algumas pessoas do grupo sendo devoradas, enquanto outras atiravam e ganhavam tempo. Vejo Zeyu atirando em alguns dos andarilhos, com meu coração na mão. Vejo que ele estava sem balas e encurralado. Ele vacila um passo e quase cai no chão. Eu vejo aquilo completamente desesperada, pego a arma que fica em minha calça e começo a atirar nos zumbis que estavam encurralando-o, matando a maioria. Zeyu tinha deixado uma caixinha com munições comigo, para um caso extremo e estava fazendo bom uso delas, agora. Quando estava pra matar o último, o barulho de batidas e grunhidos me distraiu e eu acabei atirando sem querer. As últimas imagens que eu pude ver antes de fazer algo extremo foram do Zeyu olhando assustado pra mim, com um dos olhos faltando, antes de cair no chão, inconsciente. Entro em pânico total e pulo da laje, me equilibrando nas antenas e varais, até chegar no chão, desabando em lágrimas. Eu tinha matado meu namorado. EU MATEI O MEU ZEYU! EU ERA UMA BURRA! Chego até ele, atirando em todos os zumbis que entravam no meu caminho, o seguro no meu colo e corro até a enfermaria, com os olhos tão marejados que mal conseguia enxergar direito. A Rachel (Enfermeira, lembram? Apareceu no terceiro capítulo) abre a porta morrendo de aflição.
- Ele foi mordido?!- Ela fala desesperada
- Baleado. POR MINHA CULPA!- Falo entre lágrimas
- Eu consigo salvá-lo. Me dê um tempinho!- Ela fala, pegando-o de meus braços.
Fico olhando, aflita por tanto tempo que o ódio se apossa de mim. Charlotte, Emilly, Cameron e Melissa estavam na enfermaria e perceberam minha expressão furiosa. Fazem um sinal um para o outro, cada um pega uma machadinha e uma arma leve, com munições no bolso. Pego uma das machadinhas e saio da enfermaria, seguida por eles. O meu ódio foi maior que meu medo, na hora. Golpeio inúmeros zumbis com a machadinha, assim como a galerinha atrás de mim. Aos poucos, uma parte do que sobrou do grupo se junta conosco. Não sabia quem era, eu tava muito concentrada. Olho para o lago que ficava no centro da comunidade e tenho uma ideia brilhante. Chamo o pessoal para me acompanhar, Pego um galão de gasolina que ficava perto dos carros e jogo lá dentro, junto com um fósforo aceso, fazendo o mesmo pegar fogo, atraindo os zumbis pra lá. Os que não morreram queimados, no lago, receberam tiros e golpes na cabeça. Suspiro por tudo aquilo ter acabado e volto a chorar, lembrando-me do que fiz ao Zeyu, agoniada por não saber se ele estava vivo, ou não.
