9• Eu sou a filha dela.

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penúltimo capítulo!! estão preparadas pro final? rs

♠1406 palavras♠

Aidan e Angel continuaram o plano. Seria mais fácil se S/N estivesse ali, mas dariam um jeito. O próximo passo era tirar a mãe dela da cadeia. A inspiração de Gallagher, a origem de tudo que ele se tornou. A mulher tinha vários nomes diferentes, Aidan acreditava que o verdadeiro era Verônica. Não que importasse, afinal, sua reputação foi baseada em seu "nome de rua". Luz negra, a assassina da noite. Até a encontrarem, cerca de 35 vítimas não tiveram um final feliz.

O plano era complexo, tinha detalhes que poderiam dar tão errado a ponto de resultar em mortes, mas seria recompensado se desse certo. Era de conhecimento de todos que a assassina estava presa em uma prisão de alta segurança, não havia chance de entrarem ali para a resgatar se não houvesse ou um aliado da lei, ou um infiltrado. Bom para o moreno, ele tinha os dois. Teria, em breve, na verdade.

Angel se voluntariou para ir à cadeia em busca de Verônica. A ruiva causaria uma cena perto de um dos policiais que estavam do lado dos mesmos, seria levada para ser colega de cela da agente assassina e conquistaria sua confiança. Junto ao mesmo policial, elas sairão da prisão em um carro de transferência das prisioneiras, na desculpa de que estavam sendo levadas à outro local por indicação dos superiores.

Alguns dias indo atrás dos detalhes para que tudo desse certo, a ruiva se "entregou" ao policial Briggs. O mesmo que conversou com S/N e que na verdade era um antigo militar, conhecido pelos pais de Aidan, e claro, tinha uma participação na seita quando ela ainda existia. Ele ajudou a garota a chegar no local, dando informações úteis durante o caminho, sobre como lidar com as outras prisioneiras e o comportamento que deixaria Luz Negra, a assassina da noite, admirada. Basicamente, bastava ser uma rebelde sem limites, nada diferente do que Angel já transmitia.

Chegando na prisão, a ruiva teve o mesmo tratamento das outras, foi inspecionada, tomou um banho, colocou o macacão laranja e deixou seus pertences em uma caixa transparente pequena que foi guardada junto com outras em um armário branco. Teve algemas prendendo suas mãos e andou com policiais até as celas. Foi jogada na mesma que Verônica e recebeu uma coberta junta de um travesseiro para usar na beliche suja e desgastada.

-Chegou carne nova. -Foi ouvido por todos os corredores. Com a frase vieram risos, provocações, batidas nas grades e ameaças.

-E aí, ruivinha, como veio parar aqui? -Uma morena magra pergunta. Ela tremia e seus braços estavam roxos de tantas furadas de agulha. Era mais uma viciada.

-Matei algumas pessoas, torturei outras, nada demais. -Angel responde sem ânimo e joga suas coisas na cama de baixo de uma beliche vazia, sentando na mesma e apoiando seu corpo na parede.

-Uma das minhas. -Uma mulher alta e de aparência chique diz do fundo da sala. Ela tinha os longos cabelos pretos arrumados e suas unhas pintadas em um vermelho vivo.

Até que Angel conseguisse o que queria, levaria algumas semanas. Enquanto isso, Aidan estava com Noah no esconderijo, tendo comunicação direta com o policial Briggs por meio de um rádio roubado. Eles, além de ter a certeza de que o plano corria segundo o planejado, procuravam outro esconderijo, maior e melhor, para que pudessem dominar o país com suas mentes maníacas e brilhantes.

S/N, ao colocar os pés no aeroporto de sua cidade, viu um homem de terno e chapéu preto com uma placa escrita seu nome.

-Sua mãe pediu que eu te deixasse em casa com segurança. -Ele diz, simpático, e ela percebe que o homem era familiar. Ela ia para à escola com ele, nos dias que seus pais estavam ocupados demais. Era seu motorista particular. Foi bom rever um rosto normal e bom.

-Obrigada. -S/N sorri, cansada, e o segue até seu carro.

O caminho seguido foi diferente, então pensou que sua mãe teria conseguido mudar de casa, depois de tudo o que ocorreu. E, sim, foi o que aconteceu. A mãe de S/N vendeu a antiga casa para o banco e com a quantia recebida, mais um tanto que ela juntava, comprou um apartamento menor e mais aconchegante. Tinha seguranças na portaria 24 horas, o que a deixava menos preocupada.

