Capítulo II.

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[ Segundo e último capítulo de gatilhos, precisa nem dizer o que vai rolar né? Boa leitura e todo feedback é amado de bom grado ]





— Você está de pau duro?

A resposta daquela pergunta era óbvia, o volume no meio das pernas de Chuuya, que falhamente tentava esconder com a camisa, estava estupidamente óbvio. Mas tentou demonstrar confiança, quem sabe assim seria deixado em paz para resolver seu problema sozinho.

— Do que está falando, idiota? — Retrucou irônico, mesmo que suas mãos estivessem suando em nervosismo. — Agora também está vendo coisas? Preciso tomar um banho, então deixe um pouco de pizza para quando eu sair.

Tentou se afastar discretamente do moreno, usando seus braços e a roupa a seu favor, mas caminhou na direção oposta a porta, onde Dazai permanecia, se vendo sem escapatória ao bater suas costas contra a parede do quarto. Seu rosto esquentou, aquilo não podia estar acontecendo, Osamu devia ter levado a pizza para a cozinha, não seu quarto.

— Bem, cego não estou... então, o que é esse volume que está tentando esconder com essa camiseta?

O moreno largou a pizza em sua escrivaninha, se aproximando do Nakahara com um sorriso irônico nos lábios e braços cruzados. O encarando dos pés à cabeça, principalmente o meio de suas pernas.

— Minha massagem foi tão boa assim? — Provocou um pouco mais, sussurrando, Chuuya desviou o olhar, queria o socar mas suas mãos estavam ocupadas tentando preservar um pouco de sua dignidade. E aquele tom o lembrava do vídeo que havia visto pouco tempo atrás, e só a memória dos gemidos do companheiro de apartamento faziam seu membro já duro latejar, aquilo era uma tortura, do pior tipo.

— Não seja tão confiante assim, você não é tudo isso pra me deixar duro assim tão fácil — riu, vendo Osamu o encarar levemente ofendido. — Agora, se me der licença, vou tomar meu banho.

Chuuya tentou dar alguns passos a frente, mas foi impedido por Dazai que se aproximou a ponto de o fazer se colar a parede, apenas para que pudesse manter uma mínima distância e o volume por baixo de sua roupa ficasse menos notável. Quis cruzar os braços para se impor mas suas mãos estavam ocupadas, então apenas direcionou seu olhar mais irritado ao companheiro de apartamento parado a meio metro de distância de si.

— Você não negou querer gravar um vídeo para o Pornhub comigo, minhas conclusões foram muito precipitadas? — Dazai provocou mais uma vez, se aproximando ao ponto de o Nakahara querer fundir seu corpo com a parede para poder escapar daquelas orbes castanhas.

Não era como se não se sentisse atraído por Dazai, se sentia até demais, havia se masturbado vendo um vídeo nada decente dele. Mas o ter em carne e osso a sua frente era uma realidade completamente diferente de sua macia cama, e nunca assumiria o quanto desejava o corpo do amigo para alguém, muito menos para o alvo de seus desejos em questão.

— Osamu, vai se fuder, me deixa ir para a merda do meu quarto. — Chuuya ditou frustrado, sentindo seu corpo cada vez mais quente com aquela proximidade, o que não ajudava muito o volume em seus shorts.

Não imaginava que o moreno seria ousado até aquele ponto, mas quando percebeu a camiseta havia sido retirada de suas mãos e arremessada para o outro lado do quarto.

Ele não podia ter feito aquilo.

— Você parece bem animado para quem estava negando ter uma ereção. — Dazai comentou, encarando descaradamente a excitação do ruivo.

Nakahara permanecia em um misto de indignação e vergonha, agora podia menos ainda negar algo quando estava exposto daquela forma. Queria socar Osamu por ter feito aquilo consigo.

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