Família

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Gizelly estava deitada nos braços de Rafaella, seus pensamentos estavam longe, não ouvia nada do que os demais conversavam ali, o assunto agora era outro, Bianca contava um pouco de suas loucuras, todos estavam rindo do que a empresária contava. Tinham combinado de deixar aquele assunto quieto, ainda mais depois da chegada de Gabriel. Gizelly contou a eles que o pequeno não sabia nada sobre aquela história e todos disseram que era bem melhor continuar sem saber, afinal aquele criminoso poderia ser pai ou irmão do pequeno e ninguém queria que ele se aproximassem do menor. Gabriel já era amado por todos ali, ele soube como conquistar, puxava brincadeira, deu apelidos mas sempre soube respeitar. Eles admiravam o quão inteligente o menor era, então pra evitar que ele entendesse de algo, o assunto foi cortado. O almoço foi calmo, Rafaella não largou de Gizelly momento algum, queria que a namorada sentisse que ela poderia agora contar com ela também pra tudo,assim como todos ali da família,Dona Genilda fez questão de deixar claro que nada daquilo que aconteceu será motivo pra ela gostar menos da nora e sim pra ela admirar, pois mesmo depois de tudo que passou ela se tornou a maior advogada conhecida no Brasil, onde todos a respeitavam, fora que ela estava fazendo um enorme bem pra sua menina.

_ Amor?- Rafaella chamou Gizelly

_ Hum?- Gizelly levantou a cabeça olhando para a namorada.

_ Olha ali.- apontou na direção do portão, aonde Tato entrava com Gabriel, cada um carregava  um buquê de flores .

Todos viram e abriram um sorriso pro pequeno que vinha todo sorridente conversando com o mais velho ao seu lado.

_ Filho? Que flores são essas?- Gizelly perguntou quando o menor chegou perto delas.

_ Então, tio Tato me levou pra ver os meninos jogarem bola ali na quadra do condomínio.- falou apontando para uma direção.- Aí, estávamos sentados na mureta, quando vi uma senhora sentada na calçada chorando, sei que vocês me disseram pra não falar com estranhos, mas eu pensei que ela pudia tá machucada e eu puxei o tio pra ir até ela.

As mulheres olharam pra Renato buscando mais informações.

_ Quando chegamos perto dela, perguntei se tava tudo bem e ela disse que vendia flores pra poder sustentar seus 5 filhos, então lembrei que tava com o dinheiro da minha mesada no bolso pois eu ia comprar seu presente com o tio Tato e a tia Dani depois.- chegou perto da mais velha lhe entregando o buquê de flores.- Uni o útil ao agradável, como diz a vovó, Feliz aniversário mãe.

Gizelly e todos ali ficaram sem ação, mas logo ela o puxou para um abraço, tudo que Gabriel fazia, só lhe dava mais certa que foi a melhor escolha que ela tomou em aceitar a gravidez e ter aquela benção que era Gabriel em sua vida. E tinha certeza que ela estava fazendo certo, estava educando bem o seu menino, com ajuda da sua mãe e sua amiga Taís e agora com Rafaella.

_ Vocês deveriam ver a felicidade daquela senhora, quando Gabriel disse que iria comprar.- falou Tato.- ela abraçou Biel chorando, disse que havia três dias que seus filhos estavam comendo somente pão.

_ Gabriel eu quero te por num potinho, posso?- falou Manu.

_ Eu tenho orgulho de mais desse menino.- falou dona Márcia emotiva.

_ Espero ter um neto assim um dia viu.- falou Genilda.

Gabriel caminhou até Tato, puxou uma das flores do buquê que o homem segurava, foi até Genilda e segurou sua mão.

_ A senhora pode ter um neto assim bonito, inteligente e esperto como eu.- disse fazendo todos ali sorrirem.- aceita a ser a minha vovó também, igual a vovó Márcia? - ofereceu a rosa.-Afinal eu tenho quase certeza que a sua filha vai casar com a minha mãe.

Podia ser visto os olhares emocionados e admirados por todos ali.

_ Aaah meu Deus, lógico que eu aceito ser vó desse menino lindo e cheiroso, inteligente né?!- puxou Gabriel para o abraço e o encheu de beijos.

Depois de tanto ser apertado Gabriel distribuiu as flores do buquê para todos ali, o pequeno nunca tinha sido tão apertado e beijado em um só dia, como naquele momento. Gizelly se deixou esquecer um pouco de mais cedo, ver o filho mostrando que independente de tudo eles tinham grandes pessoas ao seu lado e eles ali eram amados.

_ Tia Rafa?- Gabriel chegou próximo as duas namoradas.- Hoje mais cedo acabei chamando você de mãe, tá tudo bem? Você não ficou chateada comigo não né.

Rafaella olhou pra Gizelly, virou novamente pro pequeno e o puxou pro seu colo.

_ Tá tudo perfeito filho, eu adorei ter sido chamada de mãe, ainda mais por você, o patrãozinho que eu tanto amo né?- beijou o menor.

Gizelly tinha o olhar sobre eles dois, amava a interação que eles tinham.

Gabriel lhe entregou uma flor também e abraçou a maior, se aproximou do ouvido de Rafaella.

_ Obrigada por tá fazendo a minha mamãe feliz, eu te amo mãe.- sussurrou.

Os olhos de Rafa agora marejados e um sorriso largo apareceu, apertou Gabriel mais ainda em seus braços e também sussurrou em seu ouvido

_ Eu também te amo filho, vocês dois me fazem muito feliz.

Se afastaram apenas pra puxar Gizelly pro abraço também.

Ali se podia ter certeza que não haveria passado que estragasse aquele momento. Quem via os três ali daquela forma só podia admirar a família que se formava. Rafaella agora tinha como objetivo proteger aqueles dois de qualquer mal que tentasse se aproximasse deles. Gizelly queria buscar soluções. Gabriel só queria que aquela felicidade nunca acabasse.










Vocês estão sentindo o cheirinho de fim?

Quem é você Bicalho?Onde histórias criam vida. Descubra agora