Tales of the Lost and Fallen Gods

Conto 2, 2

Cidade

A atenção de todos da pequena cidade parecia ter se concentrado nos cinco deuses que andam atentos aos detalhes que Jeju tem a oferecer. A manhã ainda está em seu início, mas para os moradores da ilha a agitação costumeira da tarde agora viria para manhã, trazendo alegria aos comerciantes, pois desse modo lucrarão mais.

Dentre os Elementais, ByeongKwan era o que parecia estar se divertindo, em andar de poucos passos o Deus da energia parava para cumprimentar algumas pessoas e conversar brevemente com vendedores, dizendo com palavras vazias que compraria seus produtos na volta. Embora tentasse disfarçar, Sehyoon observava ByeongKwan e suas interações de perto, afinal agora que o Deus da energia se sentia revigorado, tinha plena certeza que a animação do outro iria durar por horas a fio, até a preguiça enfim tomar conta de si.

Sehyoon sorriu com isso, gostava do jeito do outro de sempre transmitir alegria e diversão as outras pessoas apenas com uma troca de palavras e um sorriso. Diferente do Deus do raio, Sehyoon não era tão interativo, ele gostava de estar cercado de pessoas, mas não necessariamente conversar com elas, para o Deus do vento, a melhor interação com um outro alguém é sua presença.

Observando tudo curioso e intrigado, Donghun se sentiu feliz de quase ninguém ter vindo falar com ele. Afinal o Deus da terra não era bom em recusar as pessoas sem ser rude como os deuses do raio e do vento, mas também não gostava de simplesmente ignora-las, como fazem os deuses da Água e do fogo.

A frente dos três, Junhee e YuChan andam quase lado a lado, ambos chamando a maior parte da atenção, mas evitavam falar com as pessoas, não por não quererem, mas sim pelo fato de estarem com pensamentos em outros lugares.

Chan não entendia o porquê de encarar o Deus da água o trazia uma sensação de calmaria, tinha ciência que Junhee por vezes o observava mais do que deveria, mas em vez de se sentir incomodado, Chan sentia uma sensação oposta. Não que gostasse de ser encarado constantemente, mas também não desgostava, a confusão deixava Chan intrigado e irritado, uma vez que não entender a si mesmo para si é algo vergonhoso.

Se alguém deveria entender YuChan melhor do que qualquer outro deveria ser ele mesmo, todavia isso não está acontecendo.

Tal verdade, parecia estar distante do que a razão do Deus do fogo tende a acreditar.

Um pouco atrás de si, Junhee pensava em tudo o que havia acontecido até o presente momento, pois não conseguia decidir se talvez estava com sorte ou não. Desde que havia cometido seu acidente e causado a queda não só sua, como a dos elementais, mas em principal a de YuChan, temeu que fosse odiado para sempre por todos eles.

Jun sentiu que no momento em que contasse a verdade, aconteceria da mesma forma do passado. Não são tantos os deuses que sabem o que Jun fez no passado com a ex deusa do fogo, e se sabem, o conhecimento veio de boatos sem cabimento, porém todos tinham conhecimento da gravidade. O Deus da água não suportaria ser odiado fielmente pelos Elementais, mas principalmente por Chan, em seu coração se isso acontecesse, ele mesmo faria questão de sua queda, ou seja, sua expulsão.

Mas, era como se a Deusa da sorte estivesse sorrindo para ele e o dando uma chance, pois desde o momento que a queda aconteceu bons acontecimentos ocorreram com ele. Ele havia reparado que pela primeira vez todos os deuses Elementais estavam próximos o suficiente para se chamarem de companheiros, e isso traria felicidade não só as deusas primordiais como também ao Imperador.

O que realmente alegra o coração de Park JunHee é saber que Kang YuChan não só o havia perdoado por seu erro, como também parecia não o odiar, ao contrário, ambos aos poucos iam mantendo uma relação de amizade. Mesmo que Junhee deseje que vá além disso, por hora, só o fato de estar perto de YuChan e manter uma conversa com ele o alegrava, sabia que o Deus do fogo era reservado, então aquilo para si já era um grande passo dado.