Passado

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Bom, não sei se todos vão conseguir ler, eu apaguei tudo que já havia escrito porque ficou pesado demais tentei deixar mais leve, sei que tombos são ruins ... Mas essa parte é importante, o arco-íris só vem depois da tempestade, e as duas estão se conhecendo uma hora o passado de Gizelly viriam a ser contado. Algumas partes podem ser gatilhos então se você já sofreu algum tipo de abuso, saiba que tem parte que detalham o assunto. Desde já agradeço por todo o carinho com a história, saibam que eu tô feliz por saber que estão gostando.

Boa leitura.

Hospital, 21 de setembro de 2009

_ Beatriz?- os olhos castanhos machucados tentavam ser abertos.- Bea...- tossiu, seu corpo todo estava dolorido, mas mesmo assim tentava se levantar

_ Filha, por favor fica quietinha.- Falava Márcia chorando por ver sua menina daquela forma.

_ Mãe.- apertou a mão da mais velha.- cadê ela mãe, pre... ai... - respirou.- preciso ver ela.

Um silêncio tomou conta do local, Márcia olhou pra Taís que se aproximava da maca.

_ Taís, eu preciso vê-la

_ Gi - a voz de Taís embargou, apertou a mão da amiga.- Eu sinto muito.

Gizelly ficou para olhando para as duas, assimilando o que acabará de ouvi.

_Nã.. não, não ... É mentira.. por favor- as lágrimas banhavam o rosto da mais nova.- diz que mentira amiga, por favor mãe.

_ Calma fil..

_ NÃOOOOOOO.- seu grito ecoou dentro daquele quarto.- desculpa amor, é culpa minha, minha, me leva com você.... Volta Beatriz ... Por favor.. eu preciso de você.- ela se batia, arrancou o soro e tentava se levantar a todo custo, ela precisava ver a mulher a quem amava, não queria acertar, se culparia eternamente por tudo aquilo.- AMOOOOOOOOR

Márcia e Taís tentavam acalmar a todo custo a mais nova, naquele momento a dor do seu corpo não existia mais, somente seu coração dói, a dor da perda de seu amor, ela não poderia ter deixado aquilo acontecer, se culpava e se culparia pra toda vida, queria ter sido ela a ir no lugar de Beatriz. As outras duas notaram que havia sangue na cama, devido Gizelly ter arrancado o soro, Taís correu pedindo socorro, logo médico e enfermeiros apareceram, Gizelly precisou ser medicada naquele momento, mas seu subconsciente gritava pela perda e ela prometia vingar a morte do seu primeiro amor.

....

_ Gizelly!?

Ao ver quem falou seu nome, Gizelly congelou no lugar, Márcia e Taís que vinham logo atrás com os outros se assustaram com aquele homem em sua frente.

Todo o corpo de Gizelly começou a tremer, lembranças daquela noite vinham como flashes de memória, os gritos de Beatriz pedindo pra que não fizessem nada com ela, as mãos forçando suas pernas, aqueles dedos correndo e apertando suas partes íntimas, a boca em seus seios, viam os dois homens lhe machucando ,o cheiro de álcool e cigarro que exalava deles, ela tentava a todo custo se libertar daquela sensação mas igual aquele dia ela não teve força, sentiu como se ele estivesse ali encima dela, forçando seu corpo, enfiando seu membro nela, ouvia as súplicas de Beatriz mais alto, sua cabeça latejava, lágrimas agora percorria por seu rosto. Márcia e Taís correram assim que perceberam o corpo de Gizelly cambalear, correram a amparando. Seus peito agora doía, sentia suas mãos formigar.

_ Filha tem força.- disse Márcia.

Os demais naquele momento apenas olhavam sem saber o que fazer, nada falavam só tentavam se aproximar para ajudar mas não sabiam como. Taís soltou Gizelly que logou teve seu corpo seguro por Denis, Taís iria pegar água para a amiga, ela sabia o quanto aquele encontro depois de anos a estava engatilhando, Taís tremia e ao virar pro lado antes de sair viu Prior se mover.

Quem é você Bicalho?Onde histórias criam vida. Descubra agora