-Graças a Deus! Eu estava ficando doida sem você, me ligaram explicando sua situação, filha, eu sinto muito por não ter percebido nada ou não estar presente pra te proteger, juro que agora as coisas serão diferentes. -A mãe de S/N desanda a dizer quando vê a filha passar pela porta frontal.

As duas se abraçam e o motorista se despede. Entre lágrimas e sorrisos, ambas sabiam que tudo iria mudar agora. Sem Aidan, nem Noah, nem antigos amigos de infância que ainda poderiam ser suspeitos, sem Reginald, sem ninguém para as separar. A mãe de S/N regulou os horários de trabalho, voltaria para passar as noites com ela, poderiam assistir filmes e serem mais juntas e próximas.

S/N passou os dias seguintes arrumando seu novo quarto. Era menor, mas confortável. Jogou algumas roupas para adoção, vendo que não fazia sentido guardá-las, algumas nem mesmo a serviam mais. Fazia muito tempo que ela não dava uma geral em seu cômodo. Deixou seu notebook em uma mesinha, junto com alguns livros e coisas de escola. E falando na mesma, S/N tinha sido transferida para um colégio diferente. Não tinha ido ainda, nem sua própria mãe achou bom seguir em frente tão rápido, então tiraria algumas semanas para se acostumar, e o diretor estava ciente do caso.

Aidan estava ansioso para S/N se juntar à ele. Poderiam seguir suas vidas juntos, matando inocentes, roubando, indo para qualquer lugar que quisessem, se divertindo. Queria que ela conhecesse a mãe verdadeira, que visse o potencial que tem. A inspiração que é. A verdade. Sem querer esperar mais, acabou enviando um e-mail para ela, com um link que a levaria para uma foto, a foto que provava que era filha de Verônica. Filha da Luz Negra. Quem sabe a próxima assassina da noite.

O e-mail não poderia ser rastreado, Aidan usou um computador velho e o destruiu logo em seguida, além de ter sua localização codificada para diminuir os riscos. S/N o abriu, entrou no link, e leu cada letra da carta que apareceu em sua tela. Tinha sido feita por uma barriga de aluguel. De início, isso não mudou muita coisa pra ela, sua mãe já havia dito como sofreu para a conseguir, era um presente de Deus. Mas, aos pouco, foi tendo a curiosidade de saber mais sobre a mulher que a carregou durante nove meses dentro de si.

O nome que pesquisou resultou em muitas alternativas. Não existente, outras opções, versões resumidas, nome popular. Luz Negra. Ela já tinha ouvido falar nisso, na televisão, quando era bem menor. Pesquisou na aba do Google mais sobre esse apelido, e gerou inúmeras páginas, algumas de jornais, mostrando sua prisão, contando seus crimes, contando sua vida, outros blogs insinuando serem fãs dela, já que a mesma tinha motivos para matar suas vítimas. Eram tantas perguntas sem respostas na cabeça de S/N que ela realmente decidiu deixar de lado, por algumas semanas, até isso a atingir em cheio.

-Mãe, é verdade que eu fui gerada na barriga de uma assassina?

Foi uma forma estranha de confrontar sua mãe, mas era o que saiu meio sem pensar na hora. Os olhos da mais velha se arregalaram e ela mudou seu comportamento.

-Como descobriu? -Ela deixa escapar, chateada por sua filha ter descoberto o que deveria ter ficado como segredo.

-Eu só descobri. Por que não me contou antes? -A jovem estava sem chão. Como pôde viver toda sua vida sendo a filha de uma assassina com um homem que a abandonou sem mais nem menos. Era quase como uma falha.

-Não queria que se sentisse mal com isso, você é uma ótima garota. -A mãe se aproxima, colocando as mãos nos ombros da garota, que se afasta com o toque e encara o chão de madeira sem saber o que faria sobre isso. Poderia ignorar, mas tinha uma questão inacabada no assunto.

-É por isso que estavam atrás de mim. E vão continuar me caçando. Eu sou a filha dela, e Aidan deve saber disso. -S/N pensa alto, deixando a mãe preocupada.

Maniac • Temporada 2 // Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora