Amor em fuga - Yaoi

Um Palpitar No Peito

[Musiquinha só porque sim]

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Primeira Epístola aos Coríntios - Bíblia

"Não errais: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem malakoi, nem arsenokoitai... herdarão o reino de Deus"

"Arsenokoitai" julgar-se ser uma junção de "arsen" - homem
e "koiten" - cama

Já "malakoi", é a palavra hebraica para homem a femenina do, ou homossexual passivo

Jack on

Quando eu tinha nove anos, foi a primeira vez que o vi, nunca tinha visto alguém assim, vir ao castelo do nada, normalmente sempre foram pessoas como eu, com pontinhos na cabeça e asinhas pretas.

Nesse dia eu estava a correr pelos castelos brincando com as minhas asas, dando pulos pelos corredores, algumas voadelas, mas sem nunca sair de perto da sala principal. A sala onde o tio Lúcifer estava.

Lembro-me perfeitamente de estar a passar, já cansado no corredor, quando sinto um arrepio no corpo. Uma luz brilha, limpa e branca da sala do tio, deixando-me curioso, com o que se passava ali.

Corro então para perto da porta e espreito de fininho. Assisto à cena, um belo homem, como eu nunca tinha visto e do tipo do tio Lulu, foi o primeiro ser alado, que vi com asas de pássaro, afinal, as do tio foram cortadas e eu nunca as pude ver.

Fiquei logo curioso com aquilo e apressei-me a ir para trás do tio, para ver melhor o que se passava.

-Tio... Quem é?

Sussurro baixinho para o estranho não ouvir. Então ouso uma risadinha do tio, enquanto olho o desconhecido, escondido.
O titio acaricia então os meus cabelos e diz de uma forma doce.

-É um novo amigo, para morar cá em casa.

Ele afirma, me deixando animado, afinal, os convidados do meu tio, nunca ficavam muito tempo. Decido, de tal forma, correr para perto do desconhecido ele era alto e eu não conseguia alcança-lo naquela altura.

Puxei a mão do senhor, para poder chegar a ele e logo ele se abaixou sorrindo para mim. Animado sorri também. "Um novo amigo", pensei alegre beijando a sua testa logo em seguida.

-Bem vindo a casa...

Disse envergonhado, sentindo leves pontadas no peito, uma sensação estranha, mas mesmo assim boa.

A partir daí nunca deixei o Xavier sozinho, também, não tinha intenção de o fazer, ele é boa pessoa e a companhia dele me faz bem.

Contudo eu já tenho dezoito anos e a algum tempo que o meu corpo tem vindo a mudar, bem como tudo à minha volta. O meu peito tem batido cada vez mais todos os dias, sempre que o vejo, outras coisas também têm acontecido, mas são um tanto estranhas.

Era mais um dia, como qualquer outro, um dia normal e calmo. Acordei com a bela brisa morna e leve daquele mundo, me deixando animado logo pela manhã.

Corri o mais rápido que pode para o quarto do lado, abri a porta às presas e sem nem pensar duas vezes meti-me no meio dos lençóis, da cama. Com calma fui engatinhando até conseguir destapar a minha cabeça, vendo o rosto mais belo de todos. Como sempre o meu coração bateu e eu provavelmente estava vermelho, mas isso não me impediu de beijar o nariz do Xavier e o acordar.

-Acorda... É hora de levantar... Já é tarde... Xavier...

Vou falando enquanto o balanço com cuidado na cama de um lado para o outro. Porém, não à sinal de que ele vá acordar, agarro então o seu rosto e aperto as suas bochechas.