A Seleção/Uma nova história

Allison

 Matteu 

Depois de alguns tempo já não pude mentir para mim mesmo eu gostava da companhia de America, na verdade  não sei se gosto dela, não sei mais o que é o sentimento de gostar de alguém, o sentimento de amar depois da morte de minha mãe eu me senti incapaz de amar, gostar ou de "sentir" algo por alguém, todas as garotas que eu tive algum tipo de relação não significaram nada para mim, mas...olhar para America é como ver o garotinho pequeno e fraco chorando porque viu a sua mãe morrer bem na sua frente com o coração partido e sempre que eu percebo que estou me aproximando de alguém eu me afasto, mas não me afastei de America porque ela sente a mesma coisa que eu, porque ela não consegue dormir à noite assim como eu, e porque ela está acabada, não por fora, mas por dentro, porque ela sente como se tivesse um vazio dentro dela, porque ela sente como se estivesse dentro dela mesma gritando e se desesperado, mas ninguém ouve porque todo sorriso que ela dá é falso e porque todos os dias  dela é como se fosse um pesadelo, um inferno  mas nunca acaba, assim como eu...e quem olhasse para aquela pessoa de olhos azuis e cabelo cor de fogo nunca imaginariam que por dentro há  uma garotinha gritando por socorro e foi aí que me dei conta, America...aquele nome era uma vaga lembrança na minha mente  mas então  lembrei, a participante da seleção, uma das finalistas, na qual Maxon se apaixonara, mas depois ele me disse que ela o traiu, então ele escolheu outra pessoa, na verdade eu já sabia que isso ia acontecer, porque o amor é como se fosse uma droga você se vicia e enquanto à usa você tem a sensação de que está bem… Mas quando para de usar você entra em um estado de decadência, e é assim que o amor é, ele vem, mas depois sai como um sonho que chega ao fim e ao sair causa muitos estragos, depois daquele dia comecei a " ajudá-la" na construção de uma nova America, fria e sem coração, a maioria das pessoas acham essas duas coisas ruins, mas não é,  porque ninguém se torna uma pessoa sem coração sem motivos  ou do nada, a pessoa se torna sem coração porque não tem mais coração, não pelo fato dela ser uma pessoa ruim, mas sim pelo fato de que o coração se destruiu e agora só restou pedaços, e isso é só uma forma de defesa pessoal, sim, uma forma de defesa pessoal, me tornei uma pessoa fria, indiferente e sem coração porque essa foi uma forma de proteção. E depois de alguns meses America mudou, mas ainda tinha uma coisa que a prendia, as cartas na qual Maxon escreveu para ela e eu sabia disso, tive que viajar, mas antes disse a ela que quando voltasse queria aquelas cartas no lixo, fiz isso por um  motivo,  não queria que ela fosse como eu era antes, me importava com ela, prefiro que ela jogue os seus sentimentos num baú e os  tranque, que ela esqueça o que  é " sentir" e que ela se desfaça de tudo que a faz " sentir", porque assim ela não sentirá nada, nem dor,  e quando voltei da viajem,   que na verdade era só para reviver a aliança com outros países, após fui ver como estava a economia do meu reino, America  não tinha jogado  aquela carta fora, então a beijei e sussurei no seu ouvido 
a carta ou eu ?

      Eu vi a súplica no seu olhar, mas ignorei, a soltei e estava indo embora, ela me segurou e suplicou novamente... 
Preciso de você 
Então eu falei novamente se desfaça dessas cartas, então chamei uma empregada e mandei que ela trouxesse a carta, ela trouxe e depois dei na mão de America e depois falei  você," querida"não é mais fraca,  ela queimou, percebi que a partir do momento que ela queimou a carta ela se fechou,  sorri ão perceber isso, depois a beijei e foi um beijo sem emoção...agora sim nem eu e nem America sentimos…

Depois disso apareceram mais sulistas e nortistas e descobrimos que havia uma traidora entre nós, a minha amiga, eu a conhecia desde pequeno, mas como falei antes a partir do momento que perdi a  minha mãe e a vi morrer bem na minha frente eu me fechei e me afastei de todo mundo...mas a Allison era diferente, eu tentei me afastar dela, na verdade eu me afastei, mas quanto mais me afastava, mas ela se aproximava, quando eu estava com ela conseguia enganar a dor por um tempo, mas depois a dor voltava, quando estava com ela conseguia dar um sorriso sincero, ela era a única pessoa que eu me permitia ser fraco, mas depois tudo se apagou descobrimos que ela era uma nortista e sulistas assim como minha mãe era e eu não pude falar e nem fazer nada, eu queria mas não podia porque se fizesse tudo que eu estava lutando para que morresse, voltaria a tona e a máscara de proteção que eu lutei tanto para construir se quebraria e isso com certeza não pode acontecer e o pior de tudo não foi nem ver a única pessoa que eu considerava uma amiga morrer bem na minha frente, foi ter concordado com isso, afinal eu sou o " príncipe" e tive que dar um " sorriso deslumbrante"  para Câmera e ordenar para que os guardas executasse a minha amiga como forma de punição e de exemplo, e como eu sou a " lei" tive que assistir tudo isso com sorriso no rosto, sendo que o que eu mais queria fazer naquele momento era gritar até minha garganta ficar rouca e chorar até os meus olhos azuis ficassem vermelhos, e o pior foi ter que ver a família dela,  a única que não me considerava frio e indiferente, que não me julgavam, olharem o meu sorriso com desprezo, mas bem lá no fundo queria que eles soubessem que os pedaços do meu coração que a filha deles mantinha estava destruído,  depois disso além dos gritos da minha mãe que eu já ouvia todas as noites, também tive que incluí os gritos da Alisson e parece que nem a minha máscara de proteção que eu construi, estava aguentando, cada fibra do meu corpo doía e todas as noites era o mesmo pesadelo, minha mãe e Alisom,  elas estavam sendo executadas e era eu que as  estavam executando, e fazia isso sorrindo, mas ão mesmo tempo lágrimas saiam do meu rosto,  já não aguentava mais, cheguei a conclusão que minha proteção não estava mais aguentando, precisava de uma luz, America já não era mais suficiente, até porque a luz dela já não estava mais acesa e eu a ajudei a apagar, precisava de uma lanterna...filhos.
      Depois disso tudo, descobri que America estava grávida de Maxon o que me deu mais raiva, ela cogitava em ficar com ele, tivemos uma conversa, deixei bem claro que ela teria que escolher e caso ela escolhesse o bebê ela me perderia, já sabia que ela escolheria a mim, ela precisava de mim, fui eu quem a ajudei a deixar de ser fraca, ajudei-a  a construir uma proteção para ela, ela abortou, senti que a partir desse momento assim como foi com as cartas uma parte dela se foi, feito... ela estava vazia, ela não era mais fraca, não havia mais nada que a prendesse a Maxon, então depois disso a peguei, a beijei, eu queria filhos, percebi que quando ela se deu conta do que eu queria, se afastou, mas me aproximei dela, a ajudei e ela também tinha que me ajudar, depois senti que ela se rendeu e sorriu para mim…
 
     Depois de alguns meses Eadlyn e Camille tinham nascido, então lembrei das palavras do meu pai sobre não ser fraco e não sentir dor, então olhei para elas e prometi para mim mesmo Eadlyn e  Camille diferente de mim vocês não serão fracas e não sentirão dor,  amor, felicidade, tudo isso é uma farsa, uma mentira e eu irei ensinar isso para vocês.