Comings and goings ||Kakashi Hatake

Capítulo 74

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Chapter 74

Ontem foi um dia bem agitado, depois que descobrimos que tenho parte dos genes de Euro em meu corpo, fomos comemorar em um restaurante que segundo Genbu, eram 10 estrelas, e eu poderia avaliar da mesma forma. Tudo nesse mundo é de extremo luxo e ótima qualidade. Me lembrava um pouco o meu país, a diferença é que aqui temos um estilo futurista, enquanto lá, não.

Hoje precisaram dividir o tempo que iriam ficar comigo, agora pela manhã ficarei com Suzaku no hospital, à tarde com Seiryuu e Yumi na praia, metade da noite com Byakko e Genbu num campo de treinamento. Meu dia estava todo comprometido. Me lembrei dos dias que fiquei no palácio, tudo muito extremamente cansativo. Mas eu pressentia que não iria ficar cansada ou chateada aqui, afinal, estou com meus irmãos, e eles farão de tudo para me entreter, além de depositarem, eu acredito, o máximo de afeto em mim, um afeto que eu senti falta por muitos anos.

-Você disse que estava cursando medicina?||Suzaku perguntou, enquanto eu o acompanhava em passos largos, o hospital estava agitado essa manhã.

-Sim. Estou no último ano||Expliquei.

-Interessante, o que acha de me acompanhar em alguns casos?||Ele propôs.

Parei no meio de um dos corredores e o encarei, como quem dizia "É sério?".

-Vamos, não temos tempo a perder||Ele acelerou mais ainda o passo e eu tive que começar a correr para conseguir acompanhá-lo.

Eu estava acostumada a ver sangue e escutar gemidos de dor, então não me assustava com alguns leitos e pacientes. Queria pôr em prática o que aprendi nesses 6 anos...5 talvez, porque em um dos anos eu tranquei o curso. 

-Tome, vista isso||Ele me entregou roupas cor de vinho e um jaleco||Você é bem pequena, mas deve servir. O vestiário é à esquerda na segunda porta. Se apresse||Orientou, e eu segui suas ordens.

As roupas ficaram grandes, é claro, eu era menor do que a interna mais baixa daqui, mas pelo menos conseguiria ter um dia há mais de experiência de internato, me lembro que não tive tempo para ficar no hospital prestando serviços, então tecnicamente pulei o estágio dos primeiros anos de medicina. Pus minhas roupas normais em um dos armários e voltei para encontrar com Suzaku.

-Vamos para o andar de traumas, novos indivíduos estão chegando||Ele ordenou, e como uma cachorrinha comecei a segui-lo.

Se eu achava que a UTI pediátrica estava lotada, era porque não havia visto o andar no térreo. O hospital possuía quartos para todos, então mesmo com tudo aquilo de gente, não chegavam a ter pacientes no meio dos corredores.

Um grupo de paramédicos entraram empurrando uma das macas. 

-Nancy Walters, 34 anos, 35 semanas de gravidez. Braço amputado||Um dos homens informou||Aplicamos pressão, e dois acessos venosos.

Nos aproximamos da mulher, completamente imobilizada, com alguns ferimentos no rosto e uma barriga enorme. Ela parecia meio desorientada.

-Senhora Walters, você ficará bem. Kyara, por favor, dê uma olhada na lesão||Suzaku pediu.

Retirei o pano que protegia o lado esquerdo da mulher e confirmei as informações do paramédico, a mulher realmente estava sem o braço. 

-Leve-a para o trauma 3||Suzaku ordenou às enfermeiras e assim o fizeram.

Usei algodão com soro fisiológico para limpar ao redor do braço. Um grupo de internos entrou na sala para prestar ajuda.

-Só preciso do número 2 e 3 aqui. Quanto ao resto, vão ajudar os residentes||O ruivo declarou, e do grupo de 4 homens e mulheres, apenas 2 ficaram na sala. Cravei meu olhar no meu irmão e o puxei para sussurrar em seu ouvido.