15 - Divindade.

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A superstição transforma a divindade em ídolo, e o idólatra é muito mais perigoso, pois é um fanático.
— Johann Herder

1000 ANOS ATRÁS
"Mansão Sanctum"

Josephine acorda, sentindo o cheiro de pão quentinho em suas narinas. Tinha certeza que sua mãe, Louise, havia os feito. Sabia disso pois os pães de sua mãe sempre tinham o mesmo cheiro: o cheiro de casa.

A menina levantou-se de sua cama e calçou seus chinelos, e correu até a cozinha, sem ao menos se importar se seus cabelos estavam arrumados ou sua blusa estava toda amarrotada. Quando chegou na cozinha, viu seu pai, sua mãe e Gabriel, seu namorado, sentados à mesa. Todos olharam para ela e sorriram, e ela retribuiu o gesto.

— Filha! Que bom que acordou. Sente-se conosco — disse Louise, foi o que Josephine fez.

— Pai, como está a construção do "Paraíso"? — Josie perguntou. — Quando poderei ir lá?

— Uma coisa se cada vez, Josie — seu pai diz. — A construção está sendo um sucesso. Hoje vamos fazer o nosso primeiro teste.

— Eu posso ir? Quero dizer, para testar? — Josephine pediu, animada.

— Não, Josie. O Paraíso nunca foi testado antes, e eu não quero arriscar a sua vida.

— Ah, pai! Eu já sou bem grandinha, posso cuidar de mim mesma. Além do mais, eu que fiz o design daquele lugar todo. Será como estar em casa.

Daniel, pai de Josephine, pensou por alguns minutos, até dizer:

— Tudo bem, você pode ir. Mas quero que Gabriel vá com você.

Josie revirou os olhos.

— Tudo bem. — Ela virou-se para o namorado. — Parece que teremos uma aventura juntos, docinho.

— Ah, vamos mesmo — ele disse, sorrindo.

Sua mãe levantou-se da sua cadeira e falou que iria atualizar o governador sobre a questão do "Paraíso". Depois que o pai de Josephine, Gabriel e ela terminaram de comer o café da manhã, Daniel levou os adolescentes para fora da mansão. Perto da macieira, havia uma porta no chão, que levava para o Paraíso. Daniel sentou-se na sala de controle, onde ele poderia observar sua filha e o namorado dela de perto.

— Tomem cuidado. Sempre fiquem atentos a tudo e, por favor, não se peguem na minha frente.

Gabriel coçou sua cabeça nervosamente, mas Josephine riu. Então ela pegou a mão do namorado e o levou até a porta do "Paraíso". Antes de eles entrarem, Daniel disse:

— Tomem cuidado, por favor.

— Deixa com a gente — Josephine diz, sorrindo para o pai.

Então eles entraram no Paraíso, de mãos dadas. Tudo está do jeito que imaginei, Josephine pensou, olhando para tudo com admiração no rosto. As árvores tinham copas verdes, com frutos e flores. A grama rasteira, as casas simples mas lindas.... Tudo estava exatamente como Josephine desenhou.

— É tudo tão lindo — disse Gabriel.

— Eu sei, tá? Eu que desenhei, duh! — Josephine disse, rindo e Gabriel riu também.

Josie então viu uma flor vermelha. Ela agachou-se no chão e tocou a flor. Ela era linda. Gabriel ajoelha-se ao lado de Josephine, e diz:

— Você é mais bonita que essa flor.

Josephine sorriu, e beijou a bochecha de Gabriel.

— Todos nós sabemos disso, bemzinho.

Gabriel ri.

— Você nunca vai parar de se achar, vai?

— Não podemos mudar quem somos — ela falou. — Vamos. — Ela se levantou, e ele fez o mesmo. — Temos que...

Antes que Josephine conseguisse terminar sua frase, ela sentiu uma enorme dor de cabeça. Ela acabou caindo de joelhos no chão, deixando Gabriel preocupado. Ele se abaixou na frente dela.

— Josie, o que foi?

Ela não respondeu, só colocou a mão contra a testa e franziu o rosto de dor.

— Josephine, você está bem? — ele perguntou mais uma vez.

Então, ele viu que a pele dela começou a ficar vermelha. A sua respiração ficou cada vez mais rápida, e alguns segundos depois ela estava puxando desesperadamente ar para os pulmões, se engasgando algumas vezes. Gabriel puxou a mão dela e colocou em seu peito, e disse:

— Josie, segue minha respiração. Se acalme.

Mas foi em vão. Ela cada vez parecia sem ar, e seu rosto estava roxo. E então, ela caiu nos braços de Gabriel.

— Josie? Josie? JOSEPHINE! Me responde!

Ele virou o corpo dela e posicionou seu dedo no pescoço dela. Sem pulso. Ele desesperadamente começou fazer massagem cardíaca nela, e então respiração boca a boca. Nada.

— Vamos lá, Josie. Por favor... — ele sussurrou, tentando controlar as próprias lágrimas.

Ele tentou mais uma vez reanima-la. Não funcionou. Então ele abraçou o corpo sem vida de sua namorada, tentando pela última vez, sentir o calor da pele dela contra a sua. Sentir as madeixas do cabelo macio dela contra suas mãos, seu cheiro... Então Gabriel gritou, depositando naquele simples grito todos os sentimentos misturados que ele estava sentindo naquele momento. Josephine se foi, e Gabriel também.

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Oi gente! Então, espero que tenham gostado do capítulo. As pontas vão se encaixar em breve, vocês verão!

Eu iria reescrever a história toda, mas ontem pedi para meu pai ler a história e ele me disse que não tinha necessidade de reescrever, mas só precisava continuar "melhor", então é isso que eu vou fazer. Obrigada por todos os comentários incríveis que me mandaram, amo vocês!❤️

Ah, tem um Imagine com o Josh disponível no perfil! Se chama "Stars". Vão lá!

Até o próximo capítulo💞

𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌𝐀𝐒 𝐍𝐎 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐈́𝐒𝐎 • Imagine Noah X YouOnde histórias criam vida. Descubra agora