Capítulo Um

9.4K 1.4K 203
                                    

Capítulo 1

— Hoseok você sabe que eu não gosto de sair de casa! — Jimin falava ao telefone com o melhor amigo repetindo a mesma frase pela milésima vez, enquanto o outro apenas ignorava e insistia pra que fossem a um pub.

— Vamos, seu chato, vai ser legal. Quem sabe a gente não encontra algumas pessoas interessantes por lá, hum? — o entusiasmo na voz do Jung era tanto que Jimin pensou se seria capaz de pegá-lo e guardar em um potinho.

— Hobi... — choramingou na tentativa de fazer o melhor amigo desistir, mas Hoseok não se daria por vencido, não desta vez.

— Passo aí as oito horas. Beijos. — e desligou na cara do Park, não o dando a chance de inventar alguma desculpa, ou de pelo menos tentar.

Jimin suspirou percebendo que só lhe restava ir se arrumar e esperar o melhor amigo chegar para saírem. Mesmo saindo a contragosto Jimin se arrumaria bem, ficaria bonito e perfumado. Não sairia de qualquer jeito.

O relógio deu o horário e com uma pontualidade invejável a buzina do carro do Jung foi ouvida fazendo Jimin começar a trancar tudo e sair.

O loiro entrou no carro do melhor amigo que assim que o viu assobiou e piscou um dos olhos para si o fazendo revirar os seus.

— Deixa de ser bobo, Hoseok.

Jimin balançou a cabeça e colocou o cinto de segurança.

— Bobo sim, cego não. Você tá lindo, Jimin, se não fossemos quase irmãos juro que desviava do pub e te levava pra minha casa.

O Jung dizia sorrindo e com um olhar sedutor, o que fez Jimin gargalhar alto.

— Pena que somos quase irmãos então. — Jimin entrou na brincadeira e piscou um dos olhos para o Hoseok que assentiu enquanto ria. Eram dois bobos alegres juntos.

Não demorou muito para que chegassem ao pub, o local não estava tão cheio e uma música agradável tocava ao fundo. Se aproximaram do bar e foram fazer seus pedidos. Jimin iria querer apenas uma água, mas Hoseok foi mais rápido ao pedir um Alexander para Jimin e um Cosmopolitan para si.

— Você não vai beber apenas água hoje, Jimin, relaxa um pouco. — O Jung falava enquanto embalava o corpo ao ritmo da música que era tocada.

— E quem vai dirigir? Não posso ficar bêbado. — Jimin olhava sério pro amigo, não era irresponsável a ponto de dirigir embriagado.

— Depois pedimos um carro por aplicativo e deixo para vir buscar o meu amanhã. Apenas relaxa, amigo, se solta.

As bebidas chegaram e os dois começaram a beber e dançar um pouco. Jimin foi se sentindo mais leve e bem humorado, logo pediu mais uma bebida ao barman e dessa vez pediu uma Sakerinha. O loiro não estava totalmente bêbado, mas já se encontrava tonto e alegre demais. Ria do vento, de tudo e de todos. Jogou charme para um ou dois cara dentre os que se encontravam no local e foi dançar junto ao amigo, não percebendo dois pares de olhos curiosos sobre si.

Os amigos riam e se divertiam, as vezes cantavam e em outras dançavam, flertavam com as pessoas também, mas não sairiam dali acompanhados, pelo menos Jimin não.

— Jimin! — o Jung o chamou se aproximando.

— O que foi? — o loiro perguntava um pouco alto demais, tanto por estar bêbado quanto por terem aumentado o volume da música que preenchia o ambiente.

— Minha marca tá coçando e eu não entendo o motivo, isso é normal?

Embora não tivesse uma alma gêmea, Jimin estudou muito sobre isso na adolescência. Se a marca de Jung o estava incomodando só podia significar que a alma gêmea do mesmo estava por ali. Jimin também sentia o peito arder um pouquinho, mas associou ao fato de ter bebido demais.

— É sim. Encontrou alguém que te chamou atenção, Hobi? — perguntou como quem não queria nada e viu o amigo sorrir bobo.

— Na verdade sim. — se aproximou do ouvido do amigo como se fosse contar um segredo. — Tá vendo aquele garoto de cabelo verde? Acho que vou chegar nele.

Jimin olhou para o garoto que o amigo estava falando e o viu com a mão sobre o pulso, o coçando levemente. Teve certeza que o amigo encontrara a alma gêmea sem nem perceber. Riu internamente.

— Ele é muito bonito. Acho que deveria ir até lá. — o outro garoto que estava de olhos grudados no Jung se encontrava do outro lado do pub, mas parecia que só enxergava Hoseok ali.

— Então eu vou.

Jimin continuou bebendo enquanto observava o amigo ir até o outro cara. Enquanto os dois estavam juntos Jimin seguia degustando novas bebidas, perdeu as contas de quanto drinks tomou, mas foram muitos a julgar pelo seu estado.

O loiro já não enxergava as coisas direito e sentia o estômago revirar, precisava ir pra casa.

— Tá tudo bem com você? — Jimin ouviu um voz grave e doce o perguntar, seu peito doeu.

— É óbvio que ele não tá bem, amor. Olha só o estado dele! — a outra voz era doce, mas determinada. Era masculina, mas não tão grave quanto a primeira que Jimin escutou. Novamente seu peito ardeu.

Jimin estava tonto, o peito doía e uma sensação ruim e ao mesmo tempo boa percorria seu corpo. Ouviu as vozes falarem consigo, mas já não entendia o que eles diziam, sentiu o mundo girar e então apagou.

Soulmates | TaeKookMinOnde histórias criam vida. Descubra agora