Kirishima Eijirou
"Onde eu estou?..."
Eu sentia como se o meu corpo estivesse aos poucos afundando em uma imensidão densa e escura, apesar de alguma forma saber que estava em uma lenta queda livre, não me sentia incomodado, era tudo tão quente e pacífico. Silencioso também. E não havia nada perto pelo menos não que eu pudesse sentir, uma sensação tão confortável.
Meus olhos abriram levemente e bem acima de mim pude ver uma luz clara e turva, como o reflexo da lua visto do fundo de um lago. É estranho pensar que seja tão calmo assim, eu podia me sentir ficando mais pesado, quente, confortável. Como se me desse vontade de dormir. É... acho que é bom descansar um pouco...
Ochako Uraraka:
Eu estava completamente sonolenta, Bakugou tinha algum compromisso na casa dos pais e acabara tendo que deixar para visitar o Kirishima outro dia. Embora quisesse ter ele aqui pra pelo menos fazer algum barulho, fico feliz que ele possa ter algum descanso disso também. A verdade é que tem sido cansativo pra todos nós, já faz quase um mês e até então ele não apresentou nenhum sinal de melhora, A nurse-girl não conseguia entender por que o quadro dele estava demorando tanto tempo, quase como se o próprio corpo se recusasse a melhorar...
Levantei-me para abrir a janela e pegar um pouco de ar, o vento estava frio e calmo, já havia me acostumado a essa altura com essa rotina, apesar de exaustiva. Quando dei meia volta para dentro do quarto foi que notei que a máquina que supervisionava os batimentos de Kirishima havia começado a emitir um som irregular, me aproximei e quando percebi do que se tratava fiz o possível para correr até o interfone, na pequena distância que era esse percurso foi o suficiente para que os bips da máquina fossem de irregulares para totalmente velozes e sem ritmo.
- Ajuda! O paciente do quarto 302 está sofrendo uma parada cardíaca ou algo assim! Por favor! Mandem alguém! - Eu ainda não havia absorvido os últimos instantes, estava no automático, sem conseguir realmente absorver algo a minha volta. -
Mal pude escutar o que veio depois da frase "médicos a caminho", desliguei do interfone e rapidamente meu corpo se moveu sozinho para pegar meu celular e procurar ligar para o Bakugou, minhas mãos tremiam enquanto ao fundo o som dos bips e a expressão do rosto de Kirishima em dor me deixavam cada vez mais nervosa.
[Katsuki Bakugou]
- Então Katsuki, como tem sido as aulas? "Meu pai perguntou do seu jeito calmo e atencioso de sempre."
Meus olhos entediados com o apoio da minha mão no rosto percorreram a mesa de jantar. Procurando se interessar por qualquer outra coisa que fosse útil para desviar o assunto em questão, mas sem sucesso. Nada naquela casa era interessante, embora desnecessariamente grande.
- Normal, eu acho. - Desviei meu olhar para meu prato de comida e passei a enrolar o macarrão com o garfo, pensativo. -
- Espero que não esteja arrumando nenhuma encrenca de novo. - A víbora fez seu primeiro comentário ao chegar junto da mesa. -
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O Entardecer Carmesim / Kiribaku
FanfictionKirishima Eijirou e Katsuki Bakugou são dois estudantes da renomada U.A., porém após os incidentes de Kamino e a aposentadoria do herói nº1, ambos se vêem em conflito com suas emoções e sonhos. Eles possuem realmente o necessário para se tornarem he...