Chapter Four

111 14 16
                                    

~~ Nesse capítulo vou retratar corriqueiramente o histórico psicológico da família Backer, e focar superficialmente na personagem Melissa. ~~

 ~~

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Quando o motor do carro prata se pôs a funcionar, algumas batidas no vidro do motorista onde Melissa estava, a chamaram atenção.

Eathan.

Ela abaixou o vidro para uma possível conversa.

ㅡ Melissa, você está bem? ㅡ Antes de qualquer coisa, ele lhe fez uma pergunta com a voz preocupada.

ㅡ Sim, estou ótima. Por quê da pergunta, Eathan? ㅡ Em nenhum segunda ela desmanchara o sorriso seguro na face bem maquiada.

Ele ponderou por alguns segundos o que falaria.

ㅡ Ontem você me pareceu agitada com algo...

Ela se calou, sem saber o que dizer. Desligou então o motor, duvidando da chance que aquela conversa tinha de acabar ali.

ㅡ Está tudo bem. ㅡ No meio de sua pronúncia, sua garganta falhou ao se atrapalhar com a saliva.

ㅡ Quem era aquela moça, Mel? ㅡ Questionou com seu tom grave, que quase chegou a acariciar os ouvidos da mulher.

Melissa discretamente deu um longo suspiro, ele além de seu chefe era um bom amigo, por isso não deveria se surpreender com a sensibilidade dele aos seus comportamentos.

ㅡ Melinda, minha irmã mais nova. Olha eu não pretendo trazer ela todos os dias, foi uma exceção a vinda dela no dia de ontem, ela não tinha passado bem de madrugada! ㅡ Se explicou, usando palavras para seu chefe e amigo, respeitando as duas condições que ele ocupava em sua vida.

O olhar tão focado e penetrado que ele dirigia para ela, parecia encurralar suas inseguranças, deixando ás claras os furações potentes dentro da sua alma.

ㅡ Você não precisa ser forte sozinha, eu sei que tem algo errado e se precisar de mim... Não hesite em me chamar, eu cresci com você, eu te conheço como ninguém. ㅡ Eram palavras firmes, sobre um plano de fundo acolhedor e reconfortante.

Ela desviou o olhar, sabendo que as palavras que ouviu nada mais eram que a verdade.
Eathan suspirou, batucando os dedos na porta e saindo dali.
Com a visão das costas largas do homem se afastando, Melissa impediu lágrimas proeminentes de rolarem em suas bochechas, começando a dirigir o automóvel rumo ao seu destino.

Estacionou novamente o carro em frente ao consultório de sua mais fiel amiga. O calor intenso, fazia sua blusa bege de tecido leve se umedecer com sua transpiração.
Caminhou em passos cansados, os mesmo que ocasionavam os baques do tocar dos saltos finos com o solo.

A mulher de cabelos intensamente pretos, não demorou à se ver sentada em frente a outra mulher, esta que tinha fios loiros amarelados, olhos pretos monótonos e um sorriso de canto para a antiga amiga e paciente.

ㅡ Como foi sua semana? ㅡ A terapeuta deu início a terapia.

ㅡ Eu não pensei que ficaria tão abalada com a volta dela. Cada segundo que eu passo ao lado de Melinda me prova que o meu controle está fora do meu alcance! ㅡ A voz forte se comparava a lanças se atirando de um precipício de modo certeiro.

ㅡ Você está se precipitando, seu auto controle não é inalcançável, por isso estamos aqui buscando o melhor jeito para você tê-lo!

ㅡ Quem está errada é você, Bárbara! Eu me sinto ardendo em estresse, eu trabalho com pessoas e esse descontrole da minha raiva só me faz machucar as pessoas ao meu redor... ㅡ Sua fala proferida entredentes foi interrompida por uma voz calma e compreensiva.

ㅡE você tem medo de que essa raiva machuque Melinda?!

Não foi preciso uma confirmação, o rosto receoso de Melissa já confirmava tudo.

Ela tinha de se controlar. E se agarrava à este fato exasperadamente, principalmente agora com a volta da caçula. Mel não queria chegar ao ponto que seu pai tinha chegado, um homem com problemas psicológicos graves, que reduziu à cinzas sua própria família.
Os frutos dessa genética foram Melissa e Melinda, que infelizmente trazem consigo traços de uma fornalha torturante.

A Backer mais velha sabia o que te aguardava debaixo de sua própria pele, tinha conhecimento da monstruosa ira descontrolável que lhe era um distúrbio, o transtorno explosivo intermitente. Sua face mais irracional e exterminadora de qualquer senso que um dia tivesse. Temia desesperadamente se arremessar num novo abismo incandescente, este que um dia sugou a essência pura de Melinda, a considerada mais prejudicada nisso tudo.

ㅡ Eu acho que você errou em me aconselhar trazer ela de volta. ㅡ Colocou sua opinião sem vacilos, e de modo irredutível em debate.

Ela, é a sua irmã, Melissa. E se olhar para ela te traz a tona os fantasmas do seu eu, você tem que enfrentá-los, senão por você por ela. Fugir nunca foi uma saída, e por trás de toda essa névoa de sombras na imagem de Melinda, ainda existe um brilho de oxigênio. Nem tudo está perdido, lute pelo que ainda lhe sobra.

Saindo daquela sala, Melissa se tinha em adustão. Crepitando em cada batimento, digerindo sua realidade e a dissecando como quem analisa a melhor estratégia e chance de sobreviver.
Ela não era a melhor pessoa para cuidar e conviver com Melinda, mas era a melhor pessoa para amá-la incondicionalmente, de um jeito que nunca amaria ninguém.

A sua criança. Parte de si.

Estava prestes a girar a chave de seu carro, quando seu celular tocou.
Parecia uma ligação do destino, lhe confrontando e provocando suas ideologias.

A pessoa que tinha contratado para cuidar de sua irmã, acabara de abandonar o serviço, por medo, medo de Melinda que ainda se recuperava do surto recente da madrugada passada.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Como estão?

Quero reforçar que esse livro é FICTÍCIO, me baseio em alguns pontos da realidade, sem nenhuma intenção maldosa.

Desculpem qualquer erro.

Beijocas!!

Nas Asas da SanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora