08 - O Destino

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O amistoso na Nekoma foi revigorante para os jogadores da Karasuno.

Hinata estava feliz por ver os amigos, e por saber que Kuroo e Kenma estavam em um relacionamento.

Desde que rejeitou o meio loiro, sentia que a amizade deles havia começado a andar por cima de ovos. Hinata era sempre cuidadoso com as palavras quando conversavam, para não machucar o outro, mas saber que este estava seguindo em frente, trazia calma para seu coração perturbado.

Na época da rejeição, ele ainda estava com Narita, este nunca soube de nada, o que foi bom, sabe-se lá o que ele poderia ter feito com o ruivo ou com o meio loiro.

Hinata também ficou feliz pelo namoro do Lev com Yaku, eles são perfeitos demais um para o outro. Sempre achou que aquelas inúmeras brigas e todas as vezes que o mais baixo chamava a atenção de Lev, era só uma forma que o mais alto conseguiu de ter a atenção do líbero para si.

Por outro lado, Kageyama não havia gostado tanto da atenção que Hinata estava recebendo enquanto esteve lá, e por conta disso, ficava a todo momento na cola do mais baixo, como um verdadeiro guarda costas, mas ali era só seu ciúme falando - mesmo que não admitisse ou negasse toda vez que o capitão do time adversário soltasse piadinhas desse cunho para seu lado.

Foi uma tortura quando Hinata disse que ele era um lúpus, já que quando veio, tomou uma dose mais forte de um de seus supressores para não deixar o cheiro dele sair em hipotese alguma, as pessoas começaram a lhe encher de perguntas sobre como conseguia esconder os feromônios tão bem, como era sua voz de comando e várias outras besteiras. Por mais que ele quase não respondesse e Hinata falasse por ele algumas vezes, aquilo estava o sufocando.

O cheiro de todos entravam como um azedo por seu nariz, só não foi a loucura pois tentava sentir o cheirinho de mel de seu ômega no meio daquelas pessoas desconhecidas, estas ao qual ele só decorou o nome de Kenma e Kuroo, um por ser levantador, assim como ele e o outro por ser o capitão do time.

Kageyama só se sentiu realmente calmo quando já estavam no ônibus, mas até mesmo o cheiro dos que estavam no ônibus o estava incomodando.

O que fez com que um Hinata tivesse que aguentar a rabugice extrema de um Kageyama que não parava de reclamar sobre tudo e nada.

- Então... Só vamos nos ver segunda? - Tobio perguntou, assim que Hinata desligou a chamada.

- Acho que sim... - respondeu desanimado.

Depois que desceram do ônibus e seguiram para suas casas, a avó de Hinata o ligou, para ele avisar aos seus pais, que por sinal não atendiam o telefone, que a semana na casa dela já estava tudo programado.

Os Hinata sempre faziam essa comemoração, Shoyo nem sabia ao certo para que era, só sabia que era uma tradição desde sempre. O bom, é que ela calhou de ser numa semana sem aula, o ruim é que essa semana ele ficaria na casa de Tobio, para ficarem jogando vôlei sempre que quisessem.

Suspiraram.

- Não tem o que fazer. Segunda nos vemos?

- Claro que sim, Bakageyama. Tá achando que vai se livrar de mim?!

- Não... Nem quero. - responde e sorriu.

Seguiram de mãos dadas até o ponto em que se separavam.

- Queria sentir seu cheiro. - Hinata falou assim que o abraçou.

- Eu tive que tomar outro tipo de supressor hoje.

- Eu sei... Você não queria que acontecesse o que aconteceu. - falou se lembrando quando deixou escapar que o alfa era um lúpus - Desculpa.

- Tudo bem... Ao menos consigo sentir um pouquinho do seu. - respirou mais profundamente o cheiro do pescoço do outro. - Não quero te deixar ir.

Kagehina - DestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora