Capítulo 38

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Fazer sexo sem paixão é apenas um ato pervertido. Sexo com amor pode envolver coisas que vão muito além do prazer.

- Mari XX -

V I N N I E

As lágrimas eram as únicas coisas que eu conseguia ver a minha frente, minhas próprias lágrimas a embaçar a minha visão e impedir com que eu conseguisse me manter de pé, e nem mesmo a presença de Jules aqui foi capaz de fazer com que eu as impedisse de escorrer pelo meu rosto. Chorar na frente de qualquer pessoa me passa certa fraqueza a mim mesmo, desabar na frente de alguém te mostra inferior à ela, mas diferente de todos, não me sinto envergonhado em chorar na frente da Jules, não mais.É como se para ela as minhas lágrimas importassem, e não fosse apenas birra de um rapaz desolado como eu.

"Foi ele." Repeti mais um vez, lembrando de toda a situação com o meu irmão há alguns minutos. "Eu o odeio, você não faz ideia do meu ódio por ele." Fiz questão de adicionar, nos últimos anos passei a considerar Reggie apenas como um conhecido que eu detesto, e não mais como um irmão mais velho.

"Não entendo o por quê ele faria uma coisa como essas, drogar a sua namorada e gravar um vídeo para te enviar." Ela murmurou ao meu lado, e pela primeira vez em muito tempo estávamos um ao lado do outro sem manter nenhum tipo de contato físico e sexual.

"Ele sempre me odiou, desde o momento que minha mãe disse que estava grávida de mim, Reggie era o mais novo e deixou de ser os centro das atenções quando eu nasci, ficou sozinho e acabou me culpando por todas as desgraças da vida dele. E a Aleisha..." Respirei fundo ao dizer o nome dela, a cada sílaba que eu pronunciava de seu nome era como se a memória de ver seu corpo caído no chão do quarto dela, com os medicamentos que a mataram sobrando na cama e suas embalagens completamente vazias.

"Não faz sentindo te culpar por tudo." Jules divagou e eu assenti.

"Pois é, mas ele culpa, assim como todos nós precisamos de uma razão pra viver bem, ele precisa de uma razão para odiar a vida e culpar por tudo o que não dá certo, e a razão do Reggie seria eu." Respondi e soltei um ar pesado, me jogando na cama em seguida. "Ju, pode me prometer uma coisa?" Perguntei à ela depois de limpar as minhas lágrimas com as mãos.

"Prometer o que?" Ela questionou de volta, se apoiando em cima do meu peitoral e usando suas mãos como apoio de sua cabeça.

"Prometa para mim que nunca vai se envolver com o Reggie, mesmo que eu brigue com você ou algo do tipo, tente resistir ao meu irmão, ele vai tentar te seduzir de mil e uma formas diferentes, principalmente quando perceber seu vício por sexo. Apenas me prometa que vai resistir à ele."

"Ok, eu prometo que vou resistir ao seu irmão." Ela prometeu e de imediato eu me sentei na cama em um pulo, fazendo-a se sentar também.

"Obrigado" agradeci e movi minha boca até o seu pescoço, me jogando na cama junto à ela enquanto marcava ainda mais seu pescoço. Tenho sorte por ela apenas gostar de marcar o meu peitoral e a parte do meu pescoço que eu possa cobrir, já ela gasta litros de maquiagens para cobrir as marcas roxas que estão sempre surgindo em seu corpo. "Preciso esquecer meus problemas por um tempo." Comentei, tentando subir a blusa dela, porém Jules impediu-me.

"Esquecer seus problemas não vai resolver nenhum deles." Retrucou, trocando nossas posições e ficando por cima. "Você precisa pensar, Vinnie, pensar no seus problemas e em um solução de fugir por completo deles ou apenas de resolver metade deles." Enquanto falava ela tirava sua camiseta e o sutiã, me deixando completamente confuso.

"E você quer que eu pense vendo você ficar nua na minha frente?" Questionei-a. Jules não me respondeu, apenas começou a se movimentar por cima de mim, sentada sobre o meu pênis, mal seus movimentos provocadores começaram e eu já conseguia sentir minhas cuecas a ficarem cada vez mais apertadas.

"Apenas pense." Disse ela da forma mais sensual possível, saindo do meu colo, e puxando o meu corpo para frente a beirada da cama, onde em um pulo foi para no chão, se agachando na minha frente. "Tire a camiseta." Ela mandou é assim eu o fiz, tirando a peça. Jules desabotoou a minha calça e a abaixou um pouco junto a cueca preta, suas mãos envolveram o meu membro e o levantaram, e logo eu notei do que ela faria.

"Como quer que eu pense desse jeito enquanto você-" Minha fala foi interrompida por um gemido abafado que saiu de mim assim que a boca dela envolveu o meu membro, passando a língua lentamente pela glande, suas mãos auxiliavam em seus movimentos com rapidez, fazendo-me estremecer sentado.

Enquanto ela me chupava tentei somente lembrar de sua palavras anteriores, apenas pense, porém pensar tornou-se cada vez mais impossível tendo uma garota semi nua a lamber o meu membro com vontade. Antes de conhecer a Jules, fazer sexo com as outras meninas eram relações em vão, nas quais eu não pensava em nada além da falta da Aleisha. Não chegamos a ter relações, mas eu a via em todas as garotas com quem já transei, tirando a Jules.

Pode ser por ela também possuir o mesmo vicio que eu, mas o sexo com ela parece ser cada vez melhor toda vez que transamos, algo mais leve e saudável, como um tipo de medicamento que eu preciso tomar todos os dias e sem falta, caso ao contrário nada de bom pode acontecer. Nem mesmo masturbar a mim mesmo causa as mesmas reações de quando a Jules decide me masturba, é como se tudo com ela fosse melhor e mais intenso, bem mais gostoso prazeroso.

"Ju... Você sempre sabe exatamente o que fazer..." Comentei quando ela se empolgo em seus movimentos e passou a usar somente a boca, sem o auxílio de suas mãos. Estava tudo indo às mil maravilhas, eu não era capaz de pensar em coisa alguma enquanto era chupado por ela, minha cabeça jogada para trás tentava prazer outro pensamento além do que logo eu estaria a gozar na boca dela, e provavelmente transaríamos depois disso.

"Vinnie?" Uma voz soou por trás da porta do meu quarto, logo me irritei ao perceber que era o Reggie a me chamar, e só de ouvir a voz dele foi suficiente para que eu não chegasse ao ponto alto, fazendo com que a Jules rapidamente se levantasse e vestisse sua roupa, com uma certa irritação em seus movimentos.

"O que você quer, caralho?" Rosnei indo em direção à porta e abrindo uma pequena brecha para não dar ao meu irmão a liberdade de entrar aqui.

"Só vim dizer que é pra você e sua namorada descerem, a família está preocupada lá em baixo." Ele avisou em um certo tom de ironia, como se estivesse a ser obrigado a vir aqui nos chamar. Olhei para a Jules e ela apenas deu os ombros, passando a língua pelos seus lábios inchados.

"Bem, avise que eu estou meio ocupado agora e suma da minha porta." Respondi a fechar a porta e dando as costas.

"Oh, está transando, não é?" Perguntou em tom de deboche.

"Quase isso, e você como sempre está me atrapalhando."

"Entendi, a sua garota gostosa está te chupando, acertei?" Reggie continuava a insistir na porta, fazendo-me me irritar facilmente e fazendo a Jules revirar os olhos com o comentário dele.

"Reggie, pode ir embora agora, você está nos perturbando, seu imbecil." O xinguei com os punhos cerrados e colados ao corpo, me segurando e recebendo olhares da Jules para que eu não fosse até a porta a derrubasse para atacar o meu irmão.

"Sabe, sua namorada é muito bonita e eu adoraria que ela me chupasse também." Falou ele, despertando por completo toda a minha raiva. Andei contra a porta e abri a mesma bruscamente, partindo para cima do meu irmão e acertando seu rosto em cheio com um soco.

Não poupei força aos bater no Reggie, as imagens da Aleisha no vídeo é depois morta passava pela minha cabeça, fazendo com que a minha força se multiplicasse cada vez mais, Reggie tentou revidar mas eu desviava da maioria de seus socos e chutes e só fui parar depois de ser impedido pela Jules, quando meu irmão estava quase inconsciente.

"Vinnie! Chega!" Ela gritou comigo, pegando nos meus punhos que tinham o sangue do meu irmão, seu rosto estava horrível e todo esfolado, e eu não conseguia me sentir mal pelo o que tinha feito."Acha mesmo que eu vou me sentir ameaçado pela sua força?" Reggie falou com dor, caído ao chão. "Sou mais esperto que você, Vinnie, e não estou ameaçando quando digo que vou te atingir no seu ponto mais fraco." Dito isto ele se levantou com dificuldade, lançando um olhar de cima à baixo para a Jules.

𝑶𝒃𝒔𝒆𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏 | Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora