você acredita em destino?

A primeira noite? Não, a última!

Não demorou muito e logo já estávamos sem roupas, Matheus,  com pouca delicadeza, me joga na cama, que por sinal era bastante confortável, e sem cerimônia começa a depositar beijos por todo o meu corpo, desde do pescoço, até a minha intimidade.Meu corpo estremece ao sentir a língua áspera do mais novo tocar meu ponto de prazer e logo já estou me contorcendo em busca de mais contato com aqueles lábios maravilhoso.Meus gemidos sofridos, logo tomam conta daquele pequeno quarto, e a probabilida de que alguém esteja escutando já não me incomoda mais, na verdade eu já nem lembro que existe outras pessoas nesse prédio e tudo o que importa é apenas sentir mais e mais daquela sensação prazerosa.Em um gesto rápido, empurro o mais novo que fica um tanto confuso.

-Quero sentar meu bem.- Dou uma risadinha pervertida enquanto me posiciono em cima do garoto, que já se encontrava deitado à minha espera.

Eu até imagino o que vocês estão pensando "Como uma garota que aparenta ser tão puritana, pode agir naturalmente diante dessas situações?".A verdade, é que eu mudei muito nos últimos meses, não sei se para melhor, mas o importante é que mudei.Desde que conheci Matheus, comecei a viver de verdade, pois descobri um mundo além das paredes da minha casa.

*Flashback on*

- Eu tô cansada de tudo isso...- Falo enquanto observo meu rosto molhado de lágrimas refletindo através do espelho, um tanto sujo, do meu quarto.

Era por volta das 03:00h, eu havia chegado a um bom tempo de um rolê na casa da irmã de Melissa e estava bastante revoltada.E qual era o motivo para minha revolta? O simples fato da minha mãe não ter confiança e nem aceitar que já sou maior de idade.Ela não havia deixado que eu dormisse na casa de Mary e depois de encher meu celular de ligações, me convenceu a voltar logo para casa.O problema é que justamente nesse rolê eu finalmente ia conhecer Matheus, que é amigo do namorado de Melissa e aparentemente estava afim de me a algum tempo.Meus olhos estavam molhados e minha maquiagem borrada, além da minha cabeça está girando, graças ao álcool que eu havia pegado escondido no pequeno mercado que tem em minha casa e tomado.

Minha atenção se volta ao meu celular quando o mesmo começa a tocar, e ao desbloquear o aparelho me deparo com algumas mensagens de outra amiga, que também estava na pequena social,  avisando que o tal garoto estava lá.Por algum motivo aquilo me deixa ainda mais irritada, eu estava perdendo a oportunidade de matar a curiosidade a respeito do tal Matheus e aproveitar ainda mais a noite, que pra eles estava apenas começando.Após responder Ari, me jogo na cama já na intensão de dormir, mas novas mensagens chamam novamente minha atenção.Dessa vez era o namorado de Melissa, que estava tentando achar uma maneira de fazer o meu encontro com o amigo dele acontecer.Eu já estava sem esperança, mas algo invade minha mente.E se eu simplesmente sair correndo daqui? O que parecia uma idéia louca, logo vai se tornando realidade.Em um surto de coragem, envio uma mensagem pedido para que alguém vinhesse me buscar dentro de alguns minutos e saio a procura da roupa que eu estava anteriormente.

Eu já havia trocado de roupa, escovado os dentes e até refeito a minha maquiagem, que antes estava bastante destruída, agora só me restava tomar coragem e ir.Minhas mãos estavam suando frio, e meu coração bastante acelerado, enquanto eu observava meus pais em um sono aparentemente profundo.Respiro fundo e finalmente atravesso o corredor, passando pelo quarto dos meus progenitores e logo chegando a sala, onde me deparo com meu último obstáculo.Com muita delicadeza começo a girar lentamente a chave, enquanto tento, inutilmente, manter a calma.Quando finalmente me deparo com a paisagem deserta e escura, dou passos largos em direção a rua e, após pegar a chave, tento fechar a porta cuidadosamente o que é totalmente em vão.Meu coração dispara ainda mais, se é que é possível, e logo eu já me encontro correndo como uma louca em direção a casa de Mary.No meio do caminho, acabei dando de cara com um homem em uma moto, mas antes que eu pudesse me assustar, acabo notando que se tratava do namorado da minha amiga que tinha vindo me buscar.

[...]

Quando meus olhos se depararam com os de Matheus, um sorriso se formou em meus lábios, ele aparentava ser bastante comunicativo e fofo, o que me agradava bastante.Não demorou muito para que eu e o mais novo ficássemos a sós e entre beijos e conversas, eu acabei me sentindo bastante confortável com um menino após muito tempo, pois ele era o tipo de pessoa que sempre sabia dizer a coisa certa no momento certo, além de ter o coração bastante bondoso e uma maturidade surreal para sua idade.

[...]

Não demorou muito para que eu e Matheus tivéssemos nossa primeira vez.Por algum motivo ele conseguiu me deixar segura e tranquila a ponto de me entregar totalmente a ele.E por mais que estivéssemos ficando a pouco tempo, eu sentia que não tinha motivos para me preoucupar com nada além daquele momento, que foi bastante diferente de tudo o que eu havia imaginado ou sentido.

*Flashback off*

Após bons minutos, chegamos ao nosso ápice e nos jogamos ofegantes um ao lado do outro, e o que antes era um ambiente de prazer, agora havia se tornado em um espaço frio e sem graça.Não trocamos muitas palavras depois disso, simplesmente vestimos nossas roupas e voltamos para o quarto principal, onde os outros se encontravam ainda bastante animados.Sinto os olhares caindo sob eu e o garoto assim que nos sentamos separados e continuamos agindo como se nada houvesse acontecido.Naquele momento eu tinha a certeza que meu ciclo com Matheus havia acabado, e que aquela havia sido nossa última noite, mas não havia tristeza em meu olhar, de certa forma eu estava tranquila e agradecida por tudo que ele havia feito por me, afinal, foi através dele que aconteceu minhas primeiras aventuras.

Continua...