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                         🍰 Segundo dia

          Acordo num quarto o qual não reconheço olho em volta e percebo que é muito bonito, eu não conseguia lembrar de nada que aconteceu até que lembro de Maxon e também lembro que eu o perdi e novamente aquela dor avassaladora toma conta de mim e começo a chorar depois me olho no espelho e percebo que estava num estado deplorável meus olhos estavam vermelhos, com olheiras e eu estava pálida, vejo um banheiro, decido tomar um banho ao acabar visto uma roupa e desço, olho em volta e percebo que a família toda está lá, mas não  consigo reconhecer a casa, olho num canto da parede e lá tinha um quadro, o mesmo que Maxon me deu e então me dou conta que essa é a casa que Maxon me deu, minha mãe se aproxima de mim e diz: - O que aconteceu? Todos estavam pensando que seria a escolhida e eu também e  além disso dava pra perceber o amor do príncipe por você, e sem que eu perceba começo a chorar, como eu iria falar o motivo pelo qual não fui a  escolhida' mas eu disse. Quando   acabamos a conversa olhei nos olhos dela e vi a decepção, entretanto ela conseguiu esconder muito bem e me perguntou: - Então por que está triste ? conseguiu ser uma das finalistas, ganhou muito coisa. Olhei pra ela incrédula e falei: - Eu não ganhei nada, eu perdi, a única coisa que ganhei foi um coração partido, então ela falou: - Eu não entendo, você  o ama? Eu disse: - Sim , então ela não disse nada, apenas me abraçou  depois eu subo pro meu quarto de novo,  precisava pensar no que eu iria fazer daquele momento em diante, afinal o futuro é desconhecido e assusta, eu não tenho mais planos para o futuro, pelo menos agora o que preciso fazer é encontrar alguma coisa que me deixe viva, algo que comprove a minha existência, pois só o que sinto é um vazio, um vazio de imensa dor e preciso reencontrar aquela America Singer, aquela com a personalidade forte, aquela guerreira, aquela que espalha positividade, aquela que se perdeu...até que vejo as cartas de Maxon, sim, a única prova que aquele amor existiu,  a única prova que Maxon foi real, a única prova de que ele não foi apenas um sonho que chegou ão fim.

Carta de Maxon 

25 de dezembro, 16h30

Querida America,

Faz sete horas que você partiu. Já fui até seu quarto duas vezes para perguntar se tinha gostado dos presentes para depois lembrar que você não está aqui. Me acostumei tanto com você que é estranho não vê-la por perto, passeando pelos corredores. Estive algumas vezes a ponto de telefonar, mas não quero parecer possessivo. Não quero ser uma jaula para você. Lembro o que você disse sobre o palácio em sua primeira noite aqui. Acho que, com o passar do tempo, você começou a se sentir cada vez mais livre, e eu detestaria arruinar essa liberdade. Vou ter que arrumar uma distração até você voltar.

Decidi sentar e escrever, na esperança de que a sensação fosse a mesma de falar com você. Funciona um pouco. Posso imaginá-la sentada aqui, achando graça da minha ideia, talvez balançando a cabeça diante da minha ingenuidade.

Você faz isso às vezes, sabia? Gosto dessa sua expressão. Você é a única que faz isso sem me fazer parecer um caso perdido. Você ri das minhas idiossincrasias, aceita a existência delas e continua a ser minha amiga. E, em apenas sete horas, já comecei a sentir falta disso.

Fico imaginando o que você já terá feito nesse curto espaço de tempo. Aposto que a esta altura você já cruzou o país no avião e chegou em casa, a salvo. Espero que você esteja a salvo. Não consigo imaginar o conforto que a sua presença significa para sua família. A amada filha finalmente voltou!

Fico tentando visualizar a sua casa. Lembro que você me disse que era pequena, que tinha uma casa da árvore e que seu pai e sua irmã trabalhavam na garagem. O resto fica por conta da minha imaginação. Imagino você abraçando sua irmã ou jogando bola com seu irmãozinho. Eu me lembro disso, sabia? Você contou que seu irmão gostava de jogar bola.

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