Back in your Armys

Capítulo 5

Após me afastar da Bryanna fui a procura da Ivy. Adentrei uma espécie de quintal que havia na fraternidade, ficava perto da piscina, tinha algumas mesas e um sofá na volta. Ao avistar a Ivy e ir na direção da mesma pude ouvir a voz irritante do meu melhor amigo vinda do sofá velho.

— Harry, Harry, Harry— O Gabriel repetia em um ritmo próprio. — Quer jogar beer pong?

Eu nunca recuso um jogo, e ele sabe.— Claro, vai ter aposta? — Perguntei porque é muito mais divertido quando se tem algo a perder.

— Sempre tem. — O moreno respondeu com um sorriso de ladino. — Você e a Ivy contra mim e a Violetta. Eu aposto 500 dólares.

Revirei os olhos.

— Cara, você é um baita de um filha da puta. Não vale, você é rico.

— Ta... Se eu perder eu não como a Violetta por dois dias e deixo você usar o quarto quando quiser. — Ele sabe me convencer, já a Violetta o olhava com uma expressão de raiva o que me fez rir.

— Tudo bem, posso aceitar isso.

— Mas vale para ambos os lados. — Ao ouvir isso, a Ivy que antes conversava com o Alec se aproximou, com o olhar direcionado a minha irmã.

— Eu quero ir com a ruiva. E eu aceito os 500 dólares. — Minha namorada soltou um falso sorriso meigo ao dizer essas palavras.

— Você está me trocando pela minha irmã? — Coloquei a mão no peito, fingindo indignação. A Ivy e a Violetta nunca foram próximas, mas isso até poderia ser divertido.

— Vocês ficam nos apostando, é nossa vez. — A garota de cabelos rosa respondeu como se fosse algo óbvio de se fazer.

— Ok, garotas. Mostrem seu potencial. — Ironizo.

— Mas o que a gente ganha com isso? Eu não preciso de dinheiro. — O Gabriel perguntou, realmente para elas não fazia sentido, ele basicamente sustenta a Violetta.

— Por mim qualquer coisa... Agora eu não sei a Ivy. — A ruiva levantou.

— Então, meu amor... — Soltei um sorriso malicioso direcionado a Ivy.

Ela deslizou a língua pelos lábios, me fazendo a observar, ela tem um jeito sedutor por natureza. O que nem me deixou prestar atenção no diálogo do outro casal.

— O que você quiser. — Ela retribuiu o sorriso e se afastou, indo até a mesa arrumar os copos, o que me tirou do meu transe.

— Okay, vamos começar logo com isso.

Deslizei os dedos pelos meus fios de cabelo pretos e me aproximei da mesa.

Então a partida começou, a Violetta não bebia, então da parte delas sobrava tudo para Ivy. Mas infelizmente elas não beberam tanto quanto eu gostaria.
Nos últimos copos o Gabriel já estava insuportável, ele era fraco para bebida e não conseguia mais acertar nenhuma. Entretanto as garotas ganharam, o que não mudaria muito na minha vida, só no meu ego.
A mais alta sorriu cinicamente, como se provasse o ponto dela, os olhos dela já diziam por si só "eu sou melhor que vocês".

— Você é boa, ruivinha. — A Ivy disse para sua parceira.

— Você também, foi um prazer ser sua dupla. — Minha irmã disse, ela não era menos competitiva que a Harrington, mas no momento ela estava mais preocupada com o Gabriel. Eu não sei se acho o comportamento dele engraçado ou péssimo.
Preferi começar a ignorar o casal no momento que o Gabriel começou com as medidas infantis dele e fazer "fonfon" na minha irmã.

— Você não sabe brincar.

Disse chegando próximo da Ivy, que apenas sorriu e me deu um beijo rápido.

— Como é ter uma namorada melhor que você, Morgan?

Dei de ombros. — Eu deixei você ganhar.

— Não, não deixou. — Respondeu calmamente, nos dois sabíamos disso, mas não seria algo que eu admitiria. —  Vamos? A gente vai levar a Bry, o Alec foi no carro da Violetta.

O olhar da Ivy se direcionou ao sofá antigo, o que me fez olhar também. Lá estava a mais nova deitada, a garota que conversou comigo anteriormente parecia menor comparada aquele sofá.

— Pensei que ela fosse amiga que cuida da que tomou um porre.

— A Bry tem que aprender a cuidar de si mesma primeiro. — Ela observava a amiga com carinho, mas logo virou para mim. — E você não devia ter deixado ela beber.

— Não deve ser fácil cuidar de uma Harrington. — Disse em resposta ao primeiros comentário, mas ao ouvir a menor arqueei a sobrancelha. — Você acha que eu sou o que? Pai dela?

— Esqueci que você não conhece ela. Mas... Pode levar ela para o carro?

Revirei os olhos ao ouvir o pedido, provavelmente ela não era nem um pouco pesada, mas eu não queria carregar uma garota que eu nem conheço por ai.

— Você algum dia vai retribuir tudo que eu faço por você?

Perguntei num tom dramático, nem esperei uma resposta, queria ir para a casa. Caminhei até a Bryanna, segurando a mesma em meus braços indo na direção do carro. A Ivy foi na frente e nos segundos antes de colocar a pequena no carro acariciei brevemente o rosto dela por impulso, assim eu percebo o quanto a Bryanna é bonita.