Prólogo »» "Se vou ser uma delinquente, que seja de primeira!"

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''Mas eu não fiz nada!'' - gritei ao oficial que teimava em agarrar-me.

''Está calada e entra na porra do carro!'' - gritou-me de volta. Sacudi-me, tentando libertar-me das mãos suadas do homem que me agarrava, sem sucesso. Encarei a minha mãe uma última vez. Esta soluçava, caída de joelhos no chão. Vi-a debruçar-se sobre aquele corpo sem vida e desabar em lágrimas sobre ele. Senti algo molhado e salgado escorrer-me pela bochecha direita e odiei-me por estar a chorar. Pior, odiei-me por ter feito a minha mãe chorar. Senti-me ser empurrada contra a parede do carro policial. Viraram-me e senti mãos percorrerem-me o corpo, levando com apalpadelas de vez em quando.

''Olha lá seu cabrão, não tens porra de direito nenhum para me estares a apalpar!'' Gritei enervada. Ouvi um riso trocista e revirei os olhos.

''Oh minha querida, depois do que fizeste, eu tocar-te vai ser o menor dos teus problemas.'' - sorriu-me cínico. ''Está limpa'' - empurrou-me para dentro do carro e trancou a porta, não me entalando por pouco. Gemi de frustração e enterrei-me no acento. '' Mete o cinto miúda, e diz adeus à tua vidinha boa, vais ficar fora por uns tempos, diz adeus vá.'' riu trocista e eu encostei a cabeça ao carro, deixando escapar uma das muitas lágrimas que estava a reter. O veículo começou a andar, assim como as lágrimas, que escorriam umas atrás das outras.

****

''Miúda, acorda, já chegámos'' - fui abanada violentamente, enquanto rogava pragas a mim mesma por ter adormecido. Peguei no meu casaco e na minha mala, feita pela segurança social à pressa e saí do carro. ''Vamos'' - disse o policia, empurrando-me em direção a uma casa grande e meio moderna, meio antiga. Uma senhora que devia estar nos seus 50'as e quês, veio na nossa direção.

"Olá Philip, por aqui outra vez? Quem é esta rapariga?" - olhou-me docemente. Reparei no olhar dela. Transmitia compaixão e... Pena?!

"Savannah Williams. Delinquente de segunda."

"Ouça lá, Philip" sorri cínica ao mencionar o seu nome. "Se vou ser uma delinquente, que seja de primeira!" ouvi a mulher gargalhar e Philip revirar os olhos.

"Está entregue, Grace. Que não a tenha que ver nunca mais!" suspirou de alívio e virou costas, indo para o carro. Virei-me para a senhora e esperei que esta falasse.

"Bom, sou a Grace. Sou uma das guardas. Bem vinda ao Centro de Correção de Nashville." - fez-me sinal para a seguir. Entrámos no edificio e Grace foi fazendo uma visita guiada. "Esta é a sala de convívio. É aqui que todos os delinquentes interagem uns com os outros, nas horas de pausa. O horário de despertar é às 8:00. Às 8:30 tens que estar despachada para o pequeno almoço. Depois das 9:00 ao meio dia tens as tarefas matinais. O almoço é das 12h às 13h30. Até às 18h, tens as tarefas tardias. O jantar é às 20h. Nas horas vagas, assim por dizer, podes fazer o que quiseres, dentro dos limites, claro. Podes estar na sala de convívio, ou no teu quarto." assenti, tentando obrigar o meu cérebro a decorar o horário. Segui Grace até um corredor cheio de portas, que entendi serem os quartos. "Infelizmente, não temos quartos individuais. São todos partilhados, e alguns mesmo mistos. Tens sorte, tens apenas mais duas raparigas no teu. É o quarto 13." Great, adoro o número 13. Não, não estou a ser irónica, gosto mesmo do número! "Qualquer coisa vens ter comigo, ou pedes ajuda a alguém, fica bem, Savannah." Sorriu, e foi-se embora, deixando-me parada à porta do quarto. Inspirei fundo e abri a porta lentamente, dando de caras com uma rapariga morena.

"Olá, sou a Courtney!"

^-^-^-^
Hai baes.
Nova fic.

"Bla bla bla mais uma, bla bla, nem as outras atualizas e bla bla bla"
Well, culpem a Inês, bc ela insistiu para publicar pelo menos o prólogo. O primeiro capítulo irei publicar quando acabar a Something Great.

Espero mesmo que gostem, estou a adorar escrever isto, aw.

With love,
~ { secret_moments } ~

punish,,Onde histórias criam vida. Descubra agora