Saron de Fogo [taejin]

[1] Um novo mundo

Olá! Já peço perdão desde já, aparetemente eu escrevo demais e o primeiro capítulo já chegou com 3k de palavras, o que só pretende aumentar do jeito que eu sou. Por isso me atrasei um pouco, por favor, me perdoem!

Estamos aqui com o primeiro capítulo da história, espero que gostem! Qualquer erro, me avisem! Ele foi betado, mas pode ocorrer de algo ter passado despercebido. Mas alguns erros são propositais, eles são marcados em ítalicos e estão dentro da fala de alguém personagens, durante a leitura compreenderão melhor.

Boa leitura! Espero que se divirtam!

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A pequena vila de Danpo-ri, se encontrava hoje onde um dia foi o condado de Yeoncheon, na província de Gyeongsang do Norte. O lugar não era o mesmo, a Coréia do Sul, país que um dia fez parte do primeiro mundo e era uma potência asiática, hoje via seu país tentar sobreviver e se reerguer aos poucos, tendo aquela vila como uma de suas realidades mais comuns. Naquele lugar não se encontravam muitas pessoas, no máximo umas 150, vivendo em casas que um dia foram abandonadas ou esquecida por outros, comendo o pouco que plantavam, criavam ou caçavam, usando a água da chuva para suas necessidades e a pouca água potável que conseguiam para beber — quase não conseguiam água pelos canos e torneiras, era raro. Não tinham médicos, muito menos remédios, raramente alguém aparecia para os ajudar com isso, geralmente eram pessoas de cidades especificas, traziam um pouco de ajuda e vacinas para as crianças, ninguém desejava uma nova pandemia. Mas era o povo da própria vila que cuidava de seus doentes, com o pouco de remédio que tinham, usando suas habilidades com as plantas para curar ou ajudar quem sofria, quando já não havia mais o que fazer, eram deixados na cama até morrer — algumas vezes, em casos mais sofridos ou contagiosos, eram dadas ervas venenosas e facilitavam o trabalho, acabando com sofrimento.

Foi assim que Taehyung viu sua avó morrer, deitada em uma cama sofrendo e pedindo para ir de uma vez, já sabia qual era o seu destino e não o temia. Foi numa certa noite que, aos prantos, sua mãe entregou um chá para a mulher doente — que havia completado exatos 50 anos de vida dias antes, e no dia seguinte o corpo sem vida foi enterrado. Não era incomum enterrar alguém por ali, desde crianças até pessoas mais velhas, na situação que viviam não era uma realidade distante, mas não deixava de ser igualmente dolorosa e traumática. Taehyung tinha 13 anos quanto enterrou sua avó, chorando em desespero abraçado a mãe, vendo a mulher que o criou e foi uma segunda figura materna para si, ser colocada em um buraco no chão daquele pequeno cemitério, improvisado pelo povo que ali vivia. Aquilo havia sido há seis anos atrás, mas ainda doia.

Lembrava constantemente dela, mas a sua vida não podia parar, ele nunca pode parar e sofrer direito. Ele tinha outra pessoa para ajudar, uma pessoa viva que não daria conta dos serviços que tinha sozinha. Cuidava da lavoura; colhendo, plantando, afastando animais e vigiando, para garantir que ele e outras pessoas da vila tivessem o que comer e ninguém passasse fome enquanto sua mãe ajudava cuidando da casa, da comida e das poucas roupas que tinham, mas trocavam de papéis constantemente, havia aprendido a fazer tudo, sem reclamar. Era uma vida pacata, cheia de serviços e coisas para fazer, feliz no que podia ser feliz, na medida do que era possível ser.

— Tae-oppa! — A voz infantil chegou aos ouvidos do rapaz, que cuidava da pequena plantação de morangos que havia ali, fazendo seu melhor no solo que abrigava as plantas, não haviam muitos frutos desta vez, mas o suficiente para fazer comida e dividir com os outros habitantes.

— Yoona! Cuidado! — Avisou para criança que vinha correndo em sua direção, sem se preocupar com a plantas ao seu redor. Assim que chegou perto do jovem, lhe abraçou pelas pernas, aproveitando o calor do corpo alheio, sorrindo e mostrando para o outro a arcaria dentária lhe faltando dois de seus dentes. — Os morangos são fraquinhos, se você bater neles, vão ficar tristes e não vão dar morangos gostosos. Quer ficar sem nossas frutas favoritas